800 24 24 24 só para alguns

iniciou o seu trabalho hoje, dia 25 de Abril, mas não é para todos !!!
Embora se destine a responder a questões de saúde, evitando idas desnecessárias aos serviços de urgência, de fora ficam todos os que não tenham número de segurança social. Em primeiro lugar, os cidadãos imigrantes ilegais, que desta forma são mais uma vez discriminados num direito fundamental, o direito ao acesso aos cuidados de saúde.
Mas de fora ficam também cidadãos estrangeiros de visita ao nosso país, sobretudo no verão, e os portugueses imigrantes por esse mundo fora que nos visitam sobretudo nessa época.
Algo vai mal no reino da dinamarca...

Para lá

Che Guevara, 13 de Abril de 1967

A day of belching, farting, vomiting and diarrhea - a veritable organ concert. We remain absolutely immobilized, trying to digest the pig [cooked the previous day]. We have two cans of water. I was quite sick until I vomited, and then felt better. At night we ate fried corn and roasted calabash, plus the remants of yesterday's feast - those who were able to.

o (dis)curso

Relativamente à entrevista de Sócrates, ou melhor dizendo ao seu preparado discurso sobre o seu curso a única coisa a observar é a forma como o país assistiu desinteressado ao problema. Muito mais do que debater um suposto/alegado caso de facilitamento/favorecimento da UNI e de Sócrates que pareceu absorver apenas jornalistas, elites e oposição, o país prefere saber o que vai acontecer à caixa da terra, como se vão comportar as taxas de juro, o desemprego, ou se vai haver funcionários públicos despedidos, ou não.

O que se por um lado é positivo, porque assim o Governo não se "distrairá" tanto com este tipo de questões que nada acrescentam ao PIB nacional, por outro, é revelador do nível a que as coisas chegaram...

De Bag

Não fui , mas gostava de ter ido ao Maxime

Para lá

Prova de vida

Não sei se ainda existe uma coisa chamada "prova de vida", em que a segurança social obriga uns não sei quantos "velhinhos" a deslocarem-se até aos seus serviços para demonstrarem que estão vivos. Se ainda existe, esta Páscoa que passou houve pelo menos um Português, de quem já ninguém falava há algumas semanas e que, das últimas vezes que teve a "nossa" atenção, a teve pelas piores razões, que resolveu fazer a sua prova de vida, demonstrando que não aprende.

Com efeito, o "nosso" Presidente de Câmara, escolheu uma causa, que ficámos agora a saber lhe está próxima do seu coração, para provar que a Câmara que dirige é "legalista" e privou-nos de um motivo de acrescido humor ao passarmos pela Rotunda, local onde, para além de nos divertirmos com cubos do Casino, esferas da VW e túneis inacabados, tivemos, por breves dias, uma "intervenção" Gatista, a qual tinha cometido, numa cidade onde tudo é "by the book", duas graves falhas: não tinha pedido licença para se instalar e não tinha pago a respectiva taxa. Factos inegavelmente importantes e que requeriam a urgente atenção camarária, até então desocupada por falta de coisas importantes para fazer (já está resolvido o imbróglio Parque Mayer/Feira Popular, não há mais publicidade selvagem em Lisboa, todos os prédios da capital estão conservados, não há respostas atrasadas aos processos de licenciamentos, ect, ect e tal)....

De Bag

Stephen Spender, 9 de Abril de 1980

Left Vancouver 7 April. At Seatle airport the man behind the desk asked, when to pay the bill I produced my credit card, whether I was related to the poet Stephen Spender. So I said 'That's me'. He looked pleased and said, 'Gee, a near-celebrity.'

Tenho poucas noites assim. Na passada quarta-feira tive uma noite assim, no Teatro Camões perante a nova produção de Pina Bausch senti-me criança. Fui inocente e perverso, pequeno e crescido, branco e negro, amoroso e odioso. Depois não conseguia dormir, ou adormecer, havia monstros e outros seres estranhos por baixo da minha cama, era preciso ficar alerta.

De Bag

Do Curso e da Páscoa

A propósito do "caso do curso" de Sócrates que a oposição tem gerido mal, mas mesmo muito mal (como é que se pode sequer pensar em confiar-lhes o país?!?) e da época Pascal em que nos encontramos, porque não exclamar o seguinte: 'Que atire a primeira pedra ao Primeiro quem nunca tiver faltado a uma aula na universidade, ou quem nunca tenha ido a "avaliação final" ao exame!!!'

De Bag

Livro que gostaria de ver editado por cá:

E uma boa sugestão de leitura para José Manuel Fernandes, Pacheco Pereira, ou Helena Matos, para que antes de apoiarem mais outra "aventura" americana o possam fazer com mais conhecimento sobre a região alvo da obssessão Ianque.

De Bag

Mensagem para o Senhor Pinto Coelho (aquele que está na Rotunda ao lado dos fedorentos)

Hating gets going, it goes round, it gets older and tighter and older tighter, until it holds a person inside it like a fish holds a stick. (Ursula K. Le Guin, Always Coming Home 1985)

A Resposta:

Vermelho de Sangue

Se alguma coisa ficou provada com a forma como correu a crise dos reféns Britânicos no Irão é que o comportamento do país dos Ayatollahs foi estranhamente normal. Não cortou cabeças, não matou a cada 24 horas um refém, não torturou. Pelo contrário soube usar os 15 marinheiros de Sua Majestade como moeda de troca numa negociação relativa aos seus interesses consulares no Iraque.

Este episódio faz mesmo lembrar outros ocorridos durante a Guerra Fria. Trocas de espiões no Check Point Charlie, seguidas de desmentidos por todos os Governos envolvidos.

Claro que não interessa a quem (por agora apenas) ainda está no poder nos EUA e Reino Unido falar do Irão nestes termos. É que explicar que embora Ahmadinejad possa ser populista e perigoso continua sujeito às Leis de um Estado e à dinâmica contraditória de interesses que se digladiam no presente da Pérsia antiga (modernidade e tradição, ou democracia e autoritarismo) não serve o interesse de longo prazo de pintar o Irão das mesmas cores utilizadas no Iraque: vermelho de sangue.

De Bag

Ganhar tempo

Olmert, acossado por escândalos no seu país, parece querer ganhar tempo e espaço de manobra com esta "semi" aceitação do convite para discutir o Plano de Paz apresentado pela Arábia Saudita e rapidamente sufragado pela Liga Árabe. Dos três pontos do plano só dois são exequíveis (face à actual realidade Israelita e Americana) capital da Palestina em Jerusalém Oriental e retirada Israelita para a fronteira de 1967 ("give and take). O 3º ponto, o estatuto dos refugiados, o seu direito de retorno (às casas e terras donde foram expulsos, numa das maiores operações de limpeza étnica da segunda metade do século XX), ou o direito a serem indemnizados, dificilmente será aceite por um Estado cuja razão de existência identitária é a Fé professada pela esmagadora maioria da sua população (onde estão os criticos de estados como o Irão e a sua falta de laicidade?). Mas, Olmert, entretanto ganha tempo e, se calhar, conseguirá, como Chirac, escapar aos investigadores do Ministério Público Israelita.

De Bag

Livro que gostaria de ver editado por cá:

Num país em que a pouca memória que prevalece é selectiva e tem por objectivo contrariar a todo o custo a história e os seus, por vezes, crueis ventos, era bom que por cá se editasse este livro. Longe de ser um tratado gastronómico, este livrinho é sobre a vida da Lilla, segundo a sua neta. E trata-se de uma vida que, como o Mathew Parris nos chama a atenção aqui , demonstra à saciedade a constante mutação do mundo, dos seus heróis e das suas vitímas. Talvez nunca o miradouro do porto de Sidney tenha sido fonte de tão grande meditação...

De Bag

Dawn Powell, 3 de Abril de 1941

Fear is the basis in love loyalty. Fear to break off for fear the next will not be as good or as permanent of that the old will do too well without you. Women don't leave a drunkard as often as is reported. The drunkard, being maverick can always get other women and besides there is the maternal he arouses - also the sex interest since he is likely to be a different person every time.