terça-feira, setembro 30, 2008

O António Costa tem de optar entre ter o bolo, ou comê-lo

Não pode à segunda, quarta e sexta dizer-nos que não responde por 20 anos de câmara e depois, à terça e quinta, contentar-se com a frouxa justificação de uma sua Vereadora sobre aquilo que aos olhos de todos se afigura como claro abuso de poder (to say the very least!).

Para a Vereadora Brito a sua nossa casa do Salitre era objecto de uma normal relação de arrendamento com actualizações de renda e tudo. Fiquei com algumas dúvidas. Por exemplo, onde é que a Vereadora viu a casa anunciada para a arrendar? Ou será que a Vereadora estava a passar na Rua do Salitre e reparou nos escritos nas janelas da sua nossa casa? Por último se em Novembro último pagava cerca d 140 Euros pela casa pode-me dar umas dicas de como conseguiu que o seu senhorio (nós) aceitou uma renda manifestamente inferior à de um T0 em Mem Martins? É que eu, já agora, também quero.

De Bag 

segunda-feira, setembro 29, 2008

"Taboo" Mbeki


Para lá

Ler os outros: Pedro Múrias, no Público sobre os Casamentos entre pessoas do mesmo sexo

Bem vistas as coisas, só há um argumento a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. O casamento é a oficialização voluntária de uma vida em comum. Se duas pessoas do mesmo sexo querem oficializar a sua comunhão de vida - comunhão de mesa, leito e habitação, como se diz - então devem casar. E negar-lho seria negar a cidadania, que passa pela oficialização do que cabe oficializar, ou seria negar que aquele projecto de comunhão de vida fosse um projecto de comunhão de vida…

De resto, os defensores do casamento entre pessoas do mesmo sexo só têm de preocupar-se em rebater os argumentos contrários. Em contrário, todavia, também só há um argumento. É o argumento de que as regras do casamento são regras centrais da vida social e de que há o “perigo” de que uma alteração como esta tenha “consequências imprevistas”. Tal “prudência conservadora” tem, contudo, o defeito de conduzir à completa inércia social, se levada a sério. Na verdade, é preciso puxar muito pela imaginação para encontrar algum possível efeito negativo da abertura do casamento aos homossexuais. Mas não deve faltar quem consiga, pois ainda há poucos dias se sugeria num jornal nacional - sem rir - que a facilitação do divórcio faria aumentar a criminalidade violenta…

Contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo não há, pois, argumentos. O que há é muita treta, para usar o termo que se elevou ao léxico da filosofia pela pena de Harry Frankfurt. Podemos ler a cada dia treta atrás de treta contra a igualdade no acesso ao casamento. A mais comum é a treta da poligamia. “Se as coisas são assim tão simples”, diz quem não simpatiza com homossexuais, “por que não hei-de eu poder casar com cinco pessoas?” Não há nada que responder a isto, que é desconversar. Todos conhecem bem ou deviam conhecer as razões contra a poligamia, que levaram países de maioria muçulmana como a Tunísia ou a Turquia a proibi-la e que não têm nada que ver com o casamento entre homossexuais. A intenção da treta não é discutir razões, é mudar de conversa, fazer ruído, a ver se a confusão nos deixa na mesma.

Outra treta popular contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo é a de que o casamento é anterior ao Estado” e, portanto, o Estado não poderia “alterar as suas regras”. Esta linda treta é polivalente: vale contra o casamento civil, para quem ainda estiver no séc. XIX, contra o divórcio, contra a despenalização da bigamia e contra todas as alterações importantes ao direito matrimonial. E é um tipo de treta bem conhecido: chama-se non sequitur. Ser o casamento anterior ou posterior ao Estado não tem nada que ver com a possibilidade ou não de alterarmos as suas regras. Além do non sequitur, esta treta é um jogo de palavras, uma logomaquia: na verdade, o que é anterior ao Estado é a vida em comum, o “casamento” num sentido bem diferente do que estamos a discutir. Ou o “casamento” no sentido de venda de mulheres férteis a futuros amos. Isso, sim, é anterior ao Estado. Pelo contrário, o casamento enquanto instituição decorrente de um acordo público de vida em comum feito por adultos livres perante um oficial, sem cuja presença não há casamento, é, no máximo, do séc. XVI, após o Concílio de Trento, e foi promovido pelos Estados modernos. O casamento que nos interessa, finalmente, é o casamento civil, que tem século e meio e é mesmo uma criação do Estado, de modo a ser acessível a todos independentemente de convicções religiosas.
Uma terceira treta difundida contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo é a treta peregrina de que os seus defensores visariam “atacar a família”. O alargamento do matrimónio seria apenas um pretexto numa malévola campanha “contra a família”. Isto é treta, evidentemente, porque nenhum sentido útil se consegue extrair de tal “tese”. Querer alargar o acesso ao casamento não é defender que as pessoas vivam sozinhas sem conhecer pais e filhos. Não é defender que pais, filhos e cônjuges deixem de ter direitos e obrigações uns para com os outros. Não é sequer defender que as famílias mais conservadoras e mais apostadas na sua distinção deixem de ser conservadoras e distintas. O casamento entre espanhóis do mesmo sexo não alterou o casamento dos reis de Espanha. A igualdade no casamento significa apenas que as famílias compostas por um casal homossexual têm de ter o mesmo reconhecimento oficial e a mesma dignidade de cidadania que as restantes. Isto não é atacar “a família”, é defender todas as famílias, mesmo aquelas que certa “tradição” sempre perseguiu». Jurista. Co-autor de Casamento entre Pessoas do Mesmo Sexo (Almedina, 2008)

domingo, setembro 28, 2008

Catarina Furtado, por favor, põe a cabeça a pensar

Que é para isso que ela serve, de certo que concordas.

Como é que é possível que no programa da RTP "A minha geração", neste momento actual (discussão do casamento homossexual), seja possível pôr um lindo jovem a cantar a Canção do Engate do Variações, com uma coreografia em que o dito dança com lindas jovens???
Por favor, amiga, basta só pensar um bocadinho, António Variações era homossexual.
Tenho pena que estas ditas figuras públicas façam tão tristes figuras.
Às vezes são estas pequenas coisas que têm o dom de me irritar solenemente.
É uma questão de respeito, tão simples quanto isso.
Irra, basta de tanta tacanhez!!!

Para lá

sexta-feira, setembro 26, 2008

Israel: 2 pesos, 2 medidas

Um dos mais influentes intelectuais Israelitas, por sinal feroz opositor à expansão do seu país para territórios ocupados após 1967, foi alvo de um atentado organizado por radicais israelitas que se opõem a qualquer acordo com palestinianos que passe pela cedência de um kilómetro quadrado de terra.

Fiquei aliviado por assistir à condenação unânime que tal ataque mereceu por parte do "establishement" de Israel. Ficarei atento agora à quantidade das casas de familiares destes terroristas que serão demolidas e, ainda, à quantidade de bombardeamentos indiscriminados nos colonatos mais radicais conotados com este movimento fundamentalista judaíco. Esta sería com certeza a melhor maneira que o Estado de Israel tem de assegurar o Mundo que, em matéria de terrorismo, não tem uma política de dois pesos e duas medidas.

De Bag

quinta-feira, setembro 25, 2008

Ler os outros: No regressado Renas um texto sobre o cenário que poderemos vir a enfrentar caso avance a ideia do referendo ao casório gay...

quarta-feira, setembro 24, 2008

Toca a (não) Referendar!

Ontem um dos Vice Presidentes do PSD, o Dr. Mota Pinto, sugeriu que, uma vez que não parece haver acordo em relação à legislação sobre o Casamento Homossexual, se pusesse a questão à população num referendo. O mesmo Senhor dizia não ter quaisquer dúvidas de que a inexistência do casamentos entre pessoas do mesmo sexo não era inconstitucional, embora não explicasse por que raio de razões chegava a tão brilhante premissa.

Eu sugeriria então que no mesmo referendo se perguntasse aos portugueses entre outras coisas o seguinte: se não querem a reintrodução da pena de morte, ou da prisão perpétua; se acham que as mulheres devem ter igualdade de direitos, tais como o de ganharem salários iguais; se os imigrantes devem ter acesso a habitação e a outros direitos sociais. E poderia sugerir muitos mais temas em que o legislador avançou mais (por vezes muito mais) que a opinião de rua e que o fez por se tratarem de questões de Direitos Humanos, que, como tal, não se referendam.

E, já agora, quem vota em calar este Senhor?

De Bag

terça-feira, setembro 23, 2008

Uma boa iniciativa: Clap! Clap! Clap!

segunda-feira, setembro 22, 2008

Jorge Palma desceu vários degraus...


na minha consideração.
Tem ar de poeta maldito e cantor de rua, mas gostamos disso.
Do que não gostamos é que se tenha vendido ao Milenium.
Ninguém se encosta a um Banco, amigo!
Para lá

Efemérides

Parece que depois de a 5 de Outubro comemorarmos a coragem que há quase um século alguns tiveram, a 10 de Outubro celebraremos o oposto. A 5 de Outubro de 1910 o país acordou com líderes audazes que nos deram a República. A 10 de Outubro o país irá acordar com um governo supostamente de esquerda que se prepara para, ao contrário de todos os seus congéneres e da maioria dos países com que partilhamos o espaço europeu para prolongar uma discriminação que vai contra os valores da nossa civilização e contra as disposições da nossa Constituição (ainda por cima disposições de Direitos, Liberdades e Garantias).

De Bag

Queer Lisboa 12 (Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa)



























Já decorre e pareceu-me que está a correr muito bem.

No papo já cantam uma light e divertida Chuecatown e o documentário da imagem de cima. De um lado a Liberdade, do outro a Religião.


De Bag  


Mudança na coluna da direita onde se dá as boas vindas (à blogosfera) a um liberal de esquerda: Rui Tavares

domingo, setembro 21, 2008

E não, nem é de consciência, nem de referendo. é de preconceito

a "xico espertice" nacional tem tentado agora "transvestir" a questão dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos homossexuais numa questão de consciência, quase como este tema fosse uma matéria de gosto. sabemos que o não é. sabemos que, tal como o racismo, ou o machismo, a homofobia é um preconceito, que como todos os preconceitos "legitima" a irracionalidade e reacções primárias em quem o sinta e professe. esperemos pois que algumas almas iluminadas consigam ver para além do preconceito. 

De Bag

Alegre e o grau de importância das coisas

Alegre insurgiu-se esta semana a propósito da "impertinência" da JS e de certas esquerdas em discutir e legislar sobre o casamento homossexual. Segundo o Manuel Alegre a matéria não é importante e prioritária. Importante mesmo foi a sua denúncia dos excessos da ASAE no que dizia respeito à confecção de produtos regionais, como enchidos e queijos. 

O ilustre deputado já não está tão sintonizado como, "alegradamente", esteve para questões de Direitos Humanos e já só vê à sua frente alheiras chouriços e queijos amanteigados. E não, não estou a falar "alegróricamente"...

De Bag

sexta-feira, setembro 12, 2008

as marcas...


Ao ver na TV as notícias sobre o regresso as aulas, deparei-me com uma criança de 7 anos que afirmava, de forma decidida, para a câmara e na presença dos pais, que ou levava o caderno da marca X ou nada !!
senhores, a tirania das marcas chega aos mais novos em força.
Para lá

sexta-feira, setembro 05, 2008

Quando se fala de droga...


aqui ou em qualquer outro lugar, raramente se toca nos desportistas.
Depois do espectáculo dos jogos olímpicos, qualquer um percebe que, mais longe, mais alto e mais forte, tem limites, a não ser com uma qualquer ajudinha.
Ganham medalhas que depois são retiradas. Estranha forma de funcionar, a meu ver.


Para lá

segunda-feira, setembro 01, 2008

para quem gosta de chocolate...



chocolate sem leite... numa loja simples, em Lisboa.

Para lá


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