terça-feira, novembro 02, 2004

Ainda sobre a terrível perseguição aos Católicos

José Vitor Malheiros comenta hoje, no Público a questão levantada pela rejeição anunciada da Comissão Barroso devido às posições assumidas por Buttiglioni. Em especial aborda a questão levantada por muitos Católicos como se fosse um novon tempo de perseguição a que estivessem sujeitos em virtude da sua Fé e convicções. Malheiros diz:

«o que acontece é que, por muito que Buttiglione diga que o facto de considerar que a homossexualidade é um pecado, que as mães solteiras são más mães, que o matrimónio permite que as mulheres sejam protegidas pelos maridos são pontos de vista pessoais, é evidente que se trata também de ideias políticas que não podem deixar de influenciar os seus actos políticos. Considerar que uma dada prática é um pecado não criará a obrigação moral de a reprimir quando se manifesta? Não nos obriga, necessariamente, a tentar desincentivar esse pecado? Não nos levará, pelo menos, a desviar dele os olhos? Poder-se-á pactuar com o pecado como se fosse virtude?
E será possível alguém defender que no matrimónio a mulher é protegida e o homem protege e ser, ao mesmo tempo, um infatigável defensor a igualdade de direitos dos sexos no mundo, como o comissário da Justiça deveria ser?»


E conclui:

«Que a igreja católica e os seus sectores mais conservadores tenham reagido em tom de cruzada às críticas a Buttiglione não pode espantar: a igreja católica convive mal com a contestação e o Vaticano actual tem uma política familiar particularmente reaccionária. Quanto ao facto de a esquerda politicamente correcta ser frequentemente sectária isso é de uma evidência ofuscante e um truísmo estéril. O que é claro, em termos políticos, é que tão pouco deve ser comissário europeu alguém que defenda, por exemplo, a ditadura do proletariado, os campos de extermínio nazis, a política externa da Coreia do Norte, a pena de morte ou o direito de pernada. Ou Daniel Cohn-Bendit, já agora, cuja depravação juvenil, real ou apimentada, seria suficiente para lançar a dúvida sobre a sua idoneidade como comissário.»

À semelhança de Malheiros, Miguel Sousa Tavares (cuja crónica deixou de estar disponível na edição online do Público) também analisou a questão Buttiglioni e quanto a mim bem, pois fê-lo empregando argumentos baseados na lógica e racionalismo e não na superstição, ou preconceito. Foi, por isso, com alguma admiração que li a sua resposta, no final da dita crónica, a um texto de Prado Coelho, que citava o resultado de um estudo cientifico que concluia não vir mal nenhum ao mundo pelo facto de uma criança ser educada por um casal de lésbicas e que essas crianças eram, em principio, masi abertas e alertas culturalmente, em que MST desfaz o texto de EPC como se fosse algo de absurdo, que nunca lhe poderia caber na cabeça e prova acabada de que todos os que pensavam como EPC eram perigosos radicais que não sabiam até onde deveriam levar as suas reivindicações.

O que me admirou nesta posição foi tão só o facto de MST não ter respondido a EPC com algum estudo, ou argumento cientifico, pelo menos tão sólido quanto o apresentado por EPC. A isto chama-se argumentar com recurso a preconceitos. Só porque uma situação sempre foi assim, ou sempre foi mais frequente ser assim, não siginifica que não possa ser de outra maneira, sem prejuízo para todas as partes envolvidas.

Por acaso achará MST que Espanha, Reino Unido, Dinamarca, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, quase todos os países da Escandinávia, Canadá, Alemanha entre outros com os mais elevados indíces de desenvolvimento humano do planeta, são povoados e governados por perigosos extremistas que não sabem o que fazem ao permitir a adopção por casais homossexuais?


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