Vão ver o Modigliani, em filme, claro, até que a Conservadora do Museu de Arte Antiga mude de Museu e traga cá uma mostra do Modigliani
Em 2003, em Paris, fui ver uma retrospectiva do Modigliani. Fiquei fascinada. Ontem fui ver o filme biográfico do meu Modigliani. O romântico boémio, o infeliz, o criativo, a morte prematura, está lá tudo. Para quem inicia agora uma vida de criação artística, sugiro a leitura de um livro da Edições Gallimard, insuspeita, L'élite artiste, Excellence e singularité en regime démocratique, escrito po Nathalie Heinch, sociologa do CNRS, que nos dá referencias essenciais para a compreensão daquele romantismo trágico dos seculos XVII a XIX, principios do século XX, mas que hoje não fazem sentido, porque todos somos criadores, cada um à sua maneira, e mal de nós se fazemos aquele, o modo de vida para a criação. Mas são crenças enraizadas que precisam de ser, primeiro, compreendidas e situadas naquele tempo e circunstâncias e depois, sublimadas por outras formas de afirmação, mais, pessoalmente, generosas com a vida, porque o génio, esse, não passa por isso. No filme percebe-se isto na personalidade do Picasso ou na de Renoir. Até lá.
Dade
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