domingo, março 06, 2005

O fim do recolher obrigatório

Em boa hora Sócrates terminou o estado de recolher obrigatório em que o processo governativo parecia estar desde as eleições. Em boa hora porque, por um lado, coordenou um processo em que não houve grandes especulações, nem visíveis lutas e, por outro, porque quem teve primeiro conhecimento do elenco governativo foi o Presidente como aliás deve ser.

Quanto ao governo em si, o balanço global é positivo. Se atentarmos a casos individuais, varia entre o muito bom e a incógnita. Veja-se António Costa e Silva Pereira. Já no que toca à prometida renovação, se ela for equiparada ao recrutamento dos famosos independentes, temos então alguma renovação.

Os dias seguintes ao anúncio do elenco governativo foram já pontuados por alguns incidentes, perfeitamente evitáveis. Foi o caso das declarações do indigitado Ministro das Finanças, acenando com um possível aumento de impostos e a afirmação de Freitas, em que diz que só aceitou entrar para este governo depois de tomar conhecimento de todos os nomes que o compõem. Um levantou uma lebre antes de tempo e, portanto, desnecessariamente, o outro, acaba por pôr em causa Sócrates.

Como diz o João, no “Portugal dos Pequeninos”:

O que teve de avisado o silêncio do primeiro-ministro indigitado no processo de constituição do governo, faltou, na primeira oportunidade, a Campos Cunha e a Freitas do Amaral.

Este governo pode e deve aproveitar, prolongando ao máximo, o seu estado de graça. O problema é que estas actuações individuais não ajudam a que isso aconteça.


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