...E quando se pensa que o mundo não pode piorar
Quando julgamos que o mundo não pode piorar mais, parece até que "eLe" só para nos desmentir piora. Primeiro foi a eleição do Senhor Bush, à custa dos chads pendurados. Depois foi toda a reacção americana aos ataques do 11 de Setembro, trazendo ao de cima algumas das piores características dos seus dirigentes. Depois foi a invasão do Iraque, mais um lamber de botas revoltante ao Senhor Sharon e isto só para falar na chamada cena internacional.
Poderiamos ainda falar da gravidade do score eleitoral obtido pelo Senhor Le Pen em França, ou do falhanço da Comissão da UE em se reformar e continuar a aprofundar a união, ou até do divisionismo europeu tão bem explorado pelos EUA, mas cujos primeiros culpados são mesmo europeus.
Pode-se ainda apontar o dedo a África que continua numa deriva, aparentemente sem destino, moribunda de SIDA e sugada até ao tutano pelos seus dirigentes que alegremente gastam os resultados da sua pilhagem nas luxuosas lojas de marca da Europa e América.
Se olharmos para a reealidade nacional o resultado consegue ser igualmente mau. Senão vejamos um primeiro ministro de esquerda (mais à direita do que o actual primeiro ministro de direita) que bate em debandada à primeira contrariedade eleitoral com que se depara, a eleição de um personagem como o Senhor Lopes para a principal autarquia do país e, pior que isso, a forma como esse Senhor é escutado pelo país que basbaque assiste apático à produção de verdadeiras pérolas que o dito regularmente regorgita, as quais vão desde a Presidência da Républica à presença da GNR no Iraque (e ninguém questiona sequer com que capacidade é que o Senhor se pronuncia sobre estes assuntos).
Mais, os exemplos de atavismo social, relutância em relação à mudança e a novas fórmulas de organização social que acompanhem os novos tempos assume contornos lendários em Portugal, especialmente entre os nossos políticos. Quanto aos cidadãos essa desconfiança poderá ter a ver, não só com ignorância, mas também com o chamado saber de experiência feito, ou seja, todas as últimas reformas feitas pelo Estado foram sistematicamente contra os interesses imediatos dos cidadãos, quer diminuindo as já de si diminutas garantias sociais, quer pondo em causa os escassos direitos adquiridos ao longo dos últimos vinte anos, logo quando se prepara uma qualquer nova reforma o Zé Povinho pensa logo que já o estão a tramar.
Novidades para os Portugueses só as tecnológicas, especialmente aquelas com pouco efeito na produtividade e de duvidosa utilidade. Somos um país de gadgets!
Estabelecido o tom...até já.
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