Da Gratuitidade
Por estes dias que correm o Papa esteve na vizinha Espanha. Acompanhou uma conferência sobre familia, disse umas preces em memórias das vitimas de um acidente no metro de Valência e, depois, uma missa mesmo como costuma fazer sempre que visita um estado, com milhares de pessoas e ao ar livre. Esta visita foi aproveitada, como de costume, quer pelo Vaticano, quer pelos seus indefectíveis, neste caso espanhóis, para lançar mais uns dardos contra o caminho das coisas em Espanha e no mundo ocidental. Entre outras coisas a Igreja (& acólitos) atirou-se ao governo das Espanhas por ter facilitado o divórcio, atribuído reconhecimento igual civil aos casamentos homossexuais e, por último, pelo facto do seu chefe de governo não ter respondido à intimação de presença para a missa, para nenhuma missa, nem sequer para as preces, presume-se mais curtas, que o Papa proferiu à entrada de umas escadas para o Metro.
Também hoje leio que nessa região conturbada que é o Médio Oriente, em Jerusalém, cidade dividida e nunca partilhada, os líderes das três principais religiões aí presentes se uniram para tentar travar a "Parada Gay", estarão porventura com azar, uma vez que o Estado Israelita até tratará melhor os seus gays Judeus do que os seus habitantes mulçumanos.
Nestes tempos de gratuitidades frequentes (sexo na Televisão, violência nos jogos de crianças, amores intensos mas inconsequentes) não há nada melhor do que ver a Igreja, augusta e milenar instituição, juntar-se finalmente aos tempos, banalizando o seu discurso, tornando-o inconsequente. É que, tudo indica, que esta história a Igreja não vai conseguir parar. Pode atrasá-la, mas não vai conseguir pará-la.
De Bag
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