Temas de debate
Hoje nota-se, e não só em Portugal, mas em todo o mundo dito civilizado uma crescente tendência para serem credibilizados temas de discussão e pessoas que até há poucos anos atrás não teriam a menor hipótese de ter qualquer tempo de antena. Basta olhar entre nós para o caso Santana Lopes, ou para a importância dada na maioria dos noticiários e jornais a casos que antes estariam só no jornal do Crime.
Um dos últimos temas, que mais me tem preocupado e que apareceu recentemente discutido até na insuspeita Prospect britânica tem a ver com o possível fim do estado providência devido ao avanço do multiculturalismo. O autor defendia que o estado social pata funcionar na sua base mutualista precisava como base que os seus cidadãos se identificassem com os seus vizinhos, o que não seria o caso nas sociedades multiculturais modernas, especialmente EUA e Europa.
E assim, sem mais se estabelece um sofisma, a partir do qual toda a gente aceita discutir, sem se lembrar que o argumento base é defeituoso e perigoso. Pois vejamos, os EUA sempre foram fortemente individualistas e desconfiados em relação ao seu Estado central, sendo essa a razão por que o estado providência é pouco desenvolvido por lá, sempre o foi mesmo numa época em que os Wasps eram a maioria...o que parece ilidir o argumento de alguns em favor da não diferença.
Msis, se aceitassemos essa posição da ameaça do multiculturalismo, porque não estender esse argumento também à religião, ou ao estrato socioeconómico, ou em absurdo aos hábitos alimetares ou sexuais, uma vez que todos estes elementos são identitários...
Quando este tema chegar a Porrugal, e chegará pela pena de um dos nossos muitos (demasiados) cronistas neo liberais consrvadores é importante retorquir-lhes que o que é fundamental sempre é fazer a pedagogia às pessoas de que somos todos seres humanos na essência. E nestas coisas o essencial é que conta.
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