Fernando Pessoa
Soneto Já Antigo, Álvaro de Campos, 1922
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Olha, Daisy: quando eu morrer tu hás-de
Dizer aos meus amigos aí de Londres,
Embora não o sintas, que tu escondes
A grande dor da minha morte. Irás de
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Londres pra York, onde nasceste (dizes...
Que eu nada que tu digas acredito),
Contar àquele pobre rapazito
Que me deu horas tão felizes,
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Embora não o saibas, que morri...
Mesmo ele, a quem eu tanto julguei amar,
Nada se importará...Depois vai dar
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A notícia a essa estranha Cecily
Que acreditava que eu seria grande...
Raios partam a vida e quem lá ande!
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