o filho e o pai...
foram até Darfur
depois de Siriana e de good night and good luck, um documentário sobre o Sudão.
«Unless I write something, anything, good, indifferent or trashy, every day, I feel ill.» W. H. AUDEN & «Thanking the public, I must decline/ A peep through my window, if folk prefer/ But, please, you, no foot over threshold of mine» House, Robert Browning, 1874
foram até Darfur
Faz o que eu digo, não faças o que eu faço
Onde e quando é que será que Marcelo Rebelo de Sousa e João Espada aconselharão o Presidente da Républica? Em Belém? Ou, semanalmente na RTP1 e Expresso?
Em vez de ficar em Lisboa e assistir a um vazio discurso de um presidente que, ainda, anda perdido e estranhamente parecido com o pior de Sampaio e dos seus regulares e frequentes apelos a pactos e entendimentos, resolvi perder-me no silêncio e tranquilidade da Curia.
Ao alto, foto do Buvette, um dos poucos edifícios preservados que resta por lá na Curia, uma terra onde parece o tempo parou.
De Bag
da música
O Público faz hoje machete com uma falta a uma reunião municipal de Carrilho, a qual teria supostamente inviabilizado a entrada para os quadros da CML de cerca de 1600 funcionários que estão a recibos verdes. Já todos notámos que o Público está em decadência, que o seu Director está cada vez mais parecido com o ex-Director do Expresso Saraiva, mas o que até agora não tinhamos visto era o Público a empregar o mesmo tipo de sensacionalismo, ainda por cima errado, que outras menos interessantes publicações. É que, como o jornalista autor da referida peça deve saber, a entrada para o quadro da função pública, quer central, quer local, implica a abertura de concurso público, algo que, por sua vez, passa pelo governo central que tem de autorizar a abertura de concurso, o que não aconteceria necessariamente caso a moção apresentada na reunião camarária a que Carrilho faltou pela CDU tivesse sido aprovada.
...é a única forma como se pode classificar a forma como os deputados e os seus líderes se propõem a resolver o berbicacho provocado pela falta de deputados que tinham já assinado o livro de ponto: reduzir o número de plenários, ou fechar o Parlamento durante épocas festivas.
A SIC não pára de mostrar um vídeo amador em que se pode ver um Polícia a agredir um jovem que tinha estado entretido com amigos a vandalizar a propriedade pública. A cena passou-se no Porto, no centro da cidade. O insólito da cena, para mim, nem tem tanto a ver com o facto de um Polícia ter agredido (neste caso de forma ligeira) um jovem prevaricador, algo que suspeitamos, pelas notícias que vemos, ou lemos todos os dias, é um comportamento infelizmente comum de mais, mas sim com o facto de estarem presentes naquela "cena" cerca de quatro, ou cinco carros patrulhas, sem que houvesse por parte dos quatro prevaricadores qualquer resistência, ou tentativa de fuga.
Os baldes higiénicos mantêm-se em uso na maioria dos estabelecimentos prisionais. Em Abril de 2005 foram contabilizadas 1878 celas com aquele dispositivo de apoio às necessidade mais básicas. A erradicação está prevista apenas para finais de 2007 anunciou o Ministério da Justiça num glossário de A a Z, divulgado na segunda-feira.
Mas daqui, junto-me aos que, neste hora, por lá estiverem. Até lá.
É assim que fica a conversa sobre o Prace e o Simplex. Não gostei muito deles. Não me fizeram companhia nas férias. São muito orgulhosos e nada dizem. São como aqueles políticos que falam muito e nada dizem. Mas têm pose de Estado. Mesmo assim deixo-lhes um recado da Ciência da Administração: Estão arrumados se tudo o que dizem e fazem não for acompanhado por alguém que controle e diga aos portugueses, por exemplo, que das 333 medidas, 50 já estão implementadas e quais os efeitos positivos na nossa vida. É isso que nós queremos. Medição de impacto, está percebido. Doutra forma são da mais pura incompetência política e estão votadas ao esquecimento, gerador de um enorme despretígio para este governo. Quanto ao Prace, em Junho, estamos cá para ver. Só gostaria de saber para que modelo, pergunto, modelo de Estado caminhamos. Não dizem, e é necessário saber. É o Finlandês??? Não acredito que vão emagrecer a nossa administração para meia dúzia de funcionários públicos. Pois é assim que é o modelo Finlandês. O nosso é napoleonico, goste-se ou não. O nosso modelo é este. Qual o modelo meus senhores, não se percebe nada. E eu queria perceber. Eu até posso gostar do modelo nórdico, mas é impensável implementá-lo cá. Nem por pequeninos passos. É outro conceito politico, juridico, social, cultural. Era mudar as nossas cabeças e isso não acontece nem era bom que acontecesse. Sejamos mais cultos, mas com os nossos nomes originais, a nossa identidade, as nossas circunstâncias de vida e a modernidade que pretendemos. É essa, a modernidade que tem de ser mexida, com mais cultura administrativa, mais trabalho, mais motivação, mais formação ao longo da vida, séria, culta e com o exemplo, desculpem lá, dos nossos políticos e das suas escolhas. Tenho dito. Estou de zanga. Até lá.
Numa altura em que o público digere, com dificuldade, a ínformação divulgada de que uma qualquer comissão de "sábios" propõe que os políticos condenados por um ilícito criminal possam optar entre cumprir pena, ou perder a titularidade do cargo que ocupam (em vez de propor as duas de forma cumulativa), não faz nada bem mesmo ao prestígio da classe política a notícia citada pelo João de que ontem o Parlamento não pode funcionar por falta de quorum.
ou de como não se chamam os bois pelos nomes
Na próxima semana, a partir de dia 19, assinalam-se os quinhentos anos sobre o massacre de Judeus de Lisboa, o qual, tendo início na Igreja de São Domingos, ao Rossio, se estendeu, durante três dias e noites à Judiaria da capital, tendo morrido nesses dias cerca de quatro mil pessoas. Este episódio negro, pouco celebrado até porque contraria a versão suave do português suave, da nossa história exemplarmente descrito n'"O Último Cabalista de Lisboa" de Richard Zimmler, poderá ser recordado e as suas vítimas recordadas por quem, passando pelo Rossio no dia 19 de Abril acender uma vela.
Tenho lido e ouvido, com alguma incredulidade, comentadores e bloguistas sobre as eleições em Itália. Dizem que a "quase reeleição" de Berlusconi devia, à semelhança da reeleição de Bush, servir de lição para muita gente, jornalistas também, que pretendem decidir as eleições dos outros. Fazer este tipo de afirmações, por acaso sempre feitas em relação a certas figuras, quer da direita, quer da esquerda populistas, é fazer tabula rasa da história e é, especialmente, fazer tabula rasa da democracia.
Estranhei que o Presidente que foi eleito com base numa promessa de renovação da praxis da política entre nós, a qual subentendia que os seus actos e intervenções nunca seriam desprovidos de significado, ou consequência, tivesse escolhido para primeira aparição pública uma visita ao Hospital das criancinhas de D. Estefânia. Esta foi uma visita que, ao melhor estilo dos Peron, não serviu para nada. Nem dela resultou uma qualquer reforma na prestação de cuidados de saúde infantil, nem com ela se chamou a atenção para algo que pudesse estar mal e precisasse de ser corrigido.
Espero que as empresas que colocam brigadas de jovens no Rossio e na Rua Augusta a assediar transeuntes com supostas entrevistas com o objectivo de fazer vendas agressivas não levem a que as pessoas sintam necessária uma perigosa alteração legislativa que limite direitos, liberdades e garantias, à semelhança do que aconteceu em Londres com este protesto.
Já aqui a "Para Lá" tinha referido a letra homfóbica do último anúncio da GALP em suporte da selecção nacional de futebol. Tratou-se de algo só possível dado o amadorismo com que a maioria das grandes empresas nacionais ainda encaram a responsabilidade social.
Parece que afinal temos Presidente. Depois de ter aparecido para receber Juízes e outras venerandas figuras de Estado, foi agora a vez de dar posse aos seus Conselheiros de Estado. Continuamos à espera de tudo o resto que dê corpo e significado ao que disse em campanha, nomeadamente, numa altura em que o Procurador e PJ se encontraram novamente em maus lençois teria sido quiça interessante ter visto Cavaco demonstrar a sua que todos a sua indomável vontade e a sua não resignação.
Começo muito simples e com muita pressa. Mas não quero deixar de agradeçer as boas vindas. Até lá.
Dez anos sem"evolução positiva"
Este blog andava, há já algum tempo, manco. o efémero dade, que nos faz falta, mas que está neste momento quiça por melhores paragens vai ser substituído por uma dade. Por estas paragens a paridade faz-se ao contrário.
Na Papua Nova Guiné, 60% das camas hospitalares estão ocupadas com doentes com SIDA.
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