Um soldado de Sua Magestade pratica a sua técnica de surf no Iraque.
Muito se tem escrito sobre a "especial relação" entre Bush e Blair. Mais ainda sobre a forma como Blair muda a sua postura, a sua forma de comunicação e até alguns tiques de cada vez que está ao lado do Presidente Americano. Tudo, segundo o próprio, em nome de uma suposta capacidade de influência da política do Texano, sem qualquer concretização até ao momento.
Não obstante esta proximidade, até física entre Blair e Bush, a generalidade da sociedade Britânica tem até agora cultivado uma cautelosa distância em relação à sociedade americana responsável pela eleição e reeleição de Bush, com uma opinião bastante hostil quanto à própria invasão do Iraque. Mantendo, ao mesmo tempo, um curioso "orgulho" quanto à acção no terreno das suas forças militares, as quais seriam mais humanas, melhor integradas e, logo, mais eficazes.
Esta é uma assunção que acaba por cair por terra com a divulgação destas imagens. Alguns cidadãos Britânicos interrogar-se-ão sobre o que levou os seus militares a imitarem os "broncos" americanos. A resposta, quanto a mim, não é fácil, mas claro tem a ver com a chamada "moral" das tropas que percebem estão a actuar num cenário de "excepção", que ameaça transformar-se a curto prazo num "atoleiro" igual ao do Vietname, numa operação de invasão cuja licitude é inexistente e cuja legitimidade levou outro rombo com a admissão de que não há armas de destruição massiva e que acaba por se repercutir na forma como as chefias e os seus subordinados se comportam.
Este será seguramente mais um sinal de que a tão badalada relação especial entre o Reino Unido e os EUA deveria ser revista à luz dos efectivos benefícios que resultam da mesma para o Reino Unido. Se calhar se os Britânicos sujeitassem este relacionamento a um crivo igual ao que é utilizado para a sua relação com a União Europeia, as conclusões poderiam ser surpreendentes, no sentido de perceberem que as vantagens resultantes da sua integração na UE são bastante superiores às que resultam da sua proximidade com os EUA.
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