quarta-feira, novembro 14, 2007

José victor Malheiro acertou em cheio

A crónica de hoje do Público acerta em cheio apontando os preconceitos quanto à família biológica e ao fado de todos os que nascem devem permanecer nas famílias onde nasceram, mesmo que essas os maltratem.
E este é o nosso fado, o de ter politicos que não pensam e não reflectem sobre as palavras que emitem sem serem pensadas.
Não posso estar mais de acordo com o que o cronista afirma.

"Esta reaccionária ideologia biologista permeia todo o edifício da acção social infantil e toda a prática do direito de família em Portugal e é uma das causas centrais das dificuldades que existem em gerar projectos de vida para as crianças sem família ou que foram retiradas à sua família biológica e que vivem em instituições ou famílias de acolhimento. Porque essa dificuldade? Porque o "ideal" é que as famílias biológicas possam ser persuadidas ou recuperem o suficiente das suas patologias para que o Estado lhes possa largar a criança no colo de novo e lavar daí as suas mãos. Assim se realimenta o fantasma da família biológica, simultaneamente mito de reconstrução e acto do menor esforço.Este biologismo é um alicerce podre sobre o qual não é possível construir nenhuma política de apoio e de protecção das crianças em risco. Quando o membro do Governo responsável pela protecção das crianças pensa assim, o que se pode esperar?"

Para lá

2 Comments:

At 9:31 da manhã, Blogger joshua said...

Isto segue uma lógica geral de alijamento de responsabilidades e desoneração sôfrega do Estado. Enunciados semelhantes a este permeiam toda a governação.

Um Estado que privatiza até o pensar o País torna-se impessoal e apátrida.

 
At 12:19 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Para mim a questão não é biológica, mas de direito. O que aconteceu recentemente com uma criança restiuida ao pai biologico, apesar deste a ter abandonado quando era criança, tem mais haver com a falta de protecção legal e cuidado por parte dos pais adoptivos, qu não sauberam dar à criança um estuto legal, capaz de proteger os seus interesses. Não penso que isto signifique, que daqui para a frente, o estado e tribunais vão previlegiar os laços biologicos, em deterimentos dos afectivos, ou os pais biologicos em deterimento dos adoptivos. A licção que é preciso retirar de casos recentes é que não se pode ficar com a custódia de uma criança, sem legalizar a adopção. Esta é a unica forma de proteger os interesses da criança, face a futuros conflitos de paternidade e costódia, como os que temos assistido ultimamente.

Entretanto gostava de lhe dar os parabéns pelo blog!

 

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