Ao rapaz que dorme
surge o corpo do amor.
O que destrói.
Pedras sem adeus.
Sobre o dia do seu coração
cai a tribo do crepúsculo.
Crescem os braseiros,
os sarros, os saques.
Queres que viva e evite a vida?
Ame e evite amar-te?
Os olhos dizem-lhe que não.
O fatigado alarme do corpo
ergue-se noutra chama.
O mundo vai morrer neste poema.
Joaquim Manuel Magalhães, segredos, sebes, aluviões
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