Não me tem apetecido comentar nada.
Nem a forma como Pacheco Pereira nos tenta convencer de que o Iraque era um passo apropriado na Guerra contra o Terrorismo e, ao mesmo, tempo um passo adequado, quer à obtenção de fontes energéticas controláveis, quer à estabilização do Médio Oriente. Nem o Iraque, como um dos poucos Estados laicos da região, deveria alguma vez ter sido o alvo, nem o Médio Oriente é uma gigantesca caixa de Legos com que se possa facilmente brincar aos construtores. JPP só acerta quando aponta a gravidade da situação em que vivemos, gravidade muito agravada por algumas das opções que ele defendeu e defende de política internacional.
Nem o regresso do Circo Santana Lopes, que só serviu para alguns jornalistas, que se encontravam muito aborrecidos com a falta de assunto e de drama na política nacional, se atirarem ufanos ao esmiuçar da entrevista de Pedro. PSL tem um único ponto positivo a seu favor: a publicação de um Livro de Memória Política que, mesmo que não seja da sua autoria, é um saudável hábito que deveria ser mais seguido pelos nossos políticos, especialmente por aqueles que ocuparam cargos de responsabilidade (ainda que de forma irresponsável).
Nem muito menos a entrevista do Chefe de Estado. É que comentá-la implica ter de fazer um mea culpa. Porque achava que Cavaco, dado o seu perfil (ou falta dele), iria fazer um lugar diferente em Belém. Afinal não, Cavaco parece, em tudo o que isso tem de bom e de mau, um prolongamento do soporífero Sampaio que por lá esteve e de quem já recordamos pouco...
Afinal: "
All coulours will agree in the dark" (Francis Bacon)
Como é que posso ter alguma vontade de comentar?
De Bag