sexta-feira, maio 30, 2008

E o Estado de Nova Iorque passa a reconhecer casamentos homossexuais celebrados noutros locais

Esta evolução é particularmente interessante para a Europa, onde a maioria dos Estados membros da UE já reconhece direitos "quase" iguais a casais do mesmo sexo, que aos seus colegas de géneros diferentes, ao colocar o dedo na ferida da liberdade de circulação.

Em Nova Iorque um casal lésbico casado no Canadá exigiu o reconhecimento desse mesmo vínculo jurídico para efeitos práticos. Quando é que um casal espanhol, ou holandês decidirá reclamar de outro estado europeu onde resida os mesmos direitos do estado donde são originários? Não constituirá uma denegação desses direitos uma forte barreira a uma das 4 liberdades (a da circulação de pessoas) sobre as quais toda a construção europeia assenta?

De Bag

Notícias frescas da Grécia: onde, numa pequena ilha, o Presidente de Câmara irá oficiar casamentos gays



The mayor of a tiny Aegean Sea island says he is willing to carry out the first civil wedding ceremony for a gay couple in Greece.

Tilos Island Mayor Tassos Alfieris says he would carry out the ceremony for two gay men who took the first official step toward marriage by posting a wedding notice in a Greek newspaper.…In March a lesbian organization discovered a loophole in a 26-year-old law that does not specify gender in civil wedding. The two men on Tilos would be the first pair to test it.

Original

É o minímo que se pode dizer sobre a medida avançada pela administração de uma das empresas responsáveis pelo porto de Lisboa e que propõe a suspensão dos trabalhos durante a transmissão dos jogos da selecção nacional no Euro. Quanto tempo correrá até que esta mesma simpática oferta seja exigida, entre outros, pelo pessoal dos hospitais, ou pelos pilotos, ou, mesmo, professores?

E, já agora, para quando um Governo com reais "bolas" para reformar a "corporação" da estiva?

De Bag

quinta-feira, maio 29, 2008

Desinteressado

O desinteresse com que tenho acompanhado a disputa pela liderança do PPD/PSD está ligado e é proporcional ao grau de probabilidade de qualquer um daqueles quatro maravilhosos seres humanos poder vir a ser Primeiro Ministro.

De Bag

quarta-feira, maio 28, 2008

Ler os Outros: The Impossible made possible

Para quem consiga arranjar ainda este número da inglesa Prospect recomenda-se a leitura do artigo acima indicado onde nos apresentam uma Tecnologia e uma Física que não conhecem barreiras (artigo incompleto no link do título)

De Bag 

nem tudo corre bem no reino da proibição...

Aliás, com frequência corre mal, mesmo muito mal...
Mas até pode ser divertido.

Cannabis blunder at Tokyo airport

The cannabis was hidden to test Narita airport's sniffer dogs
An unwitting passenger arriving at Japan's Narita airport has received 142g of cannabis after a customs test went awry, officials say.
A customs officer hid a package of the banned substance in a side pocket of a randomly chosen suitcase in order to test airport security.
Sniffer dogs failed to detect the cannabis and the officer could not remember which bag he had put it in.
Anyone finding the package has been asked to contact customs officials.
"This case was extremely regrettable. I would like to deeply apologise," said Narita International Airport's customs head Manpei Tanaka.
Strict laws
The customs officer conducted the test on a passenger's bag against regulations. Normally a training suitcase is used.
"I knew that using passengers' bags is prohibited, but I did it because I wanted to improve the sniffer dog's ability," the officer was quoted as saying.
"The dogs have always been able to find it before... I became overconfident that it would work," he said.
Japan has strict laws against drugs and possession of small amounts of cannabis can lead to a prison sentence.


Para lá

domingo, maio 25, 2008

Ler os Outros: 1940-1945 Années érotiques, Patrick Buisson

Cada vez são em menor número as "vacas sagradas" da História. Uma exposição e um livro derrubam o mito de que os Parisienses resistiram em massa à ocupação. Afinal parece que alguns se divertiram.

De Bag 

quinta-feira, maio 22, 2008

Da Tosca e do Activismo em Portugal

De cada vez que vou à Ópera ouço os suspiros pouco resignados de uma amiga que faz sempre o favor de os explicar como se o nunca tivesse feito. Ninguém devia ir à Ópera em Portugal. Depois do que este Governo fez a Pinamonti e do que a actual equipa gestora do São Carlos fez ao seu nosso Teatro Nacional a única forma de forçar o primeiro a emendar a mão em relação ao segundo é desistindo de aparecer. Tal como a grande maioria dos Portugueses, provido de uma anticiclónica disposição, renovei a minha assinatura e, por isso assisti à prestação de Elisabete Matos (possuída pelo crescentemente inquieto e inconformado espírito de Floria Tosca).

Soube me bem naquela noite, há uns dias atrás, não ser activista. 

De Bag

terça-feira, maio 20, 2008

com os meus botões...

Ontém, cheguei do Porto já passava das 8 da noite com fome e sem vontade de me atirar aos tachos.
Passei por uma lojinha que vende frango de churrasco e outras coisas semelhantes que está aberta ao domingo e que sabia que tinha mudado de mãos há algumas semanas.
Não hesitei e embora não seja fã destes repastos, decidi-me a resolver a coisa da forma mais fácil, comprar meio frango assado e um saco de batatas fritas Ti-Ti. São iguaizinhas às que se vendiam em pacotes mais pequeninos na praia nos anos 60.
Quando entrei nada tinha mudado na loja, mas o empregado ou dono, sim, era agora um homem dos seus 50 anos em vez da senhora que tinha vindo da Brandoa.
O senhor, fisicamente tão português, quanto os que frequentam a tasca duas portas acima, pareceu-me não perceber o que eu dizia e vice versa. Achei estranho, porque eu não estava assim tão cansada que não conseguisse prestar atenção ao meu interlocutor em coisas tão simples como pedir metade de um frango.
Mas, percebi que afinal o senhor não era português, quando me deu um papelinho escrito à mão e me disse em frases curtas que quando quisesse frango assado, bastava telefonar ao Yuri.
Curiosa como sou, e já que não estava mais ninguêm na loja, meti conversa e perguntei de onde é que o senhor era, de que país.
A resposta foi meio evasiva, Federação Russa.
Devo ter franzido o sobrolho, com ar de quem não estava satisfeita e seguiu-se o resto da informação, da Tchetchénia. Franzi ainda mais a testa, mas rápidamente emendei as rugas e sorri. Mas o homem tem um ar triste e depois de pegar no saco e pagar, voltei e costas e perguntei-me, sem sorrir, o que será que este homem sente aqui nesta terra, neste domingo cinzento, a vender frangos de churrasco. Como é que se chega a este canto, vindo da Tchetchénia? provavelmente, da mesma maneira que se chega da Brandoa.

Para lá

segunda-feira, maio 19, 2008

Ler os Outros: O Casamento entre Pessoas do mesmo sexo


Um dia depois do dia internacional de luta contra a homofobia o Miguel Vale de Almeida chama a atenção para o facto de que este livro com pareceres que serviram de base ao processo da Lena e da Teresa (de que há muito nada sabemos) já pode ser comprado nas livrarias. A maioria dos pareceres é acesível a leigos e constituem uma prova de que neste país nem todos os juristas são como os que fizeram o julgamento da Gisberta...
De Bag

sexta-feira, maio 16, 2008

"California here we go..."

Um Tribunal californiano acaba de declarar inconstitucional a proibição estatal (assinada pelo Governador "Terminator") de casamentos homossexuais. Parece que, pouco a pouco, esquivando-se da intervenção do governo federal e ao sabor das especificidades de cada Estado e Cidade a América faz o seu caminho nesta matéria.

Os Juizes da Califórnia pronunciaram-se desta forma no Acordão histórico (e naturalmente não desprovido de polémica):

“In contrast to earlier times, our state now recognizes that an individual’s capacity to establish a loving and long-term committed relationship with another person and responsibly to care for and raise children does not depend upon the individual’s sexual orientation, and, more generally, that an individual’s sexual orientation — like a person’s race or gender — does not constitute a legitimate basis upon which to deny or withhold legal rights.

We therefore conclude that in view of the substance and significance of the fundamental constitutional right to form a family relationship, the California Constitution properly must be interpreted to guarantee this basic civil right to all Californians, whether gay or heterosexual, and to same-sex couples as well as to opposite-sex couples.”

De Bag

Ler os outros: Quand notre monde est devenu chrétien, Paul Veyne

A propósito do anterior....

De Bag

Ler os outros: Julian, Gore Vidal

O Imperador Apóstata, ou de como somos o que somos.

De Bag

Um é melhor que nada (?)

A propósito do encomendado debate do PSD sobre os nomes dos e os direitos dos homossexuais portugueses e da forma como os candidatos responderam, em especial Pedro Passos Coelho, será caso para colocar duas questões: a primeira ao advogado das duas lésbicas nacionais que demandavam judicialmente o Estado de forma a poderem casar-se, para saber como vai o caso; a segunda, será de facto uma união civil (uma espécie de casamento que não ousa assumir o seu nome) melhor que nada?

De Bag 

quinta-feira, maio 15, 2008

o primeiro ministro fumou...

Pois então, o primeiro ministro fumou no avião fretado.
Eu não estava lá para ver e acredito que não tenho sido só ele.
Alguns escandalizaram-se e fizeram queixinhas. O prevaricador veio pedir desculpas e dizer que vai fazer um tratamento para deixar de fumar.
E a nós enchem-nos os telejornais com as pequeninas prevaricações do primeiro ministro. Deve ser para nos distrair dos grandes cozinhados que esta viajem à Venezuela prepara.
Por favor, tenham dó.
Eu fumo e sofro nas travessias de avião maiores que 3 horas, mas também sei que não havendo fumadores a bordo, há menos renovação do ar, com duas consequências, uma boa e uma má: gasta-se menos gasolina, mas por outro lado e uma vez que não há grande renovação do ar que respiramos, corremos mais riscos de nos infectar com um simples vírus que provoca uma banal constipação ou mesmo com uma micobactéria da família da tuberculose que até pode ser resistente ao tratamento, se houver um passageiro a bordo infectado.
Enfim... não se pode ter tudo.
E já agora, para algumas almas, talvez a solução seja um agente da ASAE, a bordo dos aviões do primeiro ministro. Mas não pode ser o presidente da dita entidade.

Para lá

terça-feira, maio 13, 2008

Fazer pela vidinha...

Todo o mundo se escandalizou com a forma como o BES se demarcou das declarações proferidas por um seu convidado no decurso de um seu evento. Não sei porquê. O BES estava só a fazer pela (sua) vidinha...

Se alguma coisa este episódio demonstrou é de que quem trata da comunicação lá em casa é um pouco amador. Não se pode ter o bolo e comê-lo. Não se pode ter o Geldof e amordaçá-lo...

De Bag

quarta-feira, maio 07, 2008

Ler os Outros:The Void, Frank Close


A História do "Nada".
De Bag

Um Novo Paradigma

Estarei eu sozinho na convicção de que ao Mundo faz falta um "Novo Paradigma"? Sabe-se como necessitamos sempre de paradigmas, o quanto os apreciamos. São facilitadores de raciocínios. Arrumadores de pessoas. Organizadores de partidos.

Durante os primeiros anos que se seguirão à queda do Muro de Berlim e à implosão dos Blocos, a inteligentsia (à Direita e à Esquerda) deu as boas vindas ao Novo Mundo. Um Mundo onde o capitalismo reinava, acompanhado da desregulação, da concorrência livre, da eliminação das barreiras ao comércio e dos nacionalismos e, simultaneamente, dos processos de integração económica. Parecia simples. Parecíamos testemunhar um processo imparável. Inexorável. a maioria das populações da maioria dos Estados aparentava contentamento, mesmo naqueles países em que a redistribuição desta "nova" riqueza era mais desigual. Afinal era cada vez mais facilitada a relação entre o consumidor e todo o tipo de serviços privados. Até mesmo os serviços públicos (os poucos que escaparam à voragem privatizadora) copiavam o modus operandi d0s privados. Desburocratizando. Criando institutos privados para administrar o que é público.

Um dos principais argumentos a garantir a "inexorabilidade" desta forma de capitalismo e o seu carácter invencível tinha que ver exactamente com a sua eficácia, com a sua competência. Quantos consumidores queriam ver a sua liberdade de contratar, comprar e, acima de tudo, escolher, coarctada por regulamentos e legislações? Poucos, muito poucos.


A actual crise financeira internacional (e nacional!) desmentiu a imagem de competência e eficácia do capitalismo liberal e pôs a nu as suas fragilidades e até mesmo as tibiezas do actual sistema. E se é certo que não há registo de sistema desprovido de tibiezas, não será menos certo que estará na hora de encontrar um novo paradigma. Um que obrigue a China a, pelo menos, abrandar o seu "dumping" social, ou que penalize (pelos erros e "tibiezas grosseiras") os grandes gestores, pelo menos, na mesma medida que os remunera (pelos bons resultados), ou, ainda, que premeie mais a responsabilidade ambiental e o respeito pelos Direitos Humanos, do que a capacidade de se esquivar a Quioto, ou os recursos naturais de que se dispõe.

A ver vamos...

De Bag

terça-feira, maio 06, 2008

Ler os outros: The Triumphant Juan Rana: A Gay Actor of the Spanish Golden Age


Estou ansiosamente à espera desta biografia....
De Bag

Da Homofobia II

Não tive acesso nem ao questionário do polémico estudo do ICS, nem à sua ficha técnica. Suspeito todavia que os resultados que o Público entendeu destacar não andarão muito longe da verdade. O Miguel mostra-se preocupado com a forma como os políticos, quer os conservadores, quer os "tímidos progressistas" e o elã, ou o seu contrário que este estudo pode constituir. Não sei se estou de acordo. Creio que em matéria de Direitos Fundamentais e Direitos Sociais os políticos e o Direito sempre avançaram mais do que aquilo que as consciências de cada tempo ditavam. De tal forma que alguns dos direitos conferidos há muitos, muitos anos ainda são olhados de soslaio por grandes percentagens da população nativa.

De Bag

domingo, maio 04, 2008

Da Homofobia

Ontem (Sábado) não se podia comprar jornais. As primeiras páginas do Público e Expresso traziam-nos muito más noticias de Portugal e do Mundo. O Expresso relatava-nos a espiral descontrolada dos preços da comida e de bens de primeira necessidade. O Público traçava-nos um retrato de um pais (o nosso) homofobo, quase "mouro" nessa homofobia.

Tantos anos passados do 25 de Abril, da mudança do Artigo 13º da Constituição da República Portuguesa, da fundação de incontáveis associações para a defesa dos direitos dos cidadãos "lgbts" estará porventura na hora de perguntar a quem pertence a culpa do povo embrutecido. Se aos incipientes movimentos da nossa incipiente sociedade civil. Se ao facto de se poder contar pelos dedos de uma só mão o número de escritores, políticos e outras figuras públicas que revelaram as suas orientações sexuais. Se à curiosa e triste realidade de certas palavras e instituições nunca atravessarem os lábios dos Presidentes da República (para quando uma audiência da ILGA em Belém????). Se, para os que sejam um pouco mais esotéricos, ao fado.

Mais um mau sinal para este pobre país. Umas semanas depois de um Senhor chamado Richard Florida (de quem já aqui se tinha falado há alguns anos) ter passado pela Gulbenkian a expor a sua tese sobre os três "ts" (look it up!).

De Bag


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