Stonewall: passado mais um ano
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Nas vésperas da passagem de mais um aniversário sobre Stonewall não se pode dizer que muito tenha mudado. Em Portugal muitos "glbts" bem pensantes continuam a discordar de qualquer das reivindicações dos movimentos de pressão com os quais poderiam demonstrar, ainda que em doses pequenas, alguma solidariedade. Os fenómenos de radicalização e extremismos na nossa sociedade tiveram alguns desenvolvimentos preocupantes, primeiro com o que se passou em Viseu, depois, com uma série de manifestações de extrema direita, as quais tendo o seu aspecto caricato bem visivel, não deviam deixar de nos tornar apreensivos e, por fim, a tortura e assassinato de Gisberta. Mais, em nenhum momento, nem a Presidência da Républica, nem o Governo sentiram a mínima necessidade e, presume-se vontade, de enviar uma mensagem ao país de atenção e de recusa de cumplicidade em relação a estes comportamentos mais que lamentáveis.
Passado um ano da última marcha e do último arraial a única nota positiva vai para uma melhor organização do próprio movimento "glbt" que parece ter percebido a necessidade de deixar de habitar só as franjas do sistema político-partidário nacional e de fomentar momentos de reflexão sistemáticos e científicos, envolvendo o meio académico local, sobre temas em relação aos quais quer avançar.
De Bag
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