A Campanha "Sarjeta"
A campanha segue o seu curso, um curso que qualquer pessoa que conheça minimamente o Senhor Lopes, sabe só pode ser este (em artigo da Ana Sá Lopes), tão bem descrito pelo João do Portugal dos Pequeninos aqui também.
Por isso também não é de admirar que Lopes e aqueles que o têm vindo a aconselhar se lembrem agora de levantar a bandeira da possibilidade da legalização dos casamentos homossexuais e consequentes adopções por casais do mesmo sexo, procurando atirar esse suposto "odioso" ao PS. Importa aqui fazer uma clarificação. Encontro-me entre aqueles que acredita que, mais cedo, ou mais tarde, até por imperativo comunitário haverá uma crescente protecção dos direitos das minorias sexuais e, até concessão de novos direitos e extensão de outros aplicáveis aos heterossexuais, independentemente do que os líderes indígenas (indigentes) façam, ou protestem fazer. Também acho que esta evolução, para a qual nós podemos e devemos contribuir é facilitada por uma discussão na sociedade Portuguesa em geral e por um maior activismo lgbt, que seja mais visivel, criativo e que saiba chegar aos correctos opinion makers nacionais. Essa discussão e debate tem de ser promovida, quer pelos vários grupos lgbt, quer, em especial, pelos partidos e grupos de interesses que neles militam do chamado bloco central, os únicos partidos com capacidade decisória e representatividade suficiente para promover alterações a este nível. Ou seja, isto não vai lá, nem com o Bloco, nem com os Verdes. Por último acho que não é necessariamente homofóbico defender outras soluções jurídicas para os casais homossexuais, que não o "casamento".
Dito isto, é óbvio que Lopes e os seus conselheiros olharam um pouco para a campanha do Bush e acham que, à semelhança da América profunda, o país real ainda é capaz de grandes saltos mobilizadores se posto perante uma questão tão "fracturante" como esta e aparecer em catadupa, qual tsunami descontrolada a votar no Lopes para defender a "Familia" tradicional. O único problema aqui é que nem Lopes é Bush, nem os "crentes" nacionais são os religiosos Americanos.
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