A Casa Pia
Era inevitável tornar a falar deste caso agora que começou o julgamento mais esperado e mais mediático dos últimos anos. No meio do circo que os jornalistas e investigadores pareceram alimentar ao longo destes últimos anos é de louvar o aparecimento de uma Juíza como Ana Peres, que pelos vistos sabe que não lhe cabe ela, enquanto garante de imparcialidade no processo, dirigir palavras que alimentem o ego dos acusadores, ou as boas, ou más consciências dos arguidos. A ela cabe-lhe estar caladinha e trabalhar, pois, para o circo mediático já bastam todos os outros, incluindo Souto Moura.
Era inevitável ainda chamar a atenção para a forma "Mexicana" como os populares manifestavam a sua indignação, ou apoio para com os arguidos deste processo. Mexicana porque me faz lembrar um caso que li no jornal de linchamento de dois policias Mexicanos por uma multidão em fúria que os julgava traficantes de droga. Tão longe de nós em termos geográficos e, no entanto tão perto em termos de hábitos.
Era também inevitável falar aqui da grande ausente deste processo: a própria Casa Pia, que devia estar no banco dos "réus" por ao longo de todos estes anos não ter sido capaz de proteger os menores que tinha à sua guarda. Isto claro como o primeiro passo para a sua abolição e substituição por outras instituições mais compatíveis com os tempos.
Por último era inevitável dizer aqui que não acredito que deste processo saiam decisões em que nós possamos acreditar. Nem a Juíza Peres, nos vai convencer da bondade das condenações. nem do mérito das absolvições. E os mesmos jornalistas e invrestigadores que se vão queixar imenso por isso são os primeiros responsáveis.
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