A "Emaudio em pior" do Cavaco?
Aqui há uns valentes anos atrás, num tempo em que o jornalismo era um pouco diferente, houve um Presidente atacado por ter um amigo (ao qual não tinha, nem enquanto Primeiro Ministro, nem enquanto Presidente oferecido qualquer lugar) aparentemente envolvido num caso de corrupção (entretanto já julgado). Esse Presidente foi bombardeado com notícias e grandes parangonas em quase todos os jornais, o seu carácter, a sua honra e, mesmo, a sua capacidade para continuar Presidente foram postos em causa.
Hoje, temos um Presidente que publica desmentidos a notícias que não saíram sobre o seu envolvimento com amigos a quem, quer enquanto Primeiro Ministro, quer enquanto Presidente, ofereceu lugares (de Secretários de Estado, ou de Ministros, ou de Conselheiros de Estado). Hoje, esses amigos do Presidente estão envolvidos num caso que ainda não se desvendou completamente. Um desses amigos do Presidente quer-nos convencer que, quando saiu do Governo do actual Presidente, um empresário lhe ofereceu 15% de um grupo económico e que, no decurso da sua meteórica ascensão, foi confiando na honradez de quem lhe trazia os relatórios e contas a assinar. O mesmo Presidente que desmente o que não foi publicado diz-nos que não tem razões para duvidar do que os seus amigos afirmam.
Alguém acha que se o outro Presidente de que falava há uns parágrafos atrás tivesse dito então a mesma coisa a opinião pública e os jornalistas o teriam aceite?
De Bag
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