Amar Não Acaba, Frederico Lourenço
Estou quase a acabar de ler este livro de Frederico Lourenço, o qual é certamente mais conhecido pela sua tradução da "Odisseia", do que pelos seus romances autobiogrráficos relatando a seu "acordar" homossexual. E que neste livro nos oferece de forma fragmentada a sua infância, adolescência e entrada para a vida adulta, bem como alguns mosaicos das figuras que mais o inspiraram da sua família.
Há poucos dias contei a um amigo que o estava a ler e dei por mim a ter de o defender e à sua qualidade literária. Coisa que não aconteceria se estivessemos a falar de um livro de Monette, ou de Leavitt, ou até mesmo de Ronan, os quais são também, por sua vez, mais inconstantes em termos qualitativos do que é Lourenço, que mostrou novamente o seu brilhantismo nesta entrevista.
Então porque seremos nós os primeiros a desvalorizar a incipiente literatura gay que temos, especialmente quando, neste caso, ela até é de boa qualidade?
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