O Cansaço
Está calor. O ano, até agora, teve poucos feriados e ainda menos "pontes". Os salários reais não aumentam há, mais ou menos, dois anos. O nosso Primeiro Ministro, que nos dizia que os sacrificios que faziamos tinham um fito, foi-se embora. O nosso Presidente achou que seria um maçada convocar eleições, pois iria perturbar a direita no poder e a economia nacional, a qual vê-se continua o seu processo de espampanante recuperação. Os fogos recomeçaram, sem que os prometidos meios aéreos tivessem chegado. Entretanto quem chegou foi um novo primeiro ministro cozinhado a partir de um conclave de muito pouco aristocráticos Barões. E com este novo Primeiro Ministro também temos novo governo, novos ministérios, ou serão mistérios. Algumas pastas até guardam supresas aos próprios titulares. Entretanto na oposição, o líder bateu com a porta também, o que tem deixado os Verdes ao leme. Ainda no principal partido da oposição, discute-se agora quem vai ser o próximo líder. Aparentemente o Sócrates leva vantagem, mas já lhe apareceu um Alegre a morder as canelas e um Soares Junior a querer levar tudo pela frente. Hoje, o Sócrates dá uma entrevista em que mais uma vez promete modernismo, mas em que alguns temas se fica por uma metade, não racional (veja-se o caso da adopção por casais homossexuais) e noutros ao afirmar não querer, nem poder agradar a todos deixa antever algumas dúvidas quanto a pusilanidade guterrista. Do outro lado o Lopes bombardeia-nos, crê ele para nosso benefício, com entrevistas a torto e a direito, todas as circunstãncias e locais servem, desde os palácios, que ele vais passar a habitar, aos cemitérios que ele vais visitar. Nem os mortos se escapam às sessões de um primeiro ministro permanentemente compungido.
Podem dizer que isto é a democracia. Eu digo então a esses que é uma democracia medíocre, ou como se diria mais a norte de merda. E que preciso de férias.
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