sábado, setembro 24, 2005

Lisboa é feita de surpresas e contradições, algumas típicas do chamado urbanismo das cidades mediterrânicas (com elevado grau de "miscigenação sócio economica"), outras que vão ainda mais longe. Eu explico. Hoje, regressando a casa carregado de jornais, passando à frente de montras de lojas de marcas internacionais de prestígio e de montras de marcas nacionais de renome, começo a sentir um cheiro de churrasco que, quando dobro a esquina, se auto-explica: estava um senhor de um restaurante a assar uns frangos num passeio, com não mais de 80 cms de largura (e claro que não moro por cima do dito restaurante, não sei mesmo se não será mais um prédio quase devoluto...).

São cenas a que já não se assiste nem em Roma, nem em Madrid, ou mesmo em Atenas e que nos transportam directos para as teses sobre o provincianismo de Pessoa, ou para os romances lisboetas de Eça. Só que, ao contrário do que esses escritores constatavam infelizes e frustados por não viverem numa cidade mais sofisticada e desenvolvida, hoje em dia, não sei se não serão esses retratos a conferirem algum encanto e "vantagem" a uma Lisboa, que teima continuar adormecida.

De Bag

1 Comments:

At 8:07 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Very nice. Keep up the good work.

 

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