quinta-feira, setembro 30, 2004

A Boa Notícia vista no Blogg de Vale de Almeida, que se transcreve abaixo: (link ao lado)

O Governo espanhol vai reconhecer aos casais homossexuais todos os direitos, incluindo o direito à adopção, avançou ontem a edição electrónica do diário "El Mundo". A proposta será aprovada amanhã pelo executivo de Madrid, mas terá ainda de ser submetida a votação no Parlamento».

É já amanhã. No mesmo dia em que Zapatero e PSL se encontram na cimeira ibérica de Santiago de Compostela. Algum jornalista poderia fazer o favor de perguntar a PSL o que ele acha sobre o assunto? É que qualquer resposta seria desastrosa: "Bem, somos sociedades diferentes" (e Portugal ficaria visto como o Burkina Faso da Península...); ou "o Povo é soberano, o Povo é que decide" (isto dito por quem não foi eleito...).

PS: Boa cobertura no El Periódico.

Joana Guerreiro

Contudo, se os detentores do poder paternal aceitarem o acompanhamento, a "criança pode ficar num meio familiar que lhe é desfavorável" durante "meses ou anos" até que o tribunal intervenha. Dulce Rocha

Fernando Negrão, ministro da Segurança Social, também hoje comentou o caso de Portimão, salientando que este caso é muito específico, uma vez que não se falava de maus-tratos.Segundo aquele responsável, a comissão nacional de protecção dos direitos da criança não teria aqui hipótese de evitar o que se passou porque quando interveio, há um ano, a actuação «não foi na área dos maus-tratos».«Não havia elementos ou indícios de maus-tratos. Havia indícios de que a Joana estava a ser sobrecarregada com trabalhos de natureza domestica.», avançou o ministro à margem do encontro anual onde as comissões de protecção dos direitos das crianças e dos jovens fazem a avaliação do trabalho desempenhado nos dois últimos anos.

Uma criança foi assassinada e os vários responsáveis institucionais usam desculpas esfarrapadas, em vez de assumirem frontalmente a inoperância dos vários sistemas e entidades que deviam zelar a tempo e horas pela segurança das crianças, seja no seio das famílias, seja dentro das instituições onde os menores em risco são colocados. A família de Joana esteve sob suposta vigilância até Janeiro deste ano, mas o processo terá sido encerrado pois não se justificava qualquer actuação!!!!

São este mesmos senhores que tudo fazem para que o processo de adopção em Portugal continue a ser um calvário tanto para quem espera ser adoptado, como para quem deseja adoptar, já para não falar nos conceitos ultra reaccionários no que se refere à adopção por homossexuais.




Voos de curta duração

Escrevo de uma outra paragem, tentando controlar um keyboard com as teclas todas ao contrário, mas tenho de as conseguir vencer. Da mesma forma que consegui vencer o cavalheiro que viajou à minha frente no avião, no outro dia. Eu passo a explicar, nestes tempos de economia, viajar em classe turística, pelo menos em curto curso, passou a ser semelhante àquelas viagens que se faziam com a Rodoviária Nacional, tudo cheio, tudo apertadinho e, por vezes mesmo, tudo cheirosinho. Nos aviões a única diferença é o sofisticado do meio em causa. Porque de resto vai-se tão, ou mais apertado, que num autocarro, está-se sujeito a uma série de atrasos injustificados e ainda estamos sob o risco de um ataque terrorista, ou então sob a iminência de fazermos a viagem inteira esmagados pelo vizinho da frente, que decide que tem de inclinar o seu encosto, para bater uma soneca, e com isso causar umas varizes ao vizinho de trás. A minha táctica aí é simples, chama-se joelho ao alto e muita pressão. Ou seja, se eu não consigo fazer a minha viagem com um minimo de conforto, porque há de o vizinho da frente de o conseguir, especialmente porque o meu desconforto tem a ver com uma acção sua. Normalmente esta técnica resulta, e passados uns minutos a generalidade das pessoas percebe o incómodo que causa e endireita o encosto, mas já reparei que a generalidade dos Americanos, ou dos Flamengos e dos Espanhóis não liga nenhuma a esta preocupação e, convencidos do seu direito divino ao encosto inclinado, mantêm-no nessa agradável posição, fazendo eu e eles (por causa das minhas joelhadas uma viagem desconfortável).

E é por isso que acho que as companhias aéreas deveríam proibir os encostos inclinados nos voos de curta duração. Voos de 2, ou 3 horas conseguem-se fazer lindamente de encosto direito. Nos voos de longo curso, como os avões são normalmente maiores, esse problema, em princípio, não se porá.

Assim, abaixo os encostos inclinados!

segunda-feira, setembro 27, 2004

The Political Compass

Um dos intervenientes neste blogg fez o teste (link acima) e o resultado foi o que se vê abaixo. Moderadamente de esquerda e com um pendor para a liberdade. Ainda bem!

The Political Compass
Economic Left/Right: -6.00Social Libertarian/Authoritarian: -6.67



E o que está Vicente Jorge Silva a fazer no Parlamento? Por muita simpatia que a figura do Jornalista possa inspirar, acho inaceitavel que o mesmo venha agora considerar um erro o seu envolvimento político, desvinculando-se do PS, sem se desvincular de seguida do cargo de deputado. Compreendo e aceito que haja deputados independentes, mas quando são eleitos como tal. Agora quando são eleitos por um partido, integrando uma lista, que a maioria dos eleitores nem conhece e que só conhece pelo Partido em que vota, não está correcto que mesmo quando percam interesse pela vida partidária permaneçam no cargo só porque não têm nada de mais interessante para fazer... Posted by Hello


Saiu a sexta edição do Good Reading Guide da Bloomsbury, a qual, pegando, no livro que estamos a ler, sugere os seguintes, de acordo com temas, ou estilos. Assim, se, por exemplo, alguém estivesse estado a ler o Folding Star de Hollingurst, recentemente nomeado para o Man Booker Prize, este livro sugere que se siga ou com The Swimming Pool Library do mesmo autor, ou então qwue se pegue no A Boy's Own Story de Edmund White, Mr Clive and Mr Page de Neil Bartlett, While England Sleeps de david Leavitt, ou, ainda, Kitchen Venom de Philip Hensher.

Se estivermos, para dar outro exemplo, a ler um livro de Yourcenar, como as Memórias de Adriano, a sua obra mais conhecida, este livro, para além de apontar algumas pistas sobre a obra, tais como, sublinhar as diferenças entre esta obra e uma de Robert Graves, I, Claudius, dizendo que enquanto a primeira é uma autobiografia de natureza mais filosófica, a segunda trata mais a história de luta pelo poder dentro da familia Imperial Romana; ainda sugere que se leia a seguir The Mask of Apollo de Renault, ou Julian de Gore Vidal, ou, por último, The Idles of March de Thornton Wilder. E, claro que todas estas obras sugeridas estão mencionadas neste guia, com uma explicação sobre o que versa o livro e quem era o autor, autora.

Este guia é, pois, uma ajuda para aquelas alturas em que estamos sem inspiração para escolher o que nos apetece ler a seguir. E tem, ainda, uma última curiosidade, é que contém no inicio a lista do Big Read, organizada pela BBC, a qual é uma lista das 100 obras favoritas dos leitores Britânicos, formada através de uma votação. Nesta lista detecta-se uma curiosidade que é o facto de a obra mais votada ser o Alquimista de Paulo Coelho, ou o facto dos Harry Potters aparecerem todos, mais ou menos, a meio da lista. Não obstante, alguns dos lugares cimeiros continuam a ser ocupados por aquilo que alguns criticos do Expresso devem gostar de designar como literatura séria. Livros como Animal Farm de Orwell, ou Ana Karenina de Tolstoy, ou, ainda, Brideshead Revisited de Waugh ocupam muito respeitáveis posição na Big Read.

Curioso seria fazer o mesmo em Portugal, onde, estou certo a Rebelo Pinto, ou a Ferro ocupariam as primeiras posições, em conjunto claro está com os Harry Potters...

sábado, setembro 25, 2004

A Casa de Praia do Senhor Lopes

Visto no Portugal dos Pequeninos (link acima). Mais uma demonstração de como certos políticos olham para o serviço da causa pública, um pouco como se não o fosse:


Santana Lopes também quer o seu "fortezinho" na linha de Cascais para o "lazer" e para os "fins de semana". Segundo o Expresso, foi bem explícito na discriminação das respectivas comodidades. Parece que lhe vai calhar o Forte de Santo António onde Salazar passava os verões pagando do seu bolso ao Exército. Não consigo imaginar quantas voltas dará na sua campa rasa do Vimieiro. Foi lá que se estatelou na famosa cadeira. Lopes, pelo contrário, não precisa de nenhuma cadeira de lona para se estatelar. Basta-lhe abrir a boca e jorrar a primeira ideia que lhe vier à cabeça.

sexta-feira, setembro 24, 2004

Alguém percebe o que está este senhor ainda a fazer no nosso parlamento?


O Deputado Cruz da Silva, eleito pelo PPD da região de Águeda, é neste momento o único, de todos os envolvidos, num julgamento por peculato e falsificação de documento a não estar sujeito a nenhuma medida restritiva por parte do Tribunal. Todos os outros envolvidos, ou estão sujeitos a termos de identidade e residência, ou a prisão preventiva.

Até agora este Senhor tem se escudado na sua imunidade enquanto deputado para não responder neste processo. Pergunto eu até quando? Jorge Lacão, deputado socialista presidente da Comissão de Ética (sim isso existe na Assembleia, apesar de parecer incrivel) diz que a suspensão do deputado só será obrigatória quando a acusação do Ministério Público for definitiva. E o próprio Cruz da Silva não terá um pingo de vergonha? Temo que não e que isso seja definitvo...

Cocktail Nacional

Enquanto Miguel Sousa Tavares, na sua crónica semanal do Público, continua a justificar o título de cronista de referência da nossa praça, com as criticas, esta semana ao confuso governo (o qual justifica o pedido de fim do Estado), ao desgoverno na Caixa, ou a cronistas que já perderam a vergonha há muito tempo (neste lote incluo todos os que escrevem para o Diário de Notícias), o seu vizinho do lado, Eduardo Prado Coelho, zurze o que tem sido a gestão do ICEP, o Instituto Estatal para a promoção do cmércio externo e da imagem turística nacional no estrangeiro e que mais não tem sido que um local de despejo dessa classe de servidores públicos que não trabalharam um único dia nas suas vidas. O ICEP depois de passar para o Porto, parece que agora vai voltar a Lisboa, sem que ninguém se preocupe, aparentemente, com os custos destas operações... sendo, anda, que deve ser um incómodo para todos aqueles meninos e meninas bem, que lá estão a trabalhar graças ao amigo do pai, ou tia da mãe e para quem o ICEP tem sido como que uma carreira diplomática mais sofisticada, por lidarem com marketing, ou economia e, ainda assim, terem beneficios igualmente atraentes e, acima de tudo, estatuto!

Esta semana, ficámos ainda a saber que a colocação de professores vau ser manual, e eu que julgava que manual, nesta época, já só o escolar.

A empresa responsável por toda esta borrada, que dá pelo nome de Compta, assim mesmo escrito com o p no meio e com o m, antes do p, veio-se a saber é gerida por uma destas figuras inenarráveis que insistem em assombrar-nos com os seus desempenhos desde há alguns anos a esta parte, o Senhor Couto dos Santos, aquele que antes passou pela Comissão de Coordenação Norte e que antes disso tinha sido Ministro da Educação. Diz-se por aí que a Compta já esteve a ser investigada até pelo DIAP (o mesmo da Casa Pia) devido às suas ligações próximas com outras figuras do PSD e devido, ainda, ao facto de ganhar uma série de lucrativos contratos com o Estado. Contratos como este de fornecer o programa informático que não permitiu a colocação dos professores.

Para quando uma verdadeira razia a estes senhores, que os fizesse voltar para o estatuto de obscuridade de que sairam com o Prof Cavaco. Para quando a assunção por Cavaco de que o seu consulado marcou o inicio deste processo de aproximação entre política e negócios em Portugal e que não basta que ele não tenha metido a mão na massa, era preciso que garantisse que aqueles que o rodeavam e aqueles que ele permitiu que ocupassem posições de relevo na vida pública nacional, também não metiam a mão na massa. Isso sim é que era rigor Senhor Professor.

quinta-feira, setembro 23, 2004

O Diário de Notícias vai nú

Lido no Blogg Causa Nossa, sobre a colocação de professores e o orgão oficial do Governo, isto é o DN

O diário do Governo

Com a manchete de hoje -- «Todas as escolas abertas no início de Outubro» -- o Diário de Notícias candidata-se ao pouco edificante estatuto de "folha governista" (para utilizar uma excelente expressão brasileira), substituindo ostensivamente os factos por um anúncio ministerial, escamoteando o desastre na gestão da colocação de professores e branqueando o irremediável atraso na abertura das aulas. É evidente que a manchete correcta deveria ser, quando muito, esta: «Escolas abertas só no início de Outubro».Como é sobejamente sabido, a orientação de um jornal não decorre somente da sua linha editorial e das páginas de "op ed", mas também e sobretudo da sua "agenda" informativa (selecção das notícias e peso relativo que lhes confere), dos temas destacados na 1ª página e da escolha dos títulos. A manchete de hoje do vetusto matutino de Lisboa deveria ficar registada como exemplo-de-escola de "frete" político.

quarta-feira, setembro 22, 2004

Já foi divulgada a shortlist do Man Booker Prize de 2004



Um dos selecionados é Alan Hollinghurst,http://www.contemporarywriters.com/authors/?p=auth48 pelo seu último livro the Line of Beauty, que já aqui tive oportunidade de elogiar, porque gostei bastante . Mas Hollinghurst está muito bem acompanhado nesta shortlist por Colm Toibin, autor Irlandês, com a sua última obra The Master: http://www.colmtoibin.com/

Em The Master Toibin aborda a fase decadente de Henry James, na altura em que o Mestre envereda pelo Teatro e falha. É interessante que ambos os autores tenham abordado James este ano. Recordo que Hollinghurst aborda-o através de um jovem estudioso de Henry James, especialmente de um dos seus livro The Spoils of Poynton.

De Toibin vale, ainda, a pena ler The Story of the Night, magnifico livro cuja história se passa na Argentina na altura da guerra das Falklands , uma história de amor entre dois Argentinos, um deles de origem Inglesa com um final triste como a noite...

E may the best Man win!Posted by Hello


Hoje assinala-se o vigésimo quinto aniversário da subida ao poder de José Eduardo dos Santos. Pela imagem da fotografia até nem se desconfia que este senhor vem praticando inúmeras "boas acções" desde há um quarto de século a esta parte. Antes com o beneplácito dos Russos e Cubanos, agora com o dos Americanos. Hoje, o Público refere que estão avaliados em cerca de 10000 mil milhões de dólares o valor de depósitos de Angolanos no exterior, certamente porque o dinheiro não fará falta ao comum Angolano. A Angola, de que sempre ouvi falar, injusta, desigual, baseada na supremacia dos Brancos e assimilados mestiços de há 30 anos, mais coisa, menos coisa, não seria ainda assim melhor e mais justa que esta? Garantindo a todos pelo menos um minimo suficiente à sua subsistência e com tendência a melhorar. Agora, Angola, gerida como é como se se tratasse de um feudo da dinastia Santos, a qual na sua preocupação em amealhar para si e para os seus fieis não tem com que acudir às necessidades mais básicas dos seus cidadãos só tem tendência a piorar ainda mais.  Posted by Hello

terça-feira, setembro 21, 2004


Lido recentemente: The Radetzky March, de Joseph Roth. Um livro que descreve a atmosfera que se vive nos momentos imediatamente anteriores às grandes trasnformações e às grandes convulsões. Este livro traça a trajectória de três gerações da familia Trotta, desde o herói da batalha de Solferino, o Trotta responsável por ter salvo o Imperador Franz Josef Habsburgo até ao seu neto, que passa pela frente oriental do Império, espécie de Nações Unidas da altura. A história desta familia, torna-se a história do Império Austro-Húngaro e do próprio Imperador. O ambiente descrito adensa-se à medida que o fim do Império se aproxima, que é também o final decadente dos Trotta. Li o livro na sua tradução Inglesa e gostei. Roth é um dos melhores escritores de língua Alemã daquela época e a minha única pena é de o não poder ler na língua original. Posted by Hello

Blair adia a Lei de Civil Partnerships

Blair adiou a semana que passou a segunda leitura da Civil Partnerships Act, um diploma que alarga aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos e deveres dos casais heterossexuais. A desculpa oficialmente apresentada foi de que um líder unionista da Irlanda do Norte, o Reverendo Ian Paisley tinha ameaçado desertar a mesa das negociações caso esta medida fosse para a frente, alegando que a Irlanda do Norte não tem nada a ver com a cultura de discotecas de Londres. Como se sabe hoje, as negociações para prolongar a paz na Irlanda do Norte falharam, talvez faça lá falta de facto a dita cultura de discotecas de Londres...

Quanto a Blair é incompreensível que tenha cedido em algo que vem defendendo é essencial para a sua visão do que deve ser a nova Grã Bretanha, um país exigente em matéria de não discriminação. Mas tal descuido talvez tenha a ver com as companhias atlanticistas que, nos últimos tempos, insiste em manter...

Enquanto isso a Espanha, sem ruído, nem centrais de informação, ou spin, passa a perna a todos os que se auto-intitulam progressistas e em cerca de duas semanas será o primeiro país Europeu (e que eu saiba do mundo) onde a instituição casamento será aberta a casais do mesmo sexo. Olé!

segunda-feira, setembro 20, 2004

Afinal sempre é o petróleo, estúpido!

Tenho acompanhado com um misto de curiosidade e consternação o evoluir de uma crise que tem merecido pouca atenção dos nossos media, apesar de ter todos os ingredientes apelativos: petróleo, familia Bush, mercenários e ditadores. Estou a falar da Guiné Equatorial.

Foram detidos, há algumas semanas, em Harare cerca de 40 a 50 mercenários, na sua maioria brancos, quando iam a caminho de um estado vizinho da Guiné Equatorial. Quase ao mesmo tempo foi detido e libertado sob caução o filho de Margaret Thatcher, residente na Cidade do cabo, na África do Sul, igualmente acusado de fazer parte de uma operação para derrubar o ditador que governa a GE desde os anos 70 e que, desde então se apropria quase por inteiro das imensas receitas de petróleo de um país com uma população total que ronda o meio milhão de habitantes e que apesar disso tem uma esperança de vida média de 40 anos. Uma população, ainda, que é perseguida por uma eficaz polícia política que utiliza a tortura de forma regular.

Nesta suposta operação, para além da participação destes mercenários movidos pela possibilidade de lucrativos contratos de prospecção e extracção de petróleo, havería ainda o envolvimento do Senhor Aznar, que disponibilizaria entre 300 e 3000 forças espanholas, sendo que seria a Repsol a beneficiar de concessões de qualquer governo futuro que resultasse de uma operação bem sucedida.

Aparentemente agentes ligados a estes interesses consultaram o Departamento de Estado Americano antes de avançarem, e na altura não foi explicitada qualquer oposição por parte dos EUA a esta operação. Aqui começa a falhar, quanto a mim, esta operação. Porque quem está neste momento a explorar o petróleo na GE são exlusivamente empresas dos EUA. Mais, quer o Presidente, quer o seu sobrinho têm várias propriedades nos states, avaliadas em vários milhões de dólares. Mais, ainda, o banco por onde passam a maior parte destas transacções e onde se concentrarão também a maior parte das poupanças destes senhores é um banco americano (por diversas vezes investigado devido a suspeitas de branqueamento de capitais) administrado por um tio de...adivinharam de George W. Bush. Daqui até os senhores envolvidos nesta operação serem apanhados foi um rápido esfregar de um olho.

Daqui se pode concluir que nem sempre o petróleo é justificação suficiente para se invadirem países alheios. Também nem sempre o regime político ditatorial, ou as violações dos Direitos Humanos são suficientes para tal. Afinal basta que o petróleo seja explorado por interesses Norte Americanos e que o ditador saiba quem manda.

domingo, setembro 19, 2004

Um acordo

Hoje no Público refere-se que os jornalistas franceses sequestrados aceitaram um acordo. Vão cobrir as actividades da resistência. O Le Monde confirma a existência de um comunicado que refere a libertação dos jornalistas nos moldes acima referidos.
As noticias do outro lado do conflito que promete transformar-se em guerra civil a muito curto prazo.

Homofobia 1, Activismo Inteligente 0

Li hoje no Público dois longos artigos sobre a situação actual dos Homossexuais em Portugal. O primeiro no caderno principal, o segundo na revista. O primeiro procurava fazer uma análise da forma como vivem os homossexuais em Lisboa, levando em linha de conta quer as iniciativas que lhes são destinadas (Arraiais, Festivais, etc) quer os efeitos que a mudança camarária teve nestes eventos e, por conseguinte, na comunidade. O artigo pareceu-me equilibrado, pouco, ou nada homofobo e como tal era o momento ideal para fazer passar a mensagem das dificuldades que a comunidade enfrenta no seu dia a dia (o exemplo do despejo de uma lésbica de uma habitação camarária podería e devería ter sido potenciado), bem como para reclamar em relação à mudança de tratamento que houve por parte desta equipa camarária quanto aos eventos lgbt. Em vez disso tivemos a pessoa responsável por aquela que é a principal organização lgbt Manuel Morais a dizer que não tinha razões de queixa da CML. Eu até compreendo que lhe tenha passado pela cabeça naquela altura qualquer coisa como, deixa-me lá dizer alguma coisa simpática senão os tipos lixam-nos ainda mais, e para o próximo ano nem no Calhau nos safamos...Mas há alturas caro Manuel em que é preferível nem ter o parque do Calhau, porque há alturas em que certos princípios devem falar mais alto. E o que eu acho que devia ter falado mais alto nas suas declarações deveria ter sido o facto da CML ter eliminado os apoios em matéria de divulgação (oferta de espaços de MUPIS), o que impede que a comunicação dos eventos ILGA/lgbt cheguem a mais gente; a CML ter mudado o arraial de um local central e acessível facilmente a todos e todas para junto a Monsanto, da praça onde a Républica foi aclamada (Praça do Municipio), passa-se para um local mais depressa associado à prostituição; mais de uma equipa camarária que fazia questão em aparecer na maioria dos eventos, dando a cara e demonstrando que apoiava activamente o evento em questão, passámos para uma equipa camarária que nem ao nível da vereação se dignou alguma vez em põir os pés, nem no Calhau, nem no Festival, nem na Marcha. E ainda afirma caro João que não tem razões de queixa? Então, no tempo de João Soares, devería andar num constante extâse orgasmático com o apoio da CML!

Assim, não vão os lgbt longe...

Em relação ao segundo artigo, uma entrevista de Miguel vale de Almeida, nada a apontar, como é bom ler a Razão. Vale de Almeida põe o dedo na ferida várias vezes ao apontar que não virão quaisquer mudanças no plano legislativo sem que o espaço político-partidário do centro adopte estas questões, à semelhança aliás do sucedido em Espanha. Dá vontade logo de questionar onde estão as associações lgbt nacionais. Com a excepção de um Gonçalo Dinis, ou de umas Panteras Rosas, parece-me que o resto é o deserto. Tenho uma vaga ideia de umas senhoras e senhores a discutir o sexo dos anjos numas reuniões de plataforma intermináveis, ou com uma enorme preocupação em fazerem umas aproximações aos sindicatos, ou, ainda, colocando as suas próprias agendas políticas à frente do que devería ser a agenda política do movimento lgbt. Até quando? Para sempre?

sexta-feira, setembro 17, 2004

Isto está a aquecer

Edições Polvo já pediram reforço de mais exemplares da obra que PSP aconselhou a retirar da montra. Gerente promete levar autor à cidade de Viseu.
Vale a pena ler!

O Público hoje sobre o Festival Gay e Lésbico


Ainda agora o 8º Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa começou e parece que não há tempo para ver todos os bons filmes que têm alinhados para nós, apreciadores e apreciadoras de cinema.

Um dos que não quero perder é o Madame Sata (a exibir nos dias 24 e 25, ver a programação completa num post abaixo), sobre um travesti brasileiro dos anos 30 do século passado extraordinário. Mais informações sobre o filme ao lado: http://www.imdb.com/title/tt0317887/.

Mas há mais propostas igualmente interessantes, quer de filmes, quer de debates, no fundo este Festival, apesar de já ir na sua oitava edição, mantém-se fiel aos seus princípios fundadores de criar, através do cinema, um espaço de desnvolvimento da cidadania e da educação! Posted by Hello

quinta-feira, setembro 16, 2004

Lido na "Prospect" de Julho passado

"You know you are buying a special sort of book when other customers start interfering at the till.
-No not that way. Said a man with an egyptian accent, as I handed my pile of books across the cash desk at Waterstone's. The Koran must always be on top, he chided, leaning over to rearrange my purchases. But how should it lie in the plastic bag next to the other books? My fellow shopper-cum-spiritual adviser was at a loss, I don't know about plastic bags. Then he brightened: God forgives all"


Um retrato fiel do Abominável César das Neves visto e copiado de: http://ateismo.net/diario/ Posted by Hello

18.156 Euros

18.156 Euros não é um número redondo. Mas é um número, como se diz simpático. Representando um valor que para a maioria dos Portugueses continua a ser aspiracional. Foi, portanto com uma enorme satisfação que vimos um Português esta semana aspirar e conseguir que lhe fosse atribuída uma pensão mensal deste valor por um ano de serviços á frente da Caixa Geral de Depósitos. O Eng. Mira Amaral é concerteza um Português satisfeito, no meio de muitos tristes e deprimidos.

E viva a crise!

Só uma dúvida, será que esta classe de profissionais, os designados gestores públicos não contribuirão também para a tal torreira, ou sorvedouro imenso da riqueza nacional? Afinal o emprego está sempre garantido, quer tenham mérito quer não, à semelhança de um qualquer funcionário público, estando também o pagamento dos seus salários assegurado pelo estado, quer as suas empresas tenham, ou não lucro. Hoje é o Eng. Amaral, ontem foi Cardoso e Cunha, quem será amanhã?

quarta-feira, setembro 15, 2004

Nader: O Amigo de Bush

"One in ten of those who have donated over $1.000 to Ralph Nader's presidential campaign have already given money to the Bush-Cheney campaign.
in Prospect, Agosto 2004

Estranheza

Reparei hoje na revista Focus e comprei-a. Afinal não é todas as semanas que sai uma revista com uma capa tão sugestiva: "A Vida Secreta de José Sócrates", com um subtítulo que chama a atenção para a aparente incompatibilidade entre os redimentos que Sócrates declara ao fisco e o seu estilo de vida e fazenda. Não tenho nada a apontar ao autor deste artigo, nem à respectiva fonte. Inclusivé penso que é de louvar o jornalismo de investigação que este artigo terá implicado. Contudo é de estranhar que a Focus não tenha feito já várias manchetes com outros políticos, por exemplo o nosso actual Primeiro Ministro, homem que não tem fortuna familiar ao que se sabe, com cinco filhos aos quais tem de pagar uma pensão e com rendimentos não muito elevados (pelo menos os declarados) e que consegue ter e pagar uma casa num condomínio luxuoso, passar férias, mais os filhos, numa estância de férias de luxo e ainda ter dinheiro para se apresentar sempre com umas gravatas novas. Ora a não ser que isto seja um caso de gestão exemplar de um Orçamento familiar (sendo esse o caso, o Bagão devia ouvir mais vezes o PM), não haveria aqui fundamento também para umas capas das Focus desta vida?

The Downfall, Hitler and the End of the Third Reich (link)


Na próxima semana os Alemães irão, pela primeira vez desde o final da II Grande Guerra, ter hipótese de ver um filme sobre Hitler. Isto significa o final de um taboo em que não parecia ser possível fazer um filme sobre Hitler, mostrando-o a ser simpático com Eva Braun, ou a fazer festas aos seus cães, ou a apreciar uma boa refeição.

"The Downfall" baseia-se no trabalho de Joachim Fest (um historiador) e nas memórias da última secretária de Hitler e longe de ter motivações ideológicas, simboliza um novo olhar da Alemanha sobre uma época negra da sua História recente, em que aparenta começar a ser mais fácil uma maior abstração em relação ao sofrimento dos Judeus e povos de outras nacionalidades às mãos do Nazis e uma refocagem no sofrimento de Alemães comuns e anónimos e nas histórias dos perpretadores destes crimes.

O filme, de acordo com a critica, revela a decadência de Hitler, na fase final, um velho com Parkinson e acaba por não desvendar o que o tornou tão atraente aos olhos de tantos Alemães durante aqueles anos. Posted by Hello

Soares e o Mundo

Vale a pena ler o resumo que vem hoje publicado no Jornal de Notícias da entrevista dada ontem por Mário Soares a Teixeira no programa Sociedade Aberta da SIC Notícias (link acima no título deste post). Entre outras coisas, Soares lembra uma frase de um autor Mexicano "O patriotismo é o último refúgio dos idiotas".

Continua criticando a resposta dada por Bush e Putin aos desafios que o terrorismo actualmente coloca. Depois aborda ainda o actual governo, com as conversas em familia e tudo, recordando Lopes & Cia de que os bons exemplos devem vir de cima.

Mário Soares termina por afirmar que a sua crença é no Homem e no Progresso. E apesar de, à semelhança de Soares, eu também acreditar que o Homem (ou melhor a Humanidade) caminha inevitavelmente para o Progresso, tenho dúvidas sobre se esse processo não será feito de forma não linear, com avanços e recuos, sendo o momento presente, de nítido recuo.

terça-feira, setembro 14, 2004

Mais um para o Kerry

"If John Kerry inflicted himself with a grenade, then I'm voting for him! Anybpdy that stupid has got to be better than the guy we have now."
Joe Pantoliano, actor da série Sopranos, falando depois da campanha de ataques ao mérito das medalhas ganhas por Kerry no Vietname, no Washington Post de 29 de Agosto.

Vote nas eleições Americanas! E melhor veja os resultados logo a seguir

Stage Beauty


Está a causar sensação o filme "Stage Beauty", sobre a vida do bissexual George Villiers, Duque de Buckingham, numa Inglaterra pós Isabelina, governada pelos excessos de Jaime I. O actor que desempenha Villiers é Ben Chaplin e a sua interpretação tem feito os criticos falar num sucesso semelhante ao do "Shakespear in Love", só que desta feita, com cenas explícitas de amor homossexual. Para mais informação consultar http://www.imdb.com/title/tt0368658/ Posted by Hello

Conversas em familia

Na véspera da revelação de mais um relatório da ONU dizendo que somos o segundo país europeu em matéria de pobres, o Ministro das Finanças apresentou-se aos Portugueses num registo proto salazarista. Digo proto porque ele se atrapalhou um pouco com os papéis que levava, uma coisa que o Salazar não toleraria, dando de si uma imagem trapalhona, nada consentânea com o cargo que ocupa. Proto, ainda, porque não disse nada, falando muito. Não se percebeu, sequer, onde estava a novidade que justificava aquela pompa toda de uma mensagem ao país.

Afinal nem os números divulgados eram novos, nem houve uma única medida inovatória falada, isto para além daquelas medidas desbragadas como a correcção do regime benefícios fiscais, que já percebemos irá tentar beneficiar, ainda mais, as familias, ou a nebulosa da duplicação de institutos estatais a fazerem exactamente a mesma coisa, algo de que já se fala há anos, sem que um único desses institutos feche e nos poupe uns euros. A única novidade, de que já suspeitavamos aliás, é a de que passados dois anos de governo PPD/PP estamos, em matéria de défice, exactamente iguais ao último ano do governo Guterres. Digo em matéria de défice, porque quanto ao rendimento disponível, emprego, solidariedade e coesão com a Europa estamos seguramente pior.

Parece, pois, que o Bagão aprendeu bem com o mestre Lopes, regente geral desta orquestra.

Este discurso teve contudo uma virtude. Mostrou para álém de qualquer dúvida de que existem profundas diferenças entre esta direita e a esquerda em Portugal. Uma acredita no mantra de menos estado, melhor estado, na sobreposição do princípio do utilizador-pagador ao da solidariedade, na privatização até de sectores estratégicos que deveriam permanecer na esfera pública e na imposição de valores ideológicos arcaicos ao estado, nem que para tal tenham de utilizar meios desproporcionados, normalmente reservados para teatros de guerra.

Ah! Teve ainda outra virtude, a de vermos o Bagão com uma gravata cor de rosa...


segunda-feira, setembro 13, 2004


ááCopyright: António , edição de 11 de Setembro de 2004 do Expresso
Nota: No filme de Rainer Werner Fassbinder , Querelle, baseado na obra Querelle de Brest de Jean Genet, Jeanne Moreau interpreta o papel de Madame Lysiane, uma espécie de "coro" unipessoal recolhido à tragédia grega. Passa o filme a entoar uma canção cujos versos pertencem à "Ballad of Reading Gaol" de Oscar Wilde e que rezam assim:
Yet each man kills the thing he loves By each let this be heard, Some do it with a bitter look, Some with a flattering word, The coward does it with a kiss, The brave man with a sword! Some kill their love when they are young, And some when they are old; Some strangle with the hands of Lust, Some with the hands of Gold: The kindest use a knife, because The dead so soon grow cold. Some love too little, some too long, Some sell, and others buy; Some do the deed with many tears, And some without a sigh: For each man kills the thing he loves, Yet each man does not die.

Com agradecimentos ao Portugal dos Pequeninos (ver link ao lado). Posted by Hello


Pollock, "Male and Female" Posted by Hello

...e se?

Ontem estive na Fnac do Chiado. Deixámos o carro numa rua da zona (ao pé do antigo Casino da geração de 70) e descemos a pé. Quando entrámos na Rua Garrett, verifiquei que a Bénard estava fechada, mas em compensação a Brazileira estava aberta e tinha a esplanada cheia. A Rua Garrett tinha um movimento considerável de peões, que se ia avolumando à medida que nos aproximámos dos Armazéns do Chiado e da Fnac. Uma vez lá dentro, propus um café, antes de passarmos aos livros e DVDs. E, por puro acaso, estava a começar a exibição de um filme francês sobre duas lésbicas mães, ou seja, homoparentalidade (integrado no 8º Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa-programação mais abaixo). A sala estava cheia. A zona do café também. Para além de um, ou dois casalinhos heteros que por lá apareceram e que torcendo (discretamente) o nariz viraram costas e seguiram com as compras, as outras e os outros por lá continuaram, uns a tomar café, com o filme como pano de fundo, outros ( a maioria) a ver atentamente o filme.

Antes de também nós seguirmos com as inevitáveis tentações da Fnac, não pude deixar de, por breves instantes, me interrogar: e se Lisboa fosse Portugal? Ou melhor ainda, e se o Chiado fosse Portugal? E se nos separássemos do país preconceituoso, desinformado e atrasado que milita, infelizmente, na maior parte do resto do país?

O problema é que não há soluções fáceis para problemas dificeis.

O Fim da Gratuitidade do Serviço Nacional de Saúde

Mais uma participação numa reunião qualquer, mais um anúncio de uma medida a tomar pelo seu Governo. Santana Lopes não resiste a esta lógica. Só que esta última medida anunciada não é mais que o fim da gratuitidade do SNS, ainda que mascarada sob o princípio do utilizador-pagador, em que quem "pode mais", paga mais. Além de se tratar de uma dupla tributação óbvia, cada vez se percebe menos para onde vão os nossos crescentes impostos...trata-se de uma forma de financiar o SNS à custa das taxas moderadoras (pensadas com outros objectivos) e de uma forma de atrair para os sistemas privados de saúde um, cada vez maior, grupo de pessoas que vão ver menores diferenças de custo entre o SNS e a CUF, ou os Mello, ou outros.

Não podemos deixar de suspeitar que este fim mascarado da gratuitidade do SNS é também o prenúncio do fim do próprio SNS.


16 A 25 DE SETEMBRO 2004 PROGRAMAÇÃO

Cinema Quarteto
Rua Flores de Lima, 16, Lisboa (junto à Av. Estados Unidos da América)
Tel: 21-7971244

Cinemateca Portuguesa
Rua Barata Salgueiro, 39
1269-059 Lisboa
Tel: 21 359 62 00
Email: cinemateca@cinemateca.pt


FNAC Chiado
C. Chiado
Rua Nova do Almada, nº 110
Lojas 1.07, 2.02, 3.02, 4.07 3 5.13
1150-182 Lisboa
Tel.: 213221800
chiado@fnac.pt
www.fnac.pt


16 de Setembro, quinta-feira
Cinema Quarteto
Sala 1 - 22h00
BLIND SPOT de Stephan Woloszczuk (91’, EUA, 2002)
Sala 2 - 22h00
CON QUÉ LA LAVARÉ de María Trénor (11’, Espanha, 2003)
9 DEAD GAY GUYS de Lab Ky Mo (79’, Reino Unido, 2002)
Sala 3 - 22h00
PRIVATE DIARY de Pedro Usabiaga (56’, Espanha, Alemanha, 2003)
Sala 4 - 22h00
CHRISTOPHER & GORDY de Frank Mosvold e Tom Petter Hansen (5’, Noruega, 2004)
STEVEN’S SIN de Linda Tarryk (15’, EUA, 2003)
NICK NAME AND THE NORMALS de Howard Skora (75’, EUA, 2003)

17 de Setembro, sexta-feira
Cinema Quarteto
Sala 1 - 21h30
GIRLS WILL BE GIRLS de Richard Day (79’, EUA, 2003)
Sala 2 - 21h30
IL VENTO, DI SERA de Andrea Adriatico (92’, Itália, 2004)
Sala 3 - 19h00
RUE DES PETITS MARIES de Laurence Rebouillon (12’, França)
LE FRIGO DU MARI DE KATIA de Pierre- André Wéité (15’, França)
SUPER MAL de Michel Olivès (43’, França)
Sala 3 - 21h30
BEYOND VANILLA de Claes Lilja (92’, EUA, 2003)
Sala 4 - 19h00
“MIX BRASIL” (programa de curtas brasileiros)
Sala 4 - 21h30
CHRISTOPHER & GORDY de Frank Mosvold e Tom Petter Hansen (5’, Noruega, 2004)
STEVEN’S SIN de Linda Tarryk (15’, EUA, 2003)
NICK NAME AND THE NORMALS de Howard Skora (75’, EUA, 2003)


18 de Setembro, Sábado
Cinema Quarteto
Sala 1 - 21h30
BENZINA de Monica Stambrini (90’, Itália, 2001)
Sala 2 - 21h30
BLIND SPOT de Stephan Woloszczuk (91’, EUA, 2002)
Sala 3 - 17h00
“JUST MISS LEMON” (programa de curtas lésbicos)
Sala 3 - 19h00
“BLACK-EYED” (programa de curtas gays)
Sala 3 - 21h30
VÁMONOS de Paco Díaz Aguilar (11’, Espanha, 2002)
LA PEUR TUE L’AMOUR de Patrick Carpentier (75’, Bélgica, 2003)
Sala 4 - 17h00
CAUSE OF DEATH: HOMOPHOBIA de Ran Kotzer (51’, Israel, 2003)
Sala 4 - 19h00
APPLES & ORANGES de Lynne Fernie (17’, Canadá, 2003)
DANGEROUS LIVING de John Scagliotti (60’, EUA, 2003)
Sala 4 - 21h30
THE GENERAL de Sietske Tjallingii (3’, Holanda, 2004)
SENTENCIADOS SIN JUICIO de Eliseo Blay (50’, Espanha, 2003)
Sala 4 - 24h00
PETER TATCHELL: JUST WHO DOES HE THINK HE IS? de Max Barber (60’, Reino Unido, 2004)
Cinemateca Portuguesa
21h30
MIL NUBES DE PAZ CERCAN EL CIELO, AMOR, JAMÁS ACABARÁS DE SER AMOR de Julián Hernández (80’, México, 2003)


19 de Setembro, Domingo
Cinema Quarteto
Sala 1 - 21h30
THE NOMI SONG de Andrew Horn (98’, Alemanha, 2004)
Sala 2 - 21h30
BENZINA de Monica Stambrini (90’, Itália, 2001)
Sala 3 - 17h00
“BLACK-EYED” (programa de curtas gays)
Sala 3 - 19h00
“MY DARLING MAN” (programa de curtas gays)
Sala 3 - 21h30
“LIVE & LOVE” (programa de curtas lésbicos canadianos)
Sala 4 - 17h00
PETER TATCHELL: JUST WHO DOES HE THINK HE IS? de Max Barber (60’, Reino Unido, 2004)
Sala 4 - 19h00
KOMRADES de Steve Kokker (64’, Canadá, 2003)
Sala 4 - 21h30
“LOVE IS STRANGE” (programa de curtas gays)


20 de Setembro, segunda-feira
Cinema Quarteto
Sala 1 - 21h30
GOLDFISH MEMORY de Liz Gill (85’, Irlanda, 2003)
Sala 2 - 21h30
DON’T YOU WORRY, IT WILL PROBABLY PASS de Cecilia Neant-Falk (74’, Suécia, 2003)
Sala 3 - 19h00
“JUST MISS LEMON” (programa de curtas lésbicos)
Sala 3 - 21h30
“LOVE & LIVE” (programa de curtas gays canadianos)
Sala 4 - 19h00
DEREK JARMAN: LIFE AS ART de Andy Kimpton-Nye (57’, Reino Unido, 2004)
Sala 4 - 21h30
AUTOGRAFIA de Miguel Gonçalves Mendes (103’, Portugal, 2004)
Cinemateca Portuguesa
19h30
EL GAVILÁN DE LA SIERRA de Juan Antonio de la Riva (100’, México, 2002)


21 de Setembro, terça-feira
Cinema Quarteto
Sala 1 - 21h30
GOLDFISH MEMORY de Liz Gill (85’, Irlanda, 2003)
Sala 2 - 21h30
DON’T YOU WORRY, IT WILL PROBABLY PASS de Cecilia Neant-Falk (74’, Suécia, 2003)
Sala 3 - 19h00
“SUMMER CAMP” (programa lésbico)
Sala 3 - 21h30
GONE, BUT NOT FORGOTTEN de Michael Akers (94’, EUA, 2003)
Sala 4 - 19h00
EDUCAÇÃO E CIDADANIA 1- Programa de documentários portugueses
Sala 4 - 21h30
EDUCAÇÃO E CIDADANIA 2- Programa de documentários portugueses
Cinemateca Portuguesa
21h30
4 CURTAS MEXICANOS:
HASTA LOS HUESOS de René Castillo (11’, México, 2001)
UN BRINCO PA’ALLÁ de Dominique Jonard (20’, México, 2000)
EL OCTAVO DÍA de Juan José Medina e Rita Basalto (15’, México, 2000)
MALAPATA de Ulises Guzmán Reyes (15’, México, 2000)


22 de Setembro, quarta-feira
Cinema Quarteto
Sala 1 - 21h30
COLOURS de Carlos Dueñas e Biel (20’, Espanha, 2004)
GIORNI de Laura Muscardin (80’, Itália, 2001)
Sala 2 - 21h30
V.O. de Antonia San Juan (17’, Espanha)
PIEDRAS de Ramón Salazar (135’, Espanha, 2002)
Sala 3 - 19h00
GONE, BUT NOT FORGOTTEN de Michael Akers (94’, EUA, 2003)
Sala 3 - 21h30
LOS ÚLTIMOS ZAPATISTAS, HÉROES OLVIDADOS de Francesco Taboada Tabone (70’, México, 2003)
Sala 4 - 19h00
APPLES & ORANGES de Lynne Fernie (17’, Canadá, 2003)
DANGEROUS LIVING de John Scagliotti (60’, EUA, 2003)
Sala 4 - 21h30
THE POLITICS OF FUR de Laura Nix (76’, EUA, 2002)
Cinemateca Portuguesa
19h30
JUCHITÁN DE LAS LOCAS de Patrício Henríquez (65’, Canadá/México, 2002)



23 de Setembro, quinta-feira
Cinema Quarteto
Sala 1 - 21h30
THE EVENT de Thom Fitzgerald (112’, Canadá, 2003)
Sala 2 - 21h30
V.O. de Antonia San Juan (17’, Espanha)
PIEDRAS de Ramón Salazar (135’, Espanha, 2002)
Sala 3 - 19h00
THE GIFT de Louise Hogarth (67’, EUA, 2002)
Sala 3 - 21h30
OPEN SECRETS de José Torrealba (52’, Canadá, 2003)
Sala 4 - 19h00
STRAIGHT OUT - STORIES FROM ICELAND de Hrafnhildur Gunnarsdóttir (60’, Islândia, 2003)
Sala 4 - 21h30
“MIX BRASIL” (programa de curtas brasileiros)
Cinemateca Portuguesa
19h30
CUENTO DE HADAS PARA DORMIR COCODRILOS de Ignacio Ortíz (100’, México, 2002)


24 de Setembro, sexta-feira
Cinema Quarteto
Sala 1 - 21h30
CACHORRO de Miguel Albaladejo (99’, Espanha, 2004)
Sala 2 - 21h30
MADAME SATà de Karim Aïnouz (105’, Brasil, França, 2002)
Sala 3 - 19h00
STRAIGHT OUT - STORIES FROM ICELAND de Hrafnhildur Gunnarsdóttir (60’, Islândia, 2003)
Sala 3 - 21h30
DO I LOVE YOU? de Lisa Gornick (75’, Reino Unido, 2002)
Sala 3 - 24h00
SAUDADE de Jürgen Brüning (90’, Alemanha, 2003)
Sala 4 - 19h00
LOS ÚLTIMOS ZAPATISTAS, HÉROES OLVIDADOS de Francesco Taboada Tabone (70’, México, 2003)
Sala 4 - 21h30
“ALL OVER ME” (programa de curtas gays)


25 de Setembro, sábado
Cinema Quarteto
Sala 1 - 21h30
I’LL SEE YOU IN MY DREAMS de Miguel Angél Vivas (20’, Portugal, 2004)
Sala 2 - 21h30
MADAME SATà de Karim Aïnouz (105’, Brasil, França, 2002)
Sala 3 - 17h00
OPEN SECRETS de José Torrealba (52’, Canadá, 2003)
Sala 3 - 19h00
SAUDADE de Jürgen Brüning (90’, Alemanha, 2003)
Sala 3 - 21h30 / 24h00
THE RASPBERRY REICH de Bruce LaBruce (90’, Alemanha, 2003)
Sala 4 - 17h00
“ALL OVER ME” (programa de curtas gays)
Sala 4 - 19h00
TWISTED de Stewart Who? e Wayne G. (57’, Reino Unido, 2004)
Sala 4 - 21h30 / 24h00
EATING OUT de Q. Allan Brocka (90’, EUA, 2004)
Cinemateca Portuguesa
19h00
MIL NUBES DE PAZ CERCAN EL CIELO, AMOR, JAMÁS ACABARÁS DE SER AMOR de Julián Hernández (80’, México, 2003)








ASSOCIAÇÃO CULTURAL JANELA INDISCRETA
Beco dos Contrabandistas, 29 - 2ºDir.
1350-083 Lisboa, Portugal
Tel & Fax + 351 21 395 54 47
Email: lisboa.filmfest@netcabo.pt
janelindiscreta@netcabo.pt


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domingo, setembro 12, 2004

as mulheres nas ondas de Veneza

O filme Vera Drake ganhou o Leão de Ouro no festival de Veneza. O realizador espera que o trabalho que demorou dois anos a concretizar, sirva para relançar a discussão, quando estrear em Janeiro de 2005.
Chegará às nossas salas de cinema ou manter-se-á ao largo, fora das nossas águas territoriais?

sábado, setembro 11, 2004

Petrarca (trad Vasco Graça Moura)

Bendito o dia e o mês, o ano e a estação,
e o tempo e a hora e o ponto e o bel país,
e esse lugar, onde alcançar me fiz
por belos olhos pondo-me em prisão;
e bendita a primeira turvação
que por ligado a Amor tive infeliz,
e o arco e as setas que a pungir-me quis
e as chagas vindo ao fim ao coração.
Bendita tanta voz que em chamamento
do nome a minha dama eu espalhei,
e suspiros, desejos e lamento;
e benditos papéis em que ganhei
a fama que hoje tenho e o pensamento
que é tão bela que a mais nenhuma o dei.

sexta-feira, setembro 10, 2004

THEY ARE FAMILY...LA LA LA

This is the book the Bushes don't want you to read. This is The Family.

The book leads us through Prescott Bush's first entrée into government at the state level in 1950s' Connecticut, to George Herbert Walker Bush's long and winding road to the White House, to his son's quick sweep into the same office. Along the way, we see the complex relationships the Bushes have had with the giants of the century--Eisenhower, Nixon, Joseph McCarthy, Kissinger, Reagan, Clinton--as well as the often ruthless methods used to realize their goals.

Perhaps most impressive--and surprising--is the way the book delves behind the obsessively protected public image into the family's intimate private lives: the matriarchs, the mistresses, the marriages, the divorces, the jealousies, the hypocrisies, the golden children, and the black sheep.


Fiquei surpreendido esta semana com a polémica em torno do velório de Nunes de Almeida, o falecido Presidente do Tribunal Constitucional e homem de convicções "modernas". A polémica foi mais ou menos o seguinte, Nunes de Almeida era, simultaneamente, Maçon e Católico e, como tal, alegadamente queria um serviço religioso e um ritual maçónico. Nada a estranhar até aqui, afinal devemos respeitar as convicções de cada um nesta matéria. Agora, o que é realmente estranho é o facto da Maçonaria aceitar levar a cabo um ritual próprio de tributo a Nunes de Almeida num templo Católico. Estranho, porque estava convicto que os Pedreiros Livres de certa maneira foram dos primeiros combatentes das Instituições das Igrejas Cristãs, apontando as suas incongruências, condenando as uas constantes tentativas de determinar a vida do Estado, defendendo a laicidade do mesmo. Por isso, fiquei admirado que o Presidente do Grande Oriente Lusitano aceitasse o papel de ritualista na Basilica da Estrela, mas afinal vivemos tempos de inclusão...Já não fiquei nada admirado com a reacção do Padre da Estrela, que dizia que se soubesse do que se iria lá passar de antemão o não teria autorizado. A ele só dá vontade de dizer tem Padre que é cego! Posted by Hello

quinta-feira, setembro 09, 2004


visto no "Portas de Santana" http://portasdesantana.blogspot.com/ Posted by Hello

Saramago pede maior tolerância

Li no Público que o nosso Nobel Saramago pede tolerância para a peça O Evangelho segundo Jesus Cristo a estrear brevemente no São Luís e baseada numa obra sua. O Saramago pedir tolerância é a prova de que as pessoas podem (e devem) mudar e que, no caso dele, também podem perder a memória do que, em tempos, defenderam e fizeram. Que o Saramago tenha sido um dos principais responsáveis pela vaga de saneamentos e "Pravdização" do Diário de Notícias quando por lá passou e que tenha nessa altura mostrado pouca tolerância por outras opiniões e sensibilidades tem hoje pouca importância. Aquilo que é importante é dar as boas vindas a Saramago a este mundo que para ele é capaz de ser novo da tolerância. E, claro, tolerar a sua peça.

quarta-feira, setembro 08, 2004

CODE 46



How do you solve a crime when the last thing you want to know is the truth?
Parece que é a não perder. Esteve no festival global da praia de Veneza, uma espécie de contra festival. Não sei quando chegará a Portugal.


S.OS. MAYDAY!

A errática justiça nacional deu mais um tiro para o ar ao legitimar, em primeira instância, a decisão governamental de bloquear a entrada da chalupa Holandesa. A mim nem me surpreendeu o teor da decisão, nem o facto de ter sido uma mulher juíza a proferi-la. Afinal não está o nosso sistema judicial eivado de autores e autoras de pérolas como aquela da influência do bronzeado sobre os pedófilos, ou a da juíza que há uns tempos sentenciou que a mulher estava mesmo a pedi-las quando se comportou com pouca fidelidade. Também não me surpreendeu que tivesse sido uma juíza mulher a tomar esta decisão, a história está cravejada de exemplos semelhantes de pessoas capazes de atraiçoar os melhores interesses do seu género sem sequer piscarem um olho...

Esta decisão judicial parece ter insuflado mais ainda o peito do nosso patético Ministro do Mar, que do alto das suas corvetas mais parece uma versão de trazer por casa de um Neptuno velhinho, do género daqueles que se põem em cima do "psiché" para a dona de casa adorar. Mas não foi só o Ministro do Mar a insuflar, também uma dessas associações da chamada defesa da vida, com uns nomes inenarráveis, estilo Néné, ou Xaxão, já disseram que iam fazer uma queixa contra aquela Holandesa jeitosa que chamou a atenção para o facto de qualquer Portuguesa que o queira se poder dirigir a uma farmácia e comprar umas aspirinas que provocam o aborto.

No meio desta farsa interrogo-me para que serve a soberania nacional? Para o nosso governo barrar o caminho a uma chalupa qualquer? Ou para promover a língua nacional em Timor? Ou para celebrar concordatas com o Vaticano? Ou, ainda, para supostamente perseguir pedófilos?

Será que todas estas questões fazem parte da reserva daquilo que nos identifica? Penso que sim, quanto à língua. E isso não poderia ser delegado em nós por uma União Europeia que mandasse em nós, e em que nós também timidamente mandássemos?

Já pensaram só quantas batalhas não poderíamos poupar? A do aborto, ou a da não discriminação em função da orientação sexual, ou da qualificação dos portugueses. Todas as etapas que queimaríamos caso a União da Europa avançasse mais depressa e puséssemos estes crápulas, que agora mandam em nós, no desemprego!?! Posted by Hello

terça-feira, setembro 07, 2004

"O medo e a realpolitik", por Teresa de Sousa

Gosto de ler as crónicas da Teresa de Sousa, e a desta semana não é excepção. É nos momentos de desespero e de choque que se percebe quem é lúcido e permance capaz de análises racionais.

"Não há bom nem mau terrorismo, nem há justificação para ele em nenhuma circunstância. Mas não querer olhar as suas causas é condenarmo-nos a ficar à sua mercê. É preciso libertarmo-nos da retória de "guerra ao terror" de George W. Bush ou da fria realpolitik de Chirac. É preciso examinar tanto as causas como os efeitos do terror global. Perceber que isso não é desculpá-lo mas um passo fundamental para combatê-lo. O caminho errado é aceitar tudo em nome desse combate."

"O maior dos poetas menores"

Comemoraram-se, ontem, os cem anos do nascimento de Pedro Homem de Mello, de quem Eugénio de Andrade disse as palavras que constam do título deste post. Homem de Mello era um homem do seu tempo, com uma sexualidade fora do seu tempo e nada prisioneiro da sua origem social, ou da sua familia.

O que era extraordinário na obra de Homem de Mello, era que nela, ele se libertava das grilhetas da aristocracia e "falava do povo como nenhum outro poeta do século XX", como diz Manuel Alegre, que acrescenta, que não era o povo olhado de forma sobranceira, ou altiva, mas sim o "seu rebanho" o povo "real e concreto".

Extraordinária, ainda, a forma como cantava a sua homossexualidade, invulgar um aristocrata, em Portugal, não disfarçar a sua marginalidade. Se nem agora, quanto mais então?

Para a história e memória de todos ficará, não obstante, o poema "Povo que lavas no rio", mais tarde musicado por Oulman e cantado por Amália.

ESPALHAFATO IDEOLÓGICO AO LARGO DA FIGUEIRA DA FOZ

Não resisti a este texto brilhante d'O Jumento.

segunda-feira, setembro 06, 2004


ááJohannes Vermeer
1632-1675
La dentellière
Toile sur bois

Espantoso como Vermeer capta a luz nas uas telas e faz parecer com que as suas figuras estejam num eterno movimento.  Posted by Hello


ááEugène Delacroix
1798-1863
La Liberté guidant le peuple (28 juillet 1830)
1830
Quantos de nós não sentem face ao presente momento nacional e internacional a necessidade de ver a Liberdade guiando o Povo?
 Posted by Hello

domingo, setembro 05, 2004

Outros terrorismos

Numa altura em que só se fala de terrorismo deve ser recordado que não se trata de um fenómeno novo, antes a novidade do mesmo, é que chega a sitios onde antes não chegava, por vezes com uma força e violência que também não tinha.

Descobri na net algumas notas sobre Menachem Begin, líder político do Estado Israelita, primeiro ministro responsável pela decisão de instalar colonatos Judaicos para além das fronteiras internacionalmente recochecidas do Estado de Israel. Estas notas são interessantes, na medida em que revelam que Begin recorreu também ele a tácticas terroristas para levar a cabo os seus designios: a fundação do Estado de Israel. Esses ataques terroristas visavam, quer os interesses da administração Britânica, quer a população Palestiniana, que viu ameaçado o seu território pela pretensão Judaica ao mesmo.

Contacting the dormant Jewish underground, Irgun Zvai Leumi, Begin set about planning a Jewish uprising against the British authorities. This began in 1944, but increased in pace and scope immediately after World War II and continued until late 1947. Begin ordered many of the Irgun's operations, including the Akko prison breakout and the destruction of the central British administrative offices in the King David Hotel. Following the establishment of the State of Israel in 1948, Begin disbanded the Irgun.
Também descobri algumas notas sobre a Irgun, a organização que Begin veio a liderar e que para a maioria dos Israelitas, ainda hoje em dia, era uma organização de "freedom fighters":

Irgun (ארגון), shorthand for Irgun Tsvai-Leumi (ארגון צבאי לאומי, also spelled Irgun Zvai-Leumi), Hebrew for "Military-National Organization", was a Zionist
The Irgun was considered to be a terrorist
Terrorism is a tactic of violence that targets civilians, with the objective of forcing an enemy to favorable terms, by creating fear, demoralization, or political discord in the attacked population.
"Terrorism" is a pejorative characterisation of an enemy's attacks as conforming to an immoral philosophy of violence, in a manner outside of warfare, or prohibited in the laws of war, but many Israelis regarded its members as
freedom fighters Freedom fighter is a relativistic local term for those engaged in rebellion against an established government that is held to be oppressive and illegitimate. The terms "freedom" and "rebellion" are often controversial, as often both sides in armed conflict claim to represent the popular cause of "freedom." While outside (perhaps imperial) oppressors almost always claim to be "liberators," freedom fighters also often become oppressors in the eyes of civilians.
It branched off
Haganah The Haganah (Hebrew: "Defense") was a Zionist military organization in Palestine during the British mandate of Palestine from 1920 to 1948. The Haganah later became the Israel Defense Forces—Israel's army.
Irgun actions
1937 - A large number of attacks against Arabs, sometimes en masse, were carried out, especially under the command of Moshe Rosenberg and David Raziel . For example, 24 Arabs were killed and 39 injured by a marketplace bomb in Haifa and further casualties were caused by bombs in Jerusalem and Tel-Aviv.
1946 Irgun bombs King David Hotel On July 22, members of the Jewish underground military organization Irgun Tsvai-Leumi in the British Mandate of Palestine planted and exploded a bomb at the King David Hotel in Jerusalem. The hotel was the base for the British Secretariat, the military command and a branch of the Criminal Investigation Division (police). 91 people were killed, most of them civilians: 28 British, 41 Arab, 17 Jewish, and 5 other. Around 45 people were injured.
1946 - Irgun bombs British Embassy in Rome, Italy.
September 29, 1947 - Irgun bombs police station in Haifa, Palestine, killing four British and four Arab policemen, and two Arab civilians.
December 29, 1947 - Irgun throws grenades into cafe in Jerusalem, Palestine, killing 11 Arabs and 2 British policemen.
9 April, 1948 - The Irgun together with the Stern gang attacked the Palestinian village of Deir Yassin during the 1948 Arab-Israeli War, killing at least 107 civilians. See Deir Yassin massacre.
Talvez esta seja mais uma contribuição para o debate em torno do terrorismo e as respostas possíveis. Sendo que nesta questão me aproximo, cada vez mais, das opiniões expressas por Mário Soares nas suas últimas intervenções sobre o assunto.

O que vemos por cá...


A (pobrezinha) cobertura jornalistica da convenção republicana na nossa TV deixa de fora os múltiplos protestos que têm ocorrido dentro e fora de portas do Madison Square Garden. E têm sido muitos. De centenas de artistas, de activistas da luta contra a SIDA da velhinha organização ACT UP, de pais de soldados mortos no Iraque, a grupos de mulheres como a que se vê na foto, que depois de retirar o vestido, mostrava uma combinação onde se podia ler "Fire Bush - Women say bring the troops home now."

Vanity Fair

Os últimos números da Vanity Fair foram de uma qualidade inegável. Já há muito que deixei de comprar a Time, ou a Newsweek, por achar que a qualidade da informação que prestam não "presta". Passei, nestes últimos tempos, a ficar-me pelas capas daquelas internacionais publicações, e pela compra, isso sim, da Vanity Fair. Para além de uma qualidade gráfica excepcional, esta revista, desde que tem Graydon Carter como Editor, politizou-se de forma criativa, não virando as costas aos assunt0s, por muito pouco "patrióticos" que eles possam parecer.

A edição de Setembro tem, pelo menos dois artigos que vale a pena ler e guardar. Um, chamado "Of War and Presidents", por David Halberstam (o famoso reporter da Guerra do Vietnam), que começa assim: "Democrats who fought in Vietnam, such as John Kerry, find their records and allegiance questioned, while Republicans who ducked going (Dick Chneney's deferments, five; John Ashcroft' seven) pose as macho warriors. O resto do texto é igualmente genial...

O outro artigo, intitulado The Monarchy og George II, escrito por um historiador Britânico Niall Ferguson, começa desta forma: "As a young man he boozes, shirks responsabilities, and drives his father to despair. Ascending the throne, he is suddenly transformed, justifying an invasion with recondite claims, waging war with a tyrant's zeal, bankrupting his country. Henry V? Or George W. Bush? (...) the US President is like a medieval monarch in troubling ways, from his belief in divine guidance to the extent to which he is influenced by his courtiers."

Duas razões de sobra, pois, para se comprar a Vanity Fair.

sábado, setembro 04, 2004

Monumento à Liberdade de Expressão


“You are cordially invited to step up and speak up,” reads the plaque adorning Freedom of Expression National Monument, a public artwork by architect Laurie Hawkinson, performer John Malpede, and visual artist Erika Rothenberg, presented by Creative Time and Lower Manhattan Cultural Council. From August 17 through November 13, 2004, this enormous red megaphone will occupy Foley Square in Lower Manhattan. Nestled between the bustling federal, state, and city courthouses, Freedom will provide a platform for people to speak their minds during the upcoming election season.

Pode ser que apareça uma versão portuguesa deste monumento em S. Bento, um dia destes!

sexta-feira, setembro 03, 2004

Ainda sobre a crise dos reféns na Rússia

Será que estou sozinho no meu choque quanto à forma como as auroridades Russas lidaram com mais esta situação de crise provocada por rebeldes Tchechenos? Ainda não ouvi um único comentador, ou meio de comunicação criticar o custo humano desta intervenção feita pelos militares Russos. Alguém imaginaria alguma vez uma situação semelhante num outro país qualquer do mundo dito civilizado? Mais de 200 mortos, dos quais a maioria serão crianças...e tudo para enviar uma mensagem clara aos Tchechenos de que a sua luta será em vão e que os Russos não negoceiam, nem têm contemplações, nem mesmo quando estão as suas crianças em jogo.


Impossível ficar surpreendido com esta mudança de imagem do PPD/PSD. As 3 setas antigas, que simbolizavam os pilares fundamentais da Democracia: a Liberdade, a Igualdade e a Solidariedade, há muito tinham deixado de fazer sentido, face à praxis do partido. A actual imagem, acompanhada da construção ideológia que lhe subjaz, do género Um PPD no centro do País, que, por sua vez, está no centro do Mundo, ou a "Geração Portugal" bem ao género "Estado Novo requentado" está bem mais apropriada. Posted by Hello


Uma boa ilustração para o último livro de Alan de Botton "Status Anxiety" Posted by Hello

A propósito dos rebeldes Tchechenos, tirado do Causa Nossa

Duplicidade de critérios


Muitos comentadores duvidam da possibilidade de pôr termo ao terrorismo na Rússia sem uma solução política da questão da Tchechénia (no que aliás mostram uma inesperada sensatez), sem com isso estarem obviamente a coonestá-lo. Mas quando se trata do terrorismo palestiniano contra Israel, ou do terrorismo internacional da Al-Qaeda, os mesmos comentadores não revelam a mínima disponibilidade para considerar que, por mais inaceitável que aqueles sejam e por mais meios que se mobilizem contra eles, a sua erradicação passa também pela solução política da questão palestiniana e da questão do mundo árabe. Pelos vistos o terrorismo que vitima os outros é sempre menos condenável do que o que nos atinge a nós...

Welcome Aboard the Loooove Boooaaat

Numa pura manobra de spin, uma delegação de deputados do PPD e do PP (estes últimos tendo, obviamente, obtido uma qualquer dispensa eclesiástica) deslocou-se à Figueira da Foz para se encontrar com a tripulação do barco das Women on Waves. Tiveram sorte, não tiveram de fazer as mesmas figuras do Louçã e da Jamila, porque as Holandesas estavam todas a desenjoar em terra, deixando o barco lá longe.

De qualquer forma chapeau aos meninos e meninas queques assessores de imagem deste Governo que pensaram, ao pormenor, a ida desta delegação, chefiada pelo deputado Nuno Freitas (o qual soubemos entretanto irá ser o novo Presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência, susbsituindo o surpreendentemente discreto Negrão), talvez de forma a "credibilizá-lo". Ficámos, pois, a saber que para estas alminhas abortos, drogas, vicios está tudo no mesmo saco...

Antevemos já que da próxima vez que houver um qualquer desaguisado na pedreira dos Húngaros com cidadãos de origem Africana, ou que, em Fátima, for apanhado um qualquer cidadão em pleno acto sexual com outro cidadão do mesmo sexo, a maioria parlamentar lá despachará o Nuno Freitas, o bombeiro ao serviço das causas incómodas: drogas, abortos, pretos e paneleiros.


ou como o Bush virou as costas a... Posted by Hello


Falta apenas uma semana para o filme SEM ELA, da realizadora Anna da
Palma, chegar às salas nacionais. Com estreia marcada para o próximo dia 9
de Setembro, SEM ELA é a primeira obra da realizadora luso-francesa e tem
como pano de fundo a questão da emigração portuguesa para França. Uma
realidade profundamente conhecida da autora, ela própria uma "portuguesa de
França", como gosta de se auto-denominar.

Da realidade para a película. A emigração serve de pretexto para falar de
relações e rupturas, encontros e desencontros, amores e ódios dos
protagonistas divididos entre dois países, duas culturas, duas línguas.
Emigrantes de segunda geração são os jovens Jo (Aurélien Wiik) e Fanfan
(Bérenice Bejo), irmãos gémeos que vivem uma relação intensa e fusional.
Filhos de Diamantino (Vitor Norte) e Ofélia (Maria Emília Correia) são
espectadores das duas posturas características daqueles que emigram: o
desejo da reforma e regresso ao país natal - sonho do pai - e a integração
na sociedade francesa, mais cosmopolita - vivida pela mãe. Os jovens estão
mais interessados num sonho comum: a música. E aceitam como dado adquirido
ter França como morada e Portugal como destino de férias.

Mas esta pacata vida não está para durar. Tudo se altera quando Fanfan
(Bérenice Bejo) decide passar os meses das férias em Portugal, a trabalhar,
enquanto Jo (Aurélien Wiik) regressa a França com os pais. Esta separação
desencadeia um turbilhão de acontecimentos e sentimentos nos dois jovens
irmãos que entram noutra realidade. Um universo sem ela. E sem ele.
Conseguirão eles crescer um sem o outro? A não perder, nas salas a partir de
9 de Setembro.

Um filme escrito e realizado por Anna da Palma, com Aurélien Wiik, Bérenice Bejo, Vitor Norte, Maria Emília Correia, Jocelyn Quivrin, Hélèna Noguerra, Isabel de Castro.

Uma produção Filmes do Tejo co-produção RTP - Radiotelevisão Portuguesa, apoio financeiro do ICAM - Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia

Posted by Hello

Estará Jesus enterrado na India?

Jesus of the East
Although Jesus’s death on the cross, resurrection and ascension to Heaven are fundamental to the Christian faith, a number of stories persist that He travelled in the East and is buried there. Simon Price reviews the claims for the Saviour’s final resting place.


mais outra imagem... Posted by Hello


"on the way to photograph the unemployment line i came across an installation
the american friends service committee was setting up www.afsc.org/eyes

eyes wide open beyond fear towards hope, an exhibition on the human costs of
the iraq war

on the south side of union square, they were placing more than 900 combat
boots, one for each soldier killed to date in iraq, and more than a 1,000
civilian shoes to represent more than several thousand civilians killed in
the conflict.

the peace of a wednesday morning was broken only by the police helicopters
thundering constantly overhead".

enviado por um amigo, imagens e informações de mais outro potente protesto... Posted by Hello


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