como pensam os médicos
Um livro a não perder, que segundo o Público, em breve será traduzido.
(...)A temperatura emocional do médico tem um papel fundamental no êxito e nos fracassos dos diagnósticos.
Talvez a mais radical das propostas de Groopman - pelo menos do ponto de vista do médico - é que o médico deveria procurar um novo aliado para o ajudar a corrigir os erros cognitivos e os enviesamentos inerentes à sua produção. Este novo aliado é o próprio doente, que pode fazer perguntas que evitem que os médicos caiam nas armadilhas mais comuns. Esse parceiro pode também ser um membro da família do doente, ou um amigo que tenta saber o que é que o médico pensa.
Os doentes têm acesso à mesma informação que os médicos. E por vezes sabem mais do que muitos médicos sobre as doenças que os afligem.
O doente é uma força muito mais ponderosa na vida profissional do médico do que era para as gerações anteriores. Hoje em dia, o paciente espera ser tratado como parceiro e igual do médico. O objectivo da medicina não é apenas curar ou suavizar a doença, mas sim promover o bem-estar da pessoa e a sua dignidade. Os doentes querem ser participantes activos na reflexão do médico e não recipientes passivos das suas decisões. Se dantes se falava da relação médico-doente, hoje fala-se da interacção doente-médico. A inversão é significativa, além de ser simbólica. Representa uma deslocação do poder do profissional para o doente. E a expressão "interacção" dá uma melhor medida da maior igualdade nesta aliança. A palavra "relação" tinha muito de paternalista. (...)
in Público
Para lá
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