segunda-feira, agosto 07, 2006

Do Internacionalismo de Portugal

Desenganem-se aqueles que julgam que só as grandes potências, como os EUA, Israel, ou o Reino Unido conseguem afectar as vidas dos outros, quer sejam, ou não seus cidadãos para além das suas fronteiras respectivas. Portugal, neste âmbito, encontra-se entre os mais eficazes. Sempre que o seu interesse nacional o exige o país não olha a meios para executar, ou fazer executar esse mesmo interesse nacional. Foi assim aquando da possibilidade de atracagem de um barco holandês com uma clínica a bordo onde pessoal médico especializado procedia a interrupções de gravidezes. O país e as suas forças armadas mantiveram-se alertas, não cedendo no braço de ferro que se seguiu com a dita embarcação que bem podia ter sido de guerra. E no final ganhámos, o barco holandês arrepiou caminho e nem um aborto fez.

Agora, numa repetição da história (neste país que parece teimar em viver de costas voltadas para a História) os tentáculos de um Portugal que ainda é pouco "Estado de Direito", do seu Governo pouco audaz em matérias de direitos fundamentais e a sua caótica e arbitrária burocracia chegam a uma cidadã nacional que vive em Espanha e a quem os nossos representantes por lá impedem, ao não procederem à emissão da documentação necessária, de se casar, de acordo com a Lei local, com uma pessoa do mesmo sexo.

Os portugueses no estrangeiro afinal, não serão identificáveis por qualquer qualidade de peçonha. Só se distinguirão das restantes pessoas pela perseguição que o seu Estado lhes faz, empenhado, qual uma Coreia do Norte, em fechar, pela via administrativa, as portas a um certo tipo de progresso.

De Bag


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