Já há muito tempo que uma Americana não provocava este frisson em Paris. Josephine Baker, há quase um século, Rice agora. A Senhora Secretária de Estado de Bush veio para convidar a Europa a abrir "um novo capítulo" nas relações com a toda poderosa América.
Claro que se pode dizer que os EUA estão desejosos de abrir um novo capítulo, porque ficaram quase exauridos com o último capítulo, em que foram únicos responsáveis pelo curso dos acontecimentos. Claro, ainda, que nada mudou na cabeça de Bush & Cia, mas o défice orçamental e os avisos da China de que não vai continuar a comprar títulos do tesouro Americano durante muito mais tempo pesam. Como pesa o encargo do Iraque que carregam sózinhos.
O principal, do ponto de vista Americano, é que não podem fazer o mesmo erro com o Irão. Por isso também precisam da Europa. Assim como a Europa também já percebeu que, sem os EUA, não passa de uma boa fonte de receitas para os dois intervenientes do conflito Israelo-Palestiniano, sem credibilidade aos olhos dos Israelitas, nem capacidade de sozinha fazer avançar o roteiro para a paz. Pelo que por ora teremos uma Europa mais aliada, do que rival da América, assim como uma América menos unilateralista também.
São estes pois os dois principais temas, em que registaremos alguma colaboração UE/EUA este ano: Irão e Médio Oriente.
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