As ilusões de Cavaco (I)
A primeira ilusão de Cavaco é o leitmotiv, passado quase até à exaustão, de que Cavaco não é um político profissional. Tal leitmotiv encerra em si um axioma: não sendo político profissional, torna-o necessariamente e por consequência mesmo melhor do que qualquer político profissional. Porque ele Cavaco, pairando sobre a cena político-partidária, só está "nisto" pelo bem da pátria, motivação não encontrada em nenhum político profissional, só pelo facto de o ser.
Ora Cavaco não só é político, como até é um bom político. Não só consegue passar sempre a sua mensagem, como e quando melhor lhe convém como podemos ver pelo que se passa, como é hábil nas manobras típicas da política.
Será que o facto de Cavaco ser político é por si só um defeito? Longe disso, torna-o é menos Cavaco, ou seja, torna menos justificável a pose própria de cabide, ou o timbre da voz, coisas que ele tanto cultiva (e até aprecia) como aspectos diferenciadores.
De Bag
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