quinta-feira, junho 08, 2006

Quem viu ontem a Quadratura do Circulo?

E viu e ouviu como aquelas três criaturas não conseguiram dizer nada, repito, nada, sobre a questão da lei da paridade. Pergunto, é assim que está a ser discutida a lei e o seu veto político no Parlamento. Professor Cavaco Silva viu ontem a quadratura do circulo? Ou os seus assessores? Maria de Belém, onde anda? Foi Ministra para Igualdade....... Peço-vos daqui deste blogue, se querem alterar a lei e introduzir uma contra-ordenação não se esqueçam de introduzir uma norma que imponha, para além da dita contra-ordenação, a obrigatoriedade de corrigir a quota, porque senão é isso que vai acontecer, paga-se e de consciência tranquila as coisas ficam como estavam. Mas para além da contra-ordenação, o que já é vexatório para o género subreresentado, cumulem com uma sanção no financiamento do partido, exactamente no montante, em percentagem, igual à diferença da quota para atingir os 33%. Fala-vos quem sabe do que fala e, como vêm, não sendo deputada, sabe como se legisla, ou melhor, sabe o que vai acontecer, pela ignorância profunda dos nossos deputados. O exemplo de ontem foi deprimente. O JPP, disse que era eticamente contra...... Eu também estou eticamente contra ele, e depois? Isto é sério? Vão à administração pública, que verdadeiramente é o governo do país, e o que é que se passa? Mulheres no nível de chefe de divisão e depois, homens, homens, a todos os níveis. E julgam que não as há, com enorme competência, capazes de mudar as coisas na administração e, concomitantemente, no governo do nosso país? Modernizemo-nos e não tenhamos medo das mulheres. Maria de Belém, hallo, onde anda? Professor Cavaco não votei em si, mas estou a ter de o aguentar, assim logo na sua estreia. Que lhe fique o sabor desta vitória de pirro até ao fim da vida. Até lá.

2 Comments:

At 11:07 da manhã, Blogger desculpeqqc said...

Minha cara amiga (se assim me o permitir),

Lembro-me de ter sido chamado a defender um trabalho de Sociologia, porque eu (sexo masculino) desenvolvi o tema “Mulher – um problema de enquadramento comunitário”.

Escolhi esse tema porque tinha material suficiente para o seu desenvolvimento e considero (ainda hoje) que defendi melhor a igualdade de direitos com a minha atitude, do que muitos depois disso com a imposição de ‘regras de três simples’.

Não vamos confundir o compadrio e a incompetência que reina nas actuais estruturas partidárias, com aquilo que deveria ser uma verdadeira selecção de profissionais para representar o pais e que se deveria basear numa selecção de curricula.

Acredito tanto nas capacidades dos homens como das mulheres!
Não acredito no actual sistema!
Acredito menos ainda (sobre o actual sistema) numa regra de paridade!

 
At 8:46 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pois meu caro amigo, Ifm, se assim também me permitir, gostei do seu comentário. Ilucidou, disse pouco mas pelo menos tem uma ideia de si, talvez de um feminista inclusivo, deixe-me que lhe atire com este palavrão, mas como sociologo, como me parece que é, estamos conversados. Entendo que este espaço não é uma escola, quem sabe sabe, quem não sabe não é aqui que irá aprender, digo eu. Mas vou talvez desiludi-lo se disser que não sei se sou feminista. Sou, de certeza, uma mulher preocupada comigo e com os outros. Já não é mau. Quando as situações criadas pelo PR tomam uma dimensão de veto politico, o nosso pensamento fica acutilante, e foi o que sucedeu. Sinto tudo aquilo que escrevi, e embora tivesse feito uma alusão abstracta às mulheres do meu país, que o meu amigo bloguista citou, a verdade é que quando defendi o que pensava utilizei a expressão, cautelosa, do sexo subrepresentado, porque sempre podia alguém ler e feminista furiosa, não sou. Apenas mulher esclarecida. Porque hoje, fora das questões da politica já temos, como sabe, mulheres a mais em certas profissões, como por exemplo, em enfermagem. Mas não é disso que tratou o veto do PR, e num país em que cerca de 90% dos politicos são homens, convenhamos... A percentagem de 33% de representação femimina não me vexava, é o mal menor, agora, as multas, ou coimas,a diminuição do financiamento, a..compra... tudo muito ridiculo. Mas o substrato de tudo isto, são questões de competência e essa, a dita, verdadeiramente, não tem sexo. Aí, estamos de acordo. Veremos como tudo isto vai acabar. Um abraço e até lá.

 

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