sexta-feira, julho 16, 2004

Acto e Consequência

Lembro-me, ainda, de ter aprendido nas aulas de Físico-Quimica que uma acção tinha sempre uma reacção. Esta é, pelo menos no mundo natural, uma lei absoluta. Não tem sido contudo sempre respeitada no mundo dos homens. Onde as acções se sucedem sem reacções ou consequências. Por exemplo o PCP criticou o Presidente, mas mantem-se no Conselho de Estado, o Dr. Santana Lopes anuncia que vai deixar a política, ou então que tem um compromisso com Lisboa e depois sé  que se vê, ou, ainda, o Primeiro Ministro no more, no rescaldo das eleições europeias, anuncia ter ouvido a mensagem que os eleitores entenderam enviar-lhe, pelo que se vai dedicar com redobrado esforço à tarefa de governação nos dois anos que se seguiriam, remodelando o Governo e, depois, foi também o que se viu...
 
Foi, pois, uma agradável surpresa ver José Pacheco Pereira voltar atrás na aceitação que tinha feito de um convite para representar Portugal na UNESCO em Paris. Pode-se não concordar com ele em muitas das posições que assume, nomeadamente no caso do conflito Israelo-Palestiniano, ou no caso do Iraque, mas tem de se lhe reconhecer valor e, acima de tudo, credibilidade, num tempo em que nem um nem outra abundam.


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