No Reino do Tabu
Cavaco, todos os seus discursos indirectos indicam, afinal já não vai falar a 20 deste mês, mas a 27. Desta vez a desculpa para comprar mais uns dias de silêncio esfingíco foi a da apresentação do Orçamento. Com a apresentação do seu manifesto a 27 Cavaco "só" irá ter de falar ao país durante pouco mais de dois meses. Dois meses em que o ruído da contestação social, da crise económica, do não aumento da função pública irá com certeza distrair muitos das presidenciais e, por conseguinte, do silêncio do próprio, a não ser que as outras candidaturas saibam aumentar a pressão sobre Cavaco e demonstrem o quão inaceitável é que um candidato a Presidente tenha medo de falar e de expôr ao país um vazio de ideias sobre tudo o que não tenha a ver com economia e finanças. Para que outra coisa servirá o Tabu?
Irónico, ainda, que os mesmos jornalistas que, há dez anos, enterraram o homem, agora o endeusem. Alguns serão os mesmos que elevaram Santana aos píncaros só para depois o atirarem à fossa. Cavaco, mal começe a falar, poderá reduzir logo a distância que vai até essa segunda fase do namoro.
De Bag
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