Para lá de Bagdade: O "Jumento" sobre o chumbo do Constitucional à pergunta para o referendo

sábado, dezembro 18, 2004

O "Jumento" sobre o chumbo do Constitucional à pergunta para o referendo

"Não me incomodei nada com a decisão do tribunal Constitucional acerca da pergunta proposta para o referendo à Constituição Europeia; para isso contribuíram duas razões: porque não gosto de referendos e porque aquela pergunta mais parecia uma tese de mestrado."

(...)

"Pessoalmente sou favorável à Constituição Europeia, mas tenho muitas dúvidas sobre a utilidade de um referendo a não ser para dizer que o povo apoiou a Constituição ou, pior, para concluir que graças á abstenção uma minoria de portugueses arranjaram um "31" ao país de onde ninguém saberá como sair."

1 Comments:

At 8:04 da tarde, Anónimo said...: Caro Blogger

A propósito do seu post permita-me algumas ideias sobre a temática da formação jurídica ministrada nas Faculdades de Direito em portugal e a sua recente avaliação, promovida por um grupo de trabalho presidido pelo Prof. Gomes Canotilho.
Existe, no meu entender, uma inaceitável promoção da elite de sempre. Na verdade, critérios de justiça e de verdade na avaliação deveriam ser efetivamente promovidos, e não, penso, uma intolerável perseguição política a certas universidades privadas (porque isto de se meter com a Igreja não é para todos..) com claras ligações à direita portuguesa, e portanto fomadoras de alguma da sua elite. É uma guerra suja, injusta e inaceitável, que mais cedo ou mais tarde não poderá acabar bem.
Lembro só que temos uma PR Licenciado pela Faculdade de Direito de Lisboa, e que NÃO SABE DISSOLVER A ASSEMBELIA DA REPÚBLICA. É revoltante.
Mais, tal significa ainda, pensamos nós, que o PR não tem pessoas com gabarito e qualidade suficiente, da sua área tão cara de formação jurídica, a colaborar com ele. A culpa deve ser certamente de um incompetente de uma universidade privada com certeza...
Se não o tem irá arranjá-lo de certeza.
Quanto à "pergunta", esta só demonstra, por uma lado a sociedade de analfabetos funcionais que fomos e somos, e a falta de sentido da realidade de toda uma classe política que caminha desesperada e desnorteada para o abismo.