A Primeira Baixa
Sobre a demissão do Ministro Campos e Cunha importa antes de mais fazer uma clarificação: considero que, na maioria dos casos, o lugar de Professores e Académicos é nas Universidades e não na política activa. De facto por muita qualidade científica que Campos e Cunha tenha viu-se, ao longo destes quatro meses, que não soube transmitir ao país o sentido das "suas" medidas, nem sequer coordenar com o Primeiro Ministro as suas sucessivas comunicações que, ou pareciam contradizer a acção do Primeiro Ministro, ou as suas próprias palavras e que eram posteriormente e sistemáticamente postas em causa.
Preocupante, nesta "primeira baixa" governamental, é não ter havido, ainda, um sinal inequívoco de que a política de reequilibrio das contas públicas é para continuar independentemente do titular das Finanças Públicas. E é por essa ausência de sinal que esta "baixa"é preocupante, pelo que ela pode significar de vitória de alguns lobbies, como os da Ota, TGV entre outros investimentos públicos que Campos e Cunha criticava. Não será então que esta "primeira baixa" equivalerá à "baixa" de todo o governo?
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