Da Homofobia
Ontem (Sábado) não se podia comprar jornais. As primeiras páginas do Público e Expresso traziam-nos muito más noticias de Portugal e do Mundo. O Expresso relatava-nos a espiral descontrolada dos preços da comida e de bens de primeira necessidade. O Público traçava-nos um retrato de um pais (o nosso) homofobo, quase "mouro" nessa homofobia.
Tantos anos passados do 25 de Abril, da mudança do Artigo 13º da Constituição da República Portuguesa, da fundação de incontáveis associações para a defesa dos direitos dos cidadãos "lgbts" estará porventura na hora de perguntar a quem pertence a culpa do povo embrutecido. Se aos incipientes movimentos da nossa incipiente sociedade civil. Se ao facto de se poder contar pelos dedos de uma só mão o número de escritores, políticos e outras figuras públicas que revelaram as suas orientações sexuais. Se à curiosa e triste realidade de certas palavras e instituições nunca atravessarem os lábios dos Presidentes da República (para quando uma audiência da ILGA em Belém????). Se, para os que sejam um pouco mais esotéricos, ao fado.
Mais um mau sinal para este pobre país. Umas semanas depois de um Senhor chamado Richard Florida (de quem já aqui se tinha falado há alguns anos) ter passado pela Gulbenkian a expor a sua tese sobre os três "ts" (look it up!).
De Bag
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