quarta-feira, setembro 22, 2004


Hoje assinala-se o vigésimo quinto aniversário da subida ao poder de José Eduardo dos Santos. Pela imagem da fotografia até nem se desconfia que este senhor vem praticando inúmeras "boas acções" desde há um quarto de século a esta parte. Antes com o beneplácito dos Russos e Cubanos, agora com o dos Americanos. Hoje, o Público refere que estão avaliados em cerca de 10000 mil milhões de dólares o valor de depósitos de Angolanos no exterior, certamente porque o dinheiro não fará falta ao comum Angolano. A Angola, de que sempre ouvi falar, injusta, desigual, baseada na supremacia dos Brancos e assimilados mestiços de há 30 anos, mais coisa, menos coisa, não seria ainda assim melhor e mais justa que esta? Garantindo a todos pelo menos um minimo suficiente à sua subsistência e com tendência a melhorar. Agora, Angola, gerida como é como se se tratasse de um feudo da dinastia Santos, a qual na sua preocupação em amealhar para si e para os seus fieis não tem com que acudir às necessidades mais básicas dos seus cidadãos só tem tendência a piorar ainda mais.  Posted by Hello

1 Comments:

At 6:48 da tarde, Blogger Cacusso said...

É com mágoa que tenho que subscrever, por inteiro cada uma das palavras qu e escreveu. Um dia, quando se fizer a história deste período, pouco haverá de positivo a reter. Em boa verdade, Angola tem indiscutívelmente as condições para ser, no futuro, em Africa e no mundo uma grande potência...e não o será!
Não o será, seguramente, enquanto governar Eduardo dos Santos e a sua oligarquia. Não o será porque Eduardo dos Santos fez metódicamente TUDO quanto esteve ao seu alcance para que Angola não tivesse uma classe média, uma sociedade civil e partidos não militarizados fortes e democráticos - conseguiu-o! Rezará a história, se e quando a sociedade deixar de ser dominada em exclusividade pelo MPLA, que trocou de sistema político como quem muda de camisa sem abdicar, em qualquer dos casos, da usurpação de recursos que são por inteiro do Estado e do povo angolanos. Rezará a história que conseguiu a paz através do assassínio de um assassino que lhe foi entregue, por interesse, em bandeja pelo ex-inimigo americano. Rezará a história que, ainda assim, foi esse inimigo interno que o obrigou á «conversão á democracia». Restará nisto saber por quanto tempo conseguirá resistir no poder. Os valores indicados no Público provam como o poder é efémero em Africa e como TODAS as situações políticas são altamente voláteis e como a tentação de garantir a «reforma» é inevitável! A única verdade em que acredito em Angola é naquele povo fantástico, humilhado e sofredor mas absolutamente extraordinário. AQUELE povo não merecia aqueles escroques!! E, o mais incrível, é que - e tive a oportunidade de o dizer LÁ, em 1996, é que, EM TODOS OS ASPECTOS, a nossa herança naquela terra é indelével - o poder é corrupto, trafulha e «voyeurista» e o povo é infinitamente paciente e sofredor, tudo paga, como cá!! Sofre, paga mas não bufes!! Um dia terá fim, seguramente, porque o fantasma da guerra que mantinha Eduardo dos Santos no poder deixou de ser alibi... Infelizmente, como é demasiado comum em Africa, para «curar estas gripes» só... banhos da sangue! Esperemos que tal não venha a suceder de novo na terra mártir de Angola!

 

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