O Anticiclone de Portugal
Sempre ouvi falar do anticiclone dos Açores como uma carapaça impermeável ao Sol que, durante os meses em que por lá se instala, realça o verde das ilhas, recalca o seu sentido de isolamento e leva a inúmeras depressões. Parece que nestes últimos anos o anticiclone, talvez fruto das alterações climáticas, se deslocou mais para Leste e encontrou em Portugal continental um sítio perfeito para se fixar. Com ele parece ter desaparecido a esperança, o optimismo e todos os espíritos construtivos que por cá, ainda, resistiam.
Esta terra parece mais feia e a "nossa" gente mais má: do mais iletrado, ao mais letrado, do menos informado, ao mais culto. A descrença, que já era entre nós endémica, agravou-se e esse agravamento trás ao de cima o pior do que estava escondido entre o mau nos habitantes deste país.
O eclipsar da réstea de optimismo que os portugueses, ciclicamente, colocam nos governos e nos presidentes que elegem, a propagação indesmentida da ideia de inviabilidade económico-financeira do país, acompanhada pela felicidade e prosperidade relativa dos povos da "velha europa", à qual nós acabamos por só pertencer em virtude da idade, tornam "isto" verdadeiramente insuportavel.
De Bag
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