quarta-feira, setembro 30, 2009

conversa da mesa do lado, entre duas velhotas

A - ouviste ontém?
B - ele fala para os intelectuais, não percebemos nada
A- e as escutas?
B - se ele achava que a aparelhagem estava com problemas, porque é que só mandou arranjar ontém?

Para lá

guido westerwelle: a nova cara da política externa da alemanha e a do seu parceiro (à esquerda)

sobre o cavaco e a "espiolhagem" ler no jumento pior a emenda que o soneto

O Jumento

dan cavaco brown

em matéria de conspirações, espionagens e golpes baixos prefiro o "alto nível" do dan brown ao "altíssimo nível" de cavaco.

de bag 

segunda-feira, setembro 28, 2009

Bill Clinton explica porque mudou de ideias em relação aos "casamentos gays"

e se o país começar, em uníssono, a...

...perguntar a cavaco: e agora senhor presidente?

depois do país, lisboa

domingo, setembro 27, 2009

cavaco e as palavras

já sabíamos que cavaco não era muito bom com as palavras, só não tínhamos consciência do seu nível de "lata":

sexta-feira, setembro 25, 2009

"desperado"

nunca tinha visto numa quadratura do círculo um tão agressivo e desesperado pacheco pereira. agressivo com argumentos especulativos mirabolantes que a todos queria enfiar à força pela goela abaixo. desesperado porque, enquanto homem inteligente que é (a sua qualidade é exactamente a sua tragédia) sabe que a sua estratégia (que ele tornou na do psd) falhou.

aliás o seu desespero só é comparável ao de uma certa pessoa que em belém sentado preside a este país.

de bag

cavaco e manuela: os amigos são para as ocasiões

segundo esta notícia solta por belém um dia antes do período de reflexão lima manter-se-á ao serviço do pr. mais, a mesma garganta funda de belém afiança haver substância para as suspeições levantadas pelo presidente de nem todos nós.

cavaco tenta uma última e desesperada vez ajudar a amiga. pelos vistos já não se preocupa muito com a sua presidência a seguir às eleições, nem com a forma como o país olhará para ele: um presidente "enterrado" no jogo partidário, sem credibilidade e, pior, sem fé, pelos vistos, nas instituições que ele próprio representa e que deveríam, caso este caso tivesse pernas para andar, ter sido as primeiras organizações a ser contactadas para investigação e esclarecimentos.

de bag

quinta-feira, setembro 24, 2009

Ler os outros: incompreensível. deplorável. obsceno, por fernanda câncio, no jugular

josé manuel fernandes, na hora do desespero e despedida caem as últimas máscaras

José Manuel Fernandes partilhou o jantar-debate com Pacheco Pereira (cabeça-de-lista do PSD por Santarém), António Lobo Xavier, Vasco Cunha, (líder distrital do PSD) e ainda com Isaura Morais, candidata da coligação que confessou no final do jantar a surpresa pela presença na mesa principal do director do Público, que não fez qualquer intervenção, limitando-se a seguir a discussão.

Questionado pelos jornalistas, à saída do jantar, José Manuel Fernandes justificou a sua presença, que causou grande curiosidade nos participantes, com a vontade de "ver um bocado da campanha", destacando ainda o facto de Lobo Xavier ser vogal do conselho geral do Público e, tal como Pacheco Pereira, colunista do jornal.

quarta-feira, setembro 23, 2009

ainda do cavaco, lima & cia.

ora está: cavaco, lima e psd. não vale a pena a desesperada tentativa de pacheco pereira de insinuar que cavaco poderá ter alguma informação escondida a revelar no dia 28. é evidente para todos que cavaco não podia deixa de saber o que lima e alguns elementos do público andam a fazer desde há mais de um ano.

de bag

espero que isto não seja wishful thinking

"Será muitíssimo difícil a reeleição de Cavaco"

Morreu a Emilia do Sítio do Picapau Amarelo

era a única "brasileirice" permitida lá em casa, quando tinha 10, 11 anos...que recordações

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A não perder: In the Loop

Ver os outros: Queer Fest 13, Pedro Zamora



a primeira imagem é do pedro zamora, cuja vida serviu de inspiração a este filme. e, já agora, uma vida dedicada a coisas importantes.

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Ver os outros: Queer Lisboa fest 13

depois de um começo que teve tanto de glamouroso como de desapontamento com o filme inicial é preciso que se recorde que este festival continua a trazer muito e bom cinema para portugal. porque não, pois, um intervalo nas campanhas e uma visita ao s jorge em lisboa? já imagino o sócrates a meter a mão na perna da leite no escurinho do cinema....

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terça-feira, setembro 22, 2009

do riso das más moedas...

a esta hora quem deverá estar a rir-se com esta conspiração de belém é santana lopes, menezes e cia. afinal de contas parece que a boa moeda ainda não chegou ao psd...

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segunda-feira, setembro 21, 2009

os conselheiros de leite: e, já agora...

alguém me esclarece quanto à nacionalidade de um dos assessores de leite? será possível que a mesma pessoa que tanto se incomodou com manifestações de autarcas espanhóis, aceite os conselhos de um para a sua campanha?

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da não reeleição de cavaco

segundo as notícias a brincadeira das escutas correu mal a cavaco. pena é que seja o seu amigo lima a sofrer quase solitariamente as consequências do que parece ter sido paranóia de belém.

dias loureiro já foi. agora foi o lima. quem virá a seguir?

está na hora de começar-se a trabalhar para a não reeleição...

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Ler os outros: The Book of Lost books

sobre, entre outras coisas, os grandes azares de alguns grandes escritores....

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domingo, setembro 20, 2009

isto das escutas

cá para mim acaba como aquelas armas que certas pessoas diziam existir no iraque. ah, já me esquecia, parece que são inclusivamente as mesmas pessoas a defenderem as duas suposições...


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quarta-feira, setembro 16, 2009

os gatos

estarão as minhas afinidades electivas a influenciar-me, ou terá sido o programa de ontem dos gatos fedorentos mais simpático (isto é "amestrado") do que tinha sido o anterior episódio?

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terça-feira, setembro 15, 2009

pacheco, leite e a modernidade

já tardava, mas hoje o "amordaçado", essa personalidade da vida portuguesa, reconhecida vítima da asfixia democrática, que nunca desistiu de escaranfuchar no deserto da mesopotâmia pelas armas de destruição massiva do bush, pacheco pereira, veio dizer que:

"Ferreira Leite mostrou que é livre para defender os interesses nacionais".

porque se calhar os nossos melhores interesses são servidos por continuarmos a depender unicamente de ligações aéreas para a europa, para que pare mais facilmente, à fronteira a veleidade de qualquer modernidade.

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A Ler: Mad World, Paula Byrne

não devendo substituir a leitura e visionamento do reviver o passado em brideshead este livro revela o verdadeiro brideshead, ou seja, madresfield e alguns dos episódios que serviram de inspiração a waugh.

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quem disse que os banqueiros são...

..naturalmente taciturnos não estaria com certeza a pensar, nem em Ricardo Salgado, nem nos ex-administradores do BCP:

Ricardo Salgado acusa Pinhal de cinismo, cobardia e hipocrisia

as boas vindas ao da literatura

damos por aqui, na coluna ao lado, as boas vindas ao blog "da literatura". não precisamos, nem de concordar com tudo o que lá está escrito, só de gostar de quase tudo...

A ver: ETs e as Imigrações em "District 9"

ouvi falar deste curioso filme de ficção científica no insuspeito Spectator. aparentemente trata de uma forma interessante a questão das imigrações de gente sem terra e da reacção dos humanos a elas.

de bag

segunda-feira, setembro 14, 2009

A Verdade da Política de Manuela Ferreira Leite

sem comentários....

Mais uma biografia a não perder: Charles Dickens


a ler de seguida um excerto da crítica do economist desta semana:

rui tavares, eleito pelo be, mas, no essencial (e ainda bem) hoje no público próximo do ps:

Adiferença entre um debate e o governo é que no debate é preciso ganhar às expectativas.
No governo é preciso ganhar à realidade. A diferença entre uma coisa e outra é que, no primeiro
caso, basta ser menos mau do que esperavam de nós. No segundo caso, é preciso ser o melhor possível. (Na verdade, ninguém ganha
à realidade. Mas é preciso tentar
sempre.)

A realidade, para Portugal, não é favorável. Um país pequeno e periférico ou quase, com mais
tempo de autoritarismo do que de liberdade, mais tempo de ignorância
do que de conhecimento. Ganhar à realidade, no nosso caso, significa fazer das fraquezas forças; onde há pequenez criar cosmopolitismo, onde há prepotência exigir democracia, onde há desvantagens naturais inventar possibilidades alternativas. Ganhar à realidade significa, pelo menos, fazer por isso.

O problema do comentário político, tal como ele é feito em Portugal e noutros lados, é contribuir para esbater esta diferença. O comentário político trivial sobrevive à conta da
amálgama e no seu mundo só existe gestão de expectativas.

É neste mundo, por exemplo, que basta Manuela Ferreira Leite aparecer em estúdio para nunca
perder um debate. Manuela Ferreira Leite joga apenas contra si própria. Uma vez que Manuela Ferreira Leite é inábil com as palavras, justificam os comentadores, ela na verdade não perdeu nenhum debate. Até ganhou — em relaçãoàs expectativas. O que quer dizer que se calhar empatou. E, no caso dela, empatar já é ganhar! Mesmo perder por poucos já seria ganhar
por muitos. Eu vi dois debates de Ferreira Leite (com Louçã e com
Sócrates) e em nenhum dois ela se limitou a perder por poucos. Mas chegou ao fim; não saiu do estúdio a meio. Às vezes levou as frases até ao fim. Parabéns!

Mas a realidade não quer saber das expectativas. E ser inábil com as palavras, convenhamos, é um pouco mais do que um pormenor. Vejamo-lo com um caso prático do debate de ontem.

Ao ouvir Manuela Ferreira Leite repetir, por uma e outra vez, e sempre com irritação, que
“Portugal não é uma província de Espanha”, lembrei-me de algo que escreveu António José Saraiva — que provinciano não é aquele que habita na província, mas quem nutre um
complexo de inferioridade em relação às outras partes do mundo.

Manuela Ferreira Leite justificou a sua imprecação com referências ao alegado comportamento que teriam tido alguns autarcas da fronteira que a pressionavam por causa do TGV. O provincianismo de Ferreira Leite não necessita, pelo que se entende, de que Zapatero ou o rei falem contra Portugal; basta-lhe a suposta reclamação do alcaide de um daqueles lugares onde se compra caramelos.

O resultado foi, na imprensa espanhola, aparecerem títulos declarando aquilo que aos seus
leitores não passaria pela cabeça. No diário El Mundo: “Portugal no es una provincia de España — enfatizó Manuela Ferreira Leite, exaltada, en el debate.”

Sugeria eu no início que governar é tentar ganhar a uma realidade adversa. Se a nossa realidade
geográfica é o que é, semiperiférica e encostada a um vizinho cinco vezes maior, Manuela Ferreira Leite acabou de lhe dar uma ajudinha. De cada vez que ela supera as suas
expectativas, os comentadores dão-lhe palmadinhas no ombro — e as nossas possibilidades fecham-se um pouco.

domingo, setembro 13, 2009

da homofobia de leite e do iraque

resta-nos  consolo de que a homofobia de leite não assume a violência destes ataques a gays iraquianos....

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the one to watch: Muriel Spark



acaba de sair, com críticas interessantes:



muriel spark foi autora de, por exemplo: the prime of miss jean brodie, ou de finishing school....

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imperdível: o público de josé manuel fernandes, belém e as suas "escutas" e o provedor

O curso habitual da política nacional foi perturbado no transacto 18 de Agosto com a manchete do PÚBLICO: "Presidência suspeita estar a ser vigiada pelo Governo". A notícia, assinada por São José Almeida (S.J.A.), citava um membro não identificado da Casa Civil do Presidente da República [PR] para informar que "o clima psicológico que se vive no Palácio de Belém é de consternação [,] e a dúvida que se instalou foi a de saber se os serviços da Presidência da República [PR] estão sob escuta e se os assessores de Cavaco Silva [C.S.] estão a ser vigiados". Tudo isto para reagir a declarações de dirigentes socialistas criticando a participação de assessores presidenciais na elaboração do programa eleitoral do PSD (participação que, aliás, a fonte de Belém não desmentia).
No dia seguinte, em nova manchete, o PÚBLICO reincidia, alegando que "a origem das suspeitas [da PR] remonta a uma viagem [presidencial] à Madeira, há um ano e meio, na qual um adjunto [do primeiro-ministro - PM] teve comportamentos que levaram colaboradores de C.S. a apertar o circuito da informação para evitar fugas". Segundo a nova notícia, elaborada por S.J.A. e pelo editor Luciano Alvarez (L.A.), esse adjunto de José Sócrates, Rui Paulo Figueiredo (R.P.F.), teria sido incluído na comitiva presidencial "sem nenhuma explicação natural", e os autores descreviam o seu comportamento no arquipélago como o de um penetra que abusivamente "ter-se-á sentado, sem ser convidado, na mesa de outros membros da comitiva, violando as regras protocolares" e até "multiplicado os contactos e as trocas de informação com alguns jornalistas do continente que se deslocaram à Madeira". R.P.F. não foi ouvido para a redacção do texto: o PÚBLICO, dizia a notícia, tentara "sem êxito" contactá-lo de véspera na Presidência do Conselho de Ministros (PCM).
A segunda manchete motivou o envio ao provedor de uma reclamação de R.P.F. com os seguintes tópicos (recomenda-se a leitura da documentação integral do caso no blogue do provedor): "Foi com enorme surpresa e consternação que li esta 'notícia'. (...) Não só pelo seu conteúdo, que reputo de fantasioso e totalmente falso, mas também pelo facto de não ter sido citado o meu desmentido (...), em obediência às mais elementares regras deontológicas de audição e publicação do contraditório. De facto, em tempo, fui abordado pelo jornalista do PÚBLICO Tolentino de Nóbrega [T.N., correspondente no Funchal] sobre este tema (...). Tive oportunidade de negar completamente tudo aquilo com que fui confrontado. E de lhe referir que ele, como testemunha de toda a visita (...), poderia comprovar facilmente o que eu lhe estava a afirmar. Esclareci-o que estive oficialmente na visita e que o meu nome constava no livro oficial da visita elaborado pela PR. E que o motivo da minha presença justificava-se (...) pelo facto de, entre outras funções, acompanhar temas relacionados com as Regiões Autónomas. Aliás, já não era a primeira vez que, nesse âmbito, me deslocava à Região Autónoma da Madeira assessorando membros do Governo da República (...). Estive presente somente nos actos para os quais a minha presença estava prevista no referido programa. (...) Referi-lhe que, ao longo dos seis dias que durou a visita do PR (...), me desloquei nas viaturas que me foram indicadas, me sentei nas mesas que me foram destinadas e com as companhias, das mais diversificadas, que estavam previstas pela organização de cada evento. (...) Não perceb[o] a que se referem quando invocam contactos com jornalistas do Continente. Tive apenas conversas de circunstância com alguns, do Continente e da ilha, enquanto esperávamos que alguns eventos terminassem. Como aconteceu com o próprio T.N. (...). Fiquei igualmente estupefacto com a afirmação de 'que o PÚBLICO tentou, sem êxito, contacta[r-me] na PCM'. Não só porque não tenho indicação nenhuma dessa nova tentativa de contacto como pelo facto de ter sido ignorado o contacto efectuado por T.N. Já não falando no facto de o meu local de trabalho ser S. Bento e não a PCM."
Este caso não só se reveste de enormes implicações, por estar em causa a relação entre dois órgãos de soberania, como suscita diversas questões relacionadas com a prática jornalística, o que levou o provedor a aprofundar a sua investigação muito para lá da queixa do adjunto governamental, abrangendo todo o procedimento do PÚBLICO no processo.
O provedor pôde concluir que o contacto inicial de um membro da PR com o jornal para se queixar da "espionagem" de S. Bento sobre Belém, e até da possibilidade de escutas telefónicas, se deu há cerca de 17 meses, pouco após a visita de C.S. à Madeira. Mas ao longo deste quase ano e meio a mesma fonte não apresentou qualquer indício palpável da existência dessas escutas, pelo que a possibilidade de termos aqui um Watergate luso, como chegou a ser aventado entre as inúmeras reacções que a notícia desencadeou, é no mínimo um insulto a Bob Woodward e Carl Bernstein, os jornalistas que denunciaram o caso original.
Salvo melhor prova, tudo não passa de um indício, sim, mas de paranóia, oriunda do Palácio de Belém. Só que tal manifestação é em si já notícia, porque revela a intenção deliberada de alguém próximo do PR minar a relação institucional (ou a "cooperação estratégica") com o Governo.
O que dá toda a razão de ser à manchete inicial publicada pelo jornal. O provedor apenas estranhou a demora: se o elemento da Casa Civil falou ao PÚBLICO há quase ano e meio, porquê só agora, quando nada mais foi entretanto adiantado? Respondeu o director, José Manuel Fernandes: "Há ano e meio que o PÚBLICO, através de vários jornalistas e de contactos estabelecidos por mim próprio, procurava recolher elementos para sustentar as informações dispersas que chegavam ao jornal relativas à existência de uma tensão entre Belém e São Bento que tinha ultrapassado o patamar da divergência política normal para se situar no da desconfiança sobre os métodos seguidos pelo gabinete do PM. (...) Nunca estivemos em condições de o noticiar, pois consideramos que não devemos utilizar fontes anónimas quando os visados desmentem em on as informações e não possuímos provas materiais. (...) Na véspera da saída da primeira notícia, um membro da Casa Civil do PR confirmou formalmente ao PÚBLICO uma das várias informações de que há muito tínhamos conhecimento. (...) Como jornalistas a nossa opção só podia ser uma: no dia em que uma fonte autorizada da Casa Civil do PR assume que no Palácio de Belém se suspeita de que o Governo montou um sistema para vigiar os movimentos do Presidente, essa informação tem uma tal importância e gravidade que só podia ter o destaque que teve. Pessoalmente acompanhei este processo e, como o Livro de Estilo prevê, (...) inteirei-me da fiabilidade das fontes e dei luz verde à publicação da notícia."
Pelo que o provedor percebeu, só há uma fonte, que é sempre o mesmo colaborador presidencial que tomou a iniciativa de falar ao PÚBLICO em 2008, mas este milagre da multiplicação das fontes é uma velha pecha do jornalismo político português e não vale a pena perder agora mais tempo com ela. Vale sim a pena dizer que essa fonte falou não só das escutas como da história do adjunto de Sócrates na Madeira, na tentativa de corroborar a tal operação de espionagem.
Claro que uma acusação dessa natureza deveria ser comprovada, e foi o que acertadamente começou por fazer L.A., ao pedir na altura a T.N. que confirmasse in loco a atitude do abelhudo R.P.F. retratado pela fonte da Casa Civil. Interpelado pelo provedor, relatou T.N.: "No final de Abril de 2008, alguns dias após a visita do PR à Madeira (...) fui contactado pelo editor L.A. no sentido de apurar localmente dados para confirmar ou desmentir a suspeita de que o PR teria sido espiado pelo gabinete do PM. O suposto espião seria um adjunto do PM que na visita se teria introduzido indevidamente na comitiva, nomeadamente em actos e em almoços e jantares oficiais, em mesas de assessores de Belém, para as quais não estaria convidado. Após difíceis diligências (...), concluí que: os preparativos da visita, rodeada de exageradas medidas de segurança, foram controladíssimos pela Casa Civil da PR; (...) R.P.F. integrava a comitiva oficial do PR, constando o seu nome na lista de convidados para os diferentes actos oficiais e da comitiva restrita presente às audiências do PR com representantes das associações empresariais locais (...); R.P.F. integrava igualmente a lista de convidados para os almoços e jantares oficiais, distribuídos pelas mesas sob prévia indicação dos serviços da PR. (...) Destas minhas conclusões dei conhecimento a L.A., que, face aos dados apurados, deixou cair o assunto das suspeitas."
O contacto que T.N. teve com R.P.F. ocorreu um ano depois: "Dada a sua presença no Funchal quando da visita do PM à Madeira (15 de Maio de 2009), confrontei-o pessoalmente com a situação, na tentativa de validar ou não as informações anteriormente por mim colhidas. As respostas dadas nada acrescentaram ao que eu próprio apurara um ano antes, e de que dera conhecimento a L.A. no início de Maio de 2008. Desde então nunca mais abordámos este assunto nos contactos quase diários que mantemos."
Em conversa telefónica, T.N. adiantou ao provedor não ter comunicado à redacção o resultado do seu contacto com R.P.F. não só por reiterar as informações que já antes enviara mas também por pensar que, ao fim de 12 meses, o tema fora abandonado pelo PÚBLICO.
Solicitados pelo provedor a explicar por que razão os dados recolhidos há ano e meio por T.N., e que de algum modo contrariavam a versão do assessor de Belém, não entraram na notícia sobre o "espião" de S. Bento, nem J.M.F. nem L.A. responderam (S.J.A. disse que a parte sobre R.P.F. não foi da sua responsabilidade, mas sim de L.A.).
Como o leitor já terá intuído chegado a este ponto, estamos perante um caso que se reveste de grande complexidade e gravidade, pelo que ao provedor não é possível esgotar a sua análise numa única crónica. Voltaremos ao assunto no próximo domingo.

os media e a asfixiadora

alguém duvida muito como teriam sido hoje as capas dos jornais e os títulos dos noticiários caso uma pequena parte do que de grave leite disse tivesse sido proferido por sócrates?

eu não.

caso tivesse de facto sido sócrates a falar assim de espanha, ou da madeira, ou, caso tivesse sido ainda sócrates a ter feito tantas súbitas mudanças de posição em coisas tão fundamentais como entregas parciais de prestações sociais à gestão de privados, partilha dos cuidados de saúde públicos de baixo custo ao sistema privado alguém hesita, por um segundo só, de que hoje todos os destaques e nenhumas desculpas lhe seriam dedicados?

de bag

o internacionalismo e o europeísmo de leite: 'Portugal no es una provincia de España'

próximos passos para todo um programa de leite:
fecho de fronteiras
expulsão de qualquer espanhol residente em portugal que se arme em metediço
regresso ao escudo, não se pode partilhar moeda com espanha...
proibição da "iolah!"


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sábado, setembro 12, 2009

desculpas: better late, then never


depois dos negros e dos judeus, parece ter chegado finalmente o tempo das desculpas dadas a algumas personalidades que foram, na história, a face pública de um generalizado e persecutório estado de coisas que levava a maioria a nem sequer aparecer. esta semana foi assim com alan turing. matemático, visionário, pai da ideia e não só do computador moderno, autor da descodificação do código de comunicações nazis, perseguido, discriminado, suicidado.

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quinta-feira, setembro 10, 2009

O "Casamento Homossexual" na Irlanda

ora aí está um spot interessante, né?

as notícias de uns media asfixiados

reparei que os media asfixiados (claro está pelo ps, por quem haveria de ser???) não falaram, nem sobre o erro de leite que, no debate com jerónimo, confundiu irs, com irc (erro que vindo de uma economista supostamente de calibre é ainda mais grave) e também se recusaram a desenvolver uma afirmação feita ontem por louçã numa entrevista à sic notícias de que teria sido fernando lima o assessor de belém a lançar o caso das escutas. afinal de onde virá essa tal da asfixia?

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o esquecimento de esther mucznik

após as notícias que nos dão conta da intenção do governo israelita de bibi de continuar a construir colonatos em território palestino fiquei à espera que a sempre pronta pena de mucznik se pronunciasse sobre esta pouco simpática política mas nada feito.

a comentadora esther prefere pronunciar-se em relação ao médio oriente só quando algum dos países mulçumanos nos brinda com um dos seus pouco estimáveis anacronismos ou ataques terroristas, ou, ainda, quando acha que um estado ocidental é pouco compreensivo para com aquilo que ela gosta de chamar especificidades israelitas. assim nunca mais se vai lá cara esther, mas se calhar é isso mesmo que a senhora e tantos falcões israelitas querem...

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quarta-feira, setembro 09, 2009

Ler os outros: Twilight of the Polymath

a não perder aquele artigo, na revista intelligent life, sobre o desaparecimento dos know it all...

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segundo o beto jardim estamos todos....

....fodidos. e o senhor presidente da república? também o estará, ou tal prática afinal não incomodará um empedernido conservador?

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Uma Livraria Inglesa

a edição deste mês da monocle dedica algumas páginas a explicar como uma pequena rede de livrarias tem conseguido resistir ao ataque das borders e waterstones desta vida. políticas como vender bons livros ajudam. para quando uma boa livraria em lisboa que, nem nos assalte a conta bancária, nem "só" venda os livros pop à la fnac?

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«Fuck Them» Alberto João Jardim Aplica o Seu Inglês do Primeiro Ciclo

Fosse o beto Jardim um pouco mais novo, teria beneficiado do Inglês na primária e já saberia um pouco mais sobre o idioma de Shakespeare, ou de John Lennon do que umas míseras duas palavras...

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terça-feira, setembro 08, 2009

sócrates louçã: o 3º de 4

no 3º dos 4 debates que tencionava ver a noite sorriu. sócrates ganhou o debate como não o conseguiu fazer, pelo menos de forma tão clara, com portas. louçã esteve muito abaixo de anteriores prestações. terá sido má consciência? sentimento que portas não será tão capaz de experimentar... 

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a clareza de leite

prontos. lá ficámos a saber que leite quer no continente o que o seu psd fez na madeira.

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da verdade e de leite

das duas uma, ou ferreira leite tem vergonha do que deixou escrever no seu programa, ou já se esqueceu do que lá está. por isso faltou tanto à verdade no debate com louçã e teve o desplante de se dizer em sintonia com uma série de medidas e ideias do líder do bloco. para leite a verdade é múltipla e depende da hora do dia e das circunstâncias.
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ainda sobre o exit de moura guedes

não terá estado sócrates no seu melhor quando, em congressos e noutros locais, clamou contra o jn de sexta. mas, contrariamente a lopes e cia, nunca sócrates, pelo menos, assumidamente, exigiu contraditório no jn de 6ª.

claro que todas as palavras têm consequências e as palavras de um primeiro ministro terão ainda mais consequências. mas todos os pms do pós 25 de abril as proferiram com maior ou menor violência e subtileza. diria mesmo que as criticas dos políticos aos jornalistas de forma mais ou menos assumida têm feito parte do jogo. o que nunca fez parte do jogo foi a assunção explícita de agendas político-partidárias por parte de um apresentador de um noticiário televisivo.

de bag

sexta-feira, setembro 04, 2009

leite 25'

alegadamente merkel recebeu leite durante 25'. para além da pouco tempo dado recusou recolha de imagens. a única coisa a salvar leite foram umas fotos digitais que alguém terá tirado, se calhar, com um telemóvel. assim irá o prestígio (dentro da sua família política) da líder da oposição por terras alemãs... 

de bag

Ler os outros: Venice, jan Morris

esperando que esta leitura possa funcionar como um prelúdio para a experiência.

de bag

quinta-feira, setembro 03, 2009

Moura Guedes Exit

Aparentemente acabou o Jornal Nacional tal como era apresentado por Manuela Moura Guedes. Claro que a Senhora e seus amigos prepararam bem o caminho para quem quer que fosse a acabá-lo, ou a querer mudá-lo ficasse independentemente das circunstâncias com o epíteto de anti democrata. Resta, pois, saber quais foram essas mesmas circunstâncias e ajuizar se a administração foi condicionada (como a Senhora queria condicionar todas as semanas), ou não.

Não sou adepto daquele estilo, nem do chamado "infotainmemt" muito menos quando ele é tão tendencioso e sensacionalista. Nem na Fox, nem cá.

de bag

do debate: sócrates, portas

antes de mais, não vou assistir aos 10 debates. não porque lhes vou resistir, mas simplesmente porque nem todos me interessam.
o de ontem, não obstante não me interessar muito, vi.

e entre um primeiro ministro versão 2.0 e um portas que não escondia o prazer que lhe dava a discussão pela discussão e a secreção da sua demagogia não houve lugar a um claro vencedor. mas também creio que não era para isso que as coisas conduziam. lá chegaremos quando o debate for entre sócrates e louçã, ou entre o pm e leite.

de bag

terça-feira, setembro 01, 2009

ainda da colonização portuguesa: White African-American' Suing N.J. Med School for Discrimination

Paulo Serôdio, um Moçambicano branco, de origem Portuguesa, após se ter "auto-classificado" (manias americanas) como "Branco Afro-Americano" foi objecto de uma série de ameaças e discriminações na universidade de medicina onde é aluno em Nova Jersey. Vale a pena ler a notícia.

Terá sido mesmo a nossa colonização diferente???

de bag


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