Estaria João César das Neves a pensar em Paulo Portas e no seu "Choque de Valores"...
...quando escreveu o texto, cujo excerto segue mais abaixo? Ou estaria, ainda, recordado de um dos últimos comicios de Lopes (o mesmo que, segundo Louçã, parecia uma "despedida de solteiro")?
Fica a incógnita.
A finalidade da vida é o prazer e o seu instrumento a ficção. Paixão, gula e luxúria são valores de publicidade, programa de partidos, elementos de educação. As bandeiras de campanha são aborto, tabaco, homossexualidade, colesterol, droga. Só há uma coisa sagrada, a sublimidade do deleite. Tudo o resto - família, comunidade, honra, tradição, valores - é relativo, discutível, ridicularizado.
Esta atitude sempre existiu. Nas orgias. Hoje é doutrina oficial. Diariamente assistimos à exaltação pública do deboche por empresas, analistas, investigadores, candidatos. Um indicador claro é que, num tempo que opina sobre tudo e ofende sem dificuldade, um único adjectivo está em desuso, precisamente o que sempre classificou os meios lascivos. Pode-se chamar tudo a todos, menos "porcalhão".
2 Comments:
O Abominável Coiso das Neves não pensa, meu amigo. Se pensasse não produzia estes nacos de prosa surrealista!
Caro Blogger
Como cristão que sou, envergonho-me destas tomdas de posição.
com efeito, com certeza que os tempos de hoje demarcam uma crise de ideais que desmboca num fácil relativismo.
Porém, tal constatação, parece-me transversal, não implica o preconceito e a exclusão ou "guetização" de algumas realidades.
Enfim, tempos de gestação, de construção são sempre dados a excessos e sobretudo a reacções agressivas dos meios mais conservadores.
Note-se ainda, que tais posições, são posições de uma facção da Igreja ligada, por seu turno, à franja mais radical do opus dei
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