Da Derrota
Por muitas voltas que se dê àquilo que se passou no último Domingo há um facto que é "imascarável" e que é a derrota que a Igreja sofreu. Há mais de um mês que todos os representantes da hierarquia Católica, desde Cardeal, a Bispos, a Padres e todos os habituais leigos do costume tentaram por todos os meios possíveis e imaginários dissuadir os Portugueses de votar "Sim". Tivemos primeiro mensagens em que nos diziam que não tinhamos competência para decidir sobre a "vida", matéria sobre a qual a Igreja preferiria manter o seu monopólio. Depois, tivemos mensagens de ameaças, desde excomunhões automáticas, a vigilias 24/7 em Fátima e em tantos outros templos do país. Assim como mensagens na RTP, quer numa inacreditável manifestação de anacronismo continua a emitir uma coisa chamada "Mensagem de Ano Novo do Cardeal Patriarca". Tivemos, ainda, as usuais manobras de envolvimento de miúdos e miúdas, fotografias de fetos com 20 semanas e imagens de uma "Nossa Senhora" a chorar.
E, apesar de todas estas agressivas e assertivas movimentações ganhou o "Sim". Não há outra forma de ver, ou afirmar aquilo que foi uma pesada derrota para a Igreja. O que me recorda de uma afirmação de Sean O'Casey (Dramaturgo Irlandês) que defendia que:
"There's no reason to bring religion into it. I think we ought to have as great a regard for religion as we can, so as to keep it out of as many things as possible."
De Bag
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