O momento político
1. Já há muito tempo que não se verificava um momento político tão interessante e tão discutido como o actual. Há anos que não se via os principais noticiários televisivos abrirem com as declarações sucessivas e necessariamente contraditórias dos vários dirogentes partidários, assim como dos habituais comentadores de serviço (ao serviço deste, ou daquele partido, com maior ou menor clareza).
2. Tratando-se de uma crise política é óbvio que a resposta, por parte do orgão de soberania Presidente também devería ser política. O que torna menos clara a necessidade da procissão de figuras mais ou menos conhecidas (algumas a já terem ultrapassado muito claramente o seu prazo de validade, veja-se o caso da Dra. Pintassilgo e das suas herméticas declarações), já que a decisão cabe apenas ao Presidente o qual está rodeado por competentes assessores para esse mesmo efeito.
3. Muito embora o momento político seja um dos mais interessantes dos últimos anos, não se pode deixar de concluir que os seus intervenientes são do menos interessantes e mais medíocre que era possível arranjar. Alguém duvida que se o ocupante do Palácio Rosa fosse o anterior que a solução não estaria já apontada? Ou que o Durão Barroso teria laborado no equívoco que lhe caberia a ele escolher o primeiro ministro para lhe suceder? Ou se o próprio Santana Lopes fosse diferente não seria o primeiro a reconhecer a indesejabilidade da sua sucessão no PSD?
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