terça-feira, janeiro 31, 2006

"Nerd"

Hoje acordei "nerd". Caso tudo corra bem com a visita de Bill Gates poderemos todos acordar assim mais vezes no futuro, é que esse Senhor planeia uma série de investimentos que, ao contrário das Otas e auto-estradas, podem mesmo mudar algumas mentalidades.

De Bag

Presidênciais ainda

Muitos têm discutido o significado dos mais de um milhão de votos que Alegre recebeu. Acredito que nem o próprio estará seguro sobre o que fazer agora com os votos que conquistou. E se é certo que, de facto, existe mais vida para além dos partidos e que o regime não se esgota nos partidos, também não é menos certo que quem quer que acredite e propugne esta premissa aos quatro ventos deverá demonstrá-la fora de um partido, talvez mesmo "ganhando a vida" de forma independente.

De Bag

sexta-feira, janeiro 27, 2006

a resignação

Várias pessoas que tenho encontrado, têm soltado esta frase " então, lá teremos de aturar o cavaco por 10 anos!"
Dez anos? pergunto eu. E de todos recebo a mesma resposta. Claro, são os dois mandatos!
E olham-me como se eu fosse de marte.
Eu sei quanto dura um mandato do Presidente da República, mas não me resigno e acredito que vamos conseguir que ele apenas faça um.
Ainda me espanta esta resignação dos portugueses. Arre, porra que é demais!

resignação

Para lá

quarta-feira, janeiro 25, 2006


Parc du Palais Egmont

Atrás do Hotel Hilton, em Bruxelas, há um jardim. Localizado entre a parte alta e afluente da cidade e o bairro do Sablon, conhecido pelos seus antiquários e bons restaurantes, este jardim, que tem uma homenagem a Yourcenar (nascida à distância de alguns quarteirões) permite uma pausa entre dois planos da cidade e é o exemplo perfeito que ilustra tudo o que as cidades desenvolvidas gostavam de ser. Um espaço bem cuidado, com utilizadores de um tipo que não assustam ninguém e tranquilo.Esta zona de Bruxelas é das poucas na cidade moderna cuja toponímia nos faz recuar aos tempos de Guilherme de Oranje, de Carlos V e da Borgonha.

Mesmo ao lado subsiste o adulterado Palácio que servia o grande Egmont. Mais abaixo o "Petit Sablon", outro jardim murado, recorda estas figuras, que começaram por lutar pela separação Estado e Igreja e pela autodeterminação.Não me conseguindo sentar por causa do frio, tive de continuar a andar, tentando imaginar, sem sucesso, o Campo Santana em Lisboa, como um espaço tão acolhedor e bem cuidado, ou, então, o Jardim de São Pedro de Alcântara, ou, mesmo, o Parque Eduardo VII. O único espaço, em Portugal, que me pareceu de alguma forma comparável foi o Jardim do Palácio de Cristal no Porto.

De Bag

Em directo de fora do "Castelo"


Não sei se o que me fez pegar nesta biografia de Kafka foi a "natureza recessiva" de Bruxelas, ou se foi um desejo súbito de "metamorfose" face aos resultados eleitorais recentes. Sei que Nicholas Murray traça um retrato psicológico de Kafka consistente, aproveitando para introduzir uma série de citações de passagens da sua obra, especialmente do Diário, o que me faz querer voltar à sua leitura e companhia. Kafka sempre foi uma personagem atraente para mim por uma série de razões, que agora passo a conseguir compreender melhor.

De Bag

segunda-feira, janeiro 23, 2006

o 7º factor

Investigador britânico conclui que hoje é o dia mais deprimente do ano.
A Conjugação de seis factores faz com que 23 de Janeiro possa ser uma data muito má para muita gente. (...)
in Público de hoje

Por cá podemos ainda acrescentar o 7º factor - o resultado das eleições presidenciais...

Ainda no rescaldo...

...por agora emigro...pelo menos por uma semana...

De Bag

Os Balanços dos Outros

No rescaldo das eleições vale a pena, antes de fazer aqui o meu balanço, olhar para outros balanços, nomeadamente para o balanço feito por Miguel Vale de Almeida, ou pela Constança Cunha e Sá.

De Bag

terça-feira, janeiro 17, 2006

Truman Capote

Para quem, como eu, aguarda o lançamento entre nós do filme Capote, o artigo no último Sunday Times intitulado The Truman Show foi um bom preliminar. Segue-se um excerto abaixo:

"Quit?" he laughed. "Whatever for? Can't you see I'm another Devil's Island success story?" At Quo Vadis, Truman waved languidly at the bartender. They were used to him here. A waiter quickly brought him a double vodka on the rocks. He gulped it down. He would drink three more. The bar was dominated by an enormous painting. Truman considered it "the perfect metaphor for the life of an American writer". It depicted a mammoth fighting bull dying, a phallic spear staked in his bleeding side, as a triumphant Roman gladiator looks up at a bemused emperor.

De Bag

segunda-feira, janeiro 16, 2006


Uma outra forma de ver as presidenciais

PS - Desculpa lá "Para Lá" pela exclusão...

domingo, janeiro 15, 2006

Não perca a perca do NILO

O pesadelo de Darwin ou como se reunem as condições explosivas para um desastre. A saber - alteração ecológica, exploração de mão de obra, comércio de armas, pobreza, fome, VIH e SIDA, etc, etc.
Vale a pena cer este documentário em exibição no NIMAS.

sábado, janeiro 14, 2006

Ler os Outros: no Jumento uma boa pergunta "Qual deles é o verdadeiro Cavaco?"

Qual seria o Cavaco presidente se o candidato Cavaco Silva ganhasse as presidenciais? O Cavaco apoiado pela extrema-direita ou o Cavaco da Grândola Vila Morena, o Cavaco dos "arrependidos" do PCP ou o Cavaco dos Eanistas, o Cavaco do PSD ou o Cavaco Independente, o Cavaco que se calou na guerra do Iraque ou o Cavaco que escreveu um artigo que ninguém leu, o Cavaco que nos deu o modelo económico que temos ou o Cavaco que nos vai livrar dos males da economia, o Cavaco das obras públicas ou o Cavaco que duvida da OTA, o Cavaco que confundiu o Estado com o PSD ou o Cavaco que se manifesta contra os compadrios, o Cavaco que quer moralizar o Estado ou o Cavaco que é unha com carne com Dias Loureiro. Alguém sabe mesmo que é o Cavaco que está em campanha eleitoral ou aquele que nasceria no dia 22 se vencesse?

sexta-feira, janeiro 13, 2006


(tirado daqui)

Foi você que pediu este homem para o/a representar no mundo?

quinta-feira, janeiro 12, 2006

O Bicho Papão

Para quem tenha vontade de ter uma insónia, ou para quem tenha filhos com dificuldades a comer, em vez de chamar o Bicho Papão basta clicar aqui.

Os Enteados do Cavaquismo II

Ontem Cavaco optou , outra vez (recordam-se com certeza do Pulo do Lobo), por uma não reacção, como forma de reacção, às declarações de Santana Lopes. Ao fazê-lo, fez-nos lembrar ainda a famosa cena do "Bolo Rei", abrindo e fechando a boca em seco, qual peixe fora de água, mas isso foi o menos importante (imagens na SIC). Importante foi, tal como Cavaco percebeu, vêm aí tempos mais conturbados na sua família política, tempos em que se vai tornar a falar muito do Cavaquismo.

Quanto a Cavaco, a cobardia, mascarada por tiques de mau político segue em frente. E o pior é que parece, tal e qual uma má revista, ter público...

De Bag

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Ler os Outros: N'Os Tempos que Correm "Porquê Cavaco?"

...um post que poderia quase constituir um primeiro draft para um segundo livro ao género José Gil. Só faltará ao Miguel, se calhar, vontade de o escrever...

De Bag

Ler os outros: critérios jornalísticos vistos no Renas e Veados em "Vidrados no Cavaco"

"É um pormenor, mais um entre muitos, Cavaco visitou ontem a Marinha Grande e como qualquer político em campanha lá foi soprar um vidrinho a uma das poucas empresas que resistiu às políticas cavaquistas que levaram às múltiplas falências daquele concelho. Na RTP vimos o vidro soprado por Cavaco a partir-se logo a seguir por culpa do candidato. Na TVI e na SICK tudo pareceu correr bem, vimos soprar, mas não vimos quebrar. Só nos mostram intenções, nunca os seus efeitos. Mesmo assim Cavaco não arriscou passear na praça onde ocorreu uma das mais violentas cargas policiais sobre trabalhadores aquando do seu desgoverno. Nem os paços do concelho foram abrigo seguro aos desempregados que fugiam das bastonadas, lembram-se? Pois, a TV também não achou relevante recordar essas imagens."


Visto no Repórter Jumento

Os enteados do Cavaquismo

Uma das primeiras consequências do putativo regresso de Cavaco é o regresso, quiçá prematuro, de alguns dos enteados do Cavquismo. Digo enteados, porque os filhos esses nunca sairam de cena e, se por vezes, andam mais discretos é só por conveniência do "grande líder" (veja-se o caso de Dias Loureiro que aceitou esconder-se por baixo de uma pedra qualquer para não atrapalhar o "pai").

O primeiro e talvez mais interessante dos enteados do Cavaquismo é Santana Lopes que, de acordo com a sua entrevista de ontem à SIC, se prepara agora para reassumir o seu lugar no Parlamento. Ora, dado, por um lado, o facto que Marques Mendes não irá sobreviver muito tempo sob Cavaco e, por outro, que o Parlamento está recheado de Santanistas é uma questão de "quando" e não de "se" o regresso de Santana, um dos expoentes máximos do Cavaquismo.

De Bag

terça-feira, janeiro 10, 2006

As suas verdadeiras cores

Agora que com a ajuda do "famoso consenso nacional", cimentado pelo unanimismo dos media, Cavaco parece "rebolar" em direcção à vitória, o candidato suprapartidário, que como se recordam não queria os líderes dos partidos que o apoiam (CDS/PP e PPD/PSD) visíveis na sua campanha, mudou de ideias. Parece que Marques Mendes e Ribeiro e Castro afinal agora já servem os seus propósitos. Imagino como irá ser após 22 de Janeiro. Caso o candidato não vença à primeira volta, os dois líderes partidários, voltam à obscuridade em que tão bem têm vivido nos últimos meses. Se Cavaco passar à primeira, esses dois Senhores estão condenados a um papel de servos de Cavaco que os vai manter mansos com a promessa de poder-a-prazo...

De Bag

segunda-feira, janeiro 09, 2006

lisura, diz o Marcelo


Foto G. Diniz
Mais luz!
O Marcelo chamou-lhe lisura, ontém à noite, eu chamar-lhe-ia ética democrática, se os 5t candidatos previligeados tomassem a inicitaiva de debater com o 6 candidato excluído dos debates da pré-campanha.

Para lá

Falta a sensação da bolha a estalar nos dedos, mas é, ainda assim, divertido e relaxante, ou excitante em manic mode

domingo, janeiro 08, 2006

No Glória Fácil alguns portam-se como se estivessem na SIC

No Glória Fácil (Blog que aprecio por causa das mulheres que lá escrevem) João Pedro Henriques publica este Post com uma foto de Soares ao lado de Valentim Loureiro, com o título de "Depois desta nem pensar!". Fiquei a aguardar o instantâneo, acompanhado da troca de galhardetes verificada, do encontro Cavaco Jardim. Mas o autor, até agora, nada...

Estranhos critérios estes...


De Bag

Ler os Outros: No Jumento "GRANDE SACANA, ESTE PINTO BALSEMÃO..."

e, para além de ler, se faz favor actuar...

De Bag

sábado, janeiro 07, 2006

a parcialidade da SIC

Já muitos o disseram, entre eles alguns candidatos e como tal resolvi perguntar a quem decide dentro deste canal (será?) que noticias vão para o ar. Fico a aguardar a devida resposta. A ver vamos!

Editor do nacional
Gostaria de perguntar ao editor deste canal de televisão quantos candidatos às eleições para a presidência da república existem, pois segundo o vosso canal, parecem só existir 5. De acordo com os boletins de voto existem 6. Nesse sentido, agradecia que me esclarecessem a vossa posição.
Agradecendo a vossa atenção


Para lá

Da Boa e da Má Moeda

O candidato da "boa e da má moeda", o mesmo que postula tempos de rigor e exigência, de combate à corrupção e ao populismo, por valores mais altos, fez campanha na Madeira ao lado de Alberto João Jardim, o que o tinha apelidado de Senhor Silva há uns tempos atrás. Mais, o candidato suprapartidário lá aceitou humildemente o apoio da máquina partidária regional do PPD/PSD.

Será que o candidato se foi lembrando ao longo do seu encontro com Jardim da célebre teoria que utilizou como arma de arremesso contra Santana, pensando que estava no Funchal para expulsar Jardim? Não, ao que parece Cavaco afirma que sempre teve relações muito mais cordiais com o líder regional do que as pessoas julgam. Pois, não há nada como juntar-se a fome com a vontade de comer (sem esquecer as duas doses de falta de carácter)...


De Bag

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Da Clareza

Pena o pouco destque dado às declarações de João Salgueiro, da Associação Portuguesa de Bancos, que disse ontem, na SIC Notícias (a qual não inclui nada no seu site) que não percebe porque é que Cavaco, que afirma querer ajudar o país a sair da crise, não se candidatou a Primeiro Ministro, lugar muito mais adequado a qualquer acção salvífica que Belém.

De Bag

Da Reserva Mental

Tenho uma vaga ideia dos meus anos de Direito que uma das causas para a anulação de negócios jurídicos, vulgarmente designados como contractos, era a "reserva mental", ou seja quando A, ao contractar com B afirmava algo completamente diferente daquilo que iria fazer, ou querer.

Nestes dias não me ocorre figura jurídica que assente melhor ao candidato Cavaco, que apesar de ter oficialmente começado a falar continua a dizer pouco, especialmente quando as questões são controversas. Veja-se o caso da capa do último Expresso, em que o mesmo candidato é o único a evitar pronunciar-se em relação aos casamentos homossexuais. Toda a gente sabe que face ao perfil Católico dele a resposta mais sincera e honesta seria dizer que é contra, mas Cavaco nem isso consegue sussurrar.

Aqueles que respondem a esta critíca alegando que o candidato não quer perder nem um voto, esquecem que no passado este tipo de questões sempre surgiu. E que os candidatos, também à Presidência da Républica, nunca se furtaram a responder a elas. Basta recordar, também no Expresso, uma entrevista a Soares e Freitas em que a ambos era solicitada uma opinião sobre o assunto. Nem Freitas, do alto da sua pusilânidade, se recusou a dizer que não considerava a homossexualidade no mesmo plano que a heterossexualidade.

Hoje, no Público, reparamos que este medo de Cavaco de desagradar, que o leva a, por vezes, fazer declarações "falsas" se estende à PT. É o único candidato que não se pronuncia em relação à utilização da música do hino nacional por aquela empresa de telecomunicações.

E é também por este tipo de comportamento que transmite uma ideia de constante "contenção" do candidato (ele não diria melhor) que um número crescente de portugueses se interrogam sobre o que verdadeiramente Cavaco pensará sobre uma série de temas, uma vez que nas suas declarações aquilo que perpassa é a utilização intensiva da "reserva mental".

Resta saber se este comportamento não levará alguns dos seus eleitores a quererem, após as eleições e depois do verdadeiro Cavaco se revelar , anular os seus negócios com o candidato.

De Bag

Da Motivação

Sharon está, tudo indica, entre a vida e a morte, mais inclinado para a segunda, do que para a primeira. São muitos na blogosfera e fora dela que já vieram carpir a sua morte política equivalendo-a a um novo período de incerteza e retrocesso no processo político israelo-palestiniano. Alguns chegam mesmo a caracterizá-lo, fruto da sua última operação que culminou na retirada da faixa de Gaza, como um "Homem de Paz".

Ora, como demonstrou toda a sua vida, quer pelas suas omissões, quer pelas suas acções, Sharon não é um homem empenhado nem na Paz, nem em oferecer um Estado aos palestinianos. O que Sharon é e sempre foi é um homem prático. E enquanto homem prático Sharon percebeu que, nem a comunidade internacional toleraria uma nova expulsão massiva de palestinianos das suas terras, nem ele encontrou uma saída para a bomba demográfica palestiniana que colocaria, caso não houvesse disentanglement em maioria num Estado que se quer Judaíco.

Assim, só uma enorme dose de ingenuidade em relação ao velho bulldozer, algo que pouco demonstram em relação ao outro lado, é que o pode imginar a fazer na Cisjordânia o mesmo que em Gaza. Na melhor das hipóteses Sharon teria acabado por fixar as fronteiras nesse território de forma unilateral, sem devolver muito mais que 75% do total da Cisjordânia e sem lhe conferir nem contiguidade territorial, nem sequer um simulacro de autonomia, ou capacidade de autodeterminação. Para quem esta ideia não seja clara, basta que se lembrem dos bantustões na África do Sul.

A motivação de Sharon não foi, não é, ou não seria nunca, nem o respeito pelos mais elementares direitos humanos dos palestinianos, nem a criação de uma Palestina, mas antes o aumento, demográficamente sustentável, de Israel.

De Bag

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Ler os Outros: no Jumento, um texto de Vital Moreira "O Presidente-Treinador"

...sobre a forma como, caso Cavaco seja eleito, o Presidente passará, utilizando a metáfora futebolística, de árbitro a treinador...

De Bag

A "Originalidade" de Sampaio

O, ainda, Presidente Sampaio continua a brindar-nos, mesmo em fim de mandato, com as suas originalidades. Agora convocou o Ministro da Economia a Belém para conversar com ele sobre algo que, presume-se, não conseguiria, ou saberia conversar com o Primeiro-Ministro: o dossier EDP. Algo cheira muito mal aqui. E ñão tem só a ver com os negócios da energia em Portugal, mas com algumas atitudes e comportamentos de Belém em relação ao processo presidenciais e que começaram com a forma como as audiências de Soares e Cavaco foram geridas pela Casa Civil do Presidente e, torna-se a presumir, pelo próprio.

Não será afinal esta "originalidade" uma forma de tropelia contra o "pai"?

De Bag

Os apoios e apoiantes de Cavaco

Os portugueses, caso tivessem alguma memória, lembrar-se-íam que os mesmos que agora carregam Cavaco ao colo, coincidem, em larga medida, com os que carregaram Santana Lopes e Durão Barroso. Os seus graus de exigência continuam a deixar muito a desejar.

E se olharmos para o que se passa nos media o caso é, ainda mais, escandaloso. Senão vejamos o mesmo Senhor que, há um ano e meio, decidiu a deslocalização do Governo numa entrevista a Santana Lopes na residência oficial de Presidente da autarquia lisboeta, decide agora toda a cobertura jornalística da SIC sobre as campanhas de Cavaco e Soares.

Na primeira despontam sempre bandeiras nacionais, ao mesmo tempo que se ouve o discurso do "desenvolvimento" de Cavaco e do país. Vê-se a sua família, sem que se oiça qualquer crítica quanto à contradição do que o candidato afirmava e pratica. Não há quase qualquer discurso directo com os jornalistas, nem quando Cavaco profere afirmações espantosas como a de fazer depender a retoma da economia do país à sua eleição, e os próprios não consideram isso nunca anormal, tal como nunca criticam, nem os excessos da entourage do candidato, ou de alguns mais fervorosos e típicos apoiantes.

Na segunda sublinham-se os lapsos linguae, confrontam-se as aparentes contradições, vão-se buscar as declarações hostis de inimigos novos e velhos para apimentar as perguntas que se fazem, editorializa-se à exaustão e aponta-se, sempre que se pode, o rídiculo de alguns apoiantes e de situações de campanha, bem como a idade e os partidos apoiantes do candidato Soares.

De Bag

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Agora que o novo ano começa, logo após o velho ter acabado, lembro algumas das citações recolhidas de uma curiosa antologia “Keeping my Words: From Craddle to Grave”, recolhida por Magnus Magnussum:

“It is only rarely that one can see in a little boy the promise of a man, but one can almost always see in a little girl the threat of a woman”
Alexandre Dumas filho (1824-95)

“Children nowadays love luxury, have bad manners, contempt for authority, disrespect for elders”
Sócrates (469-399 AC)

“I expect you’ll be becoming a school master, sir. That’s what most of the gentlemen does, sir, that gets sent down for indecent behaviour”
Evelynn Waugh (1903-66) Decline and Fall

“Men who are unhappy, like men who sleep badly, are always proud of the fact”
Bertrand Russell (1872-1970) Conquest of Happiness

“Reading about sex in yesterday’s novels is like watching people smoke in old films”
Faye Weldon (1931), in Guardian 1 Dezembro 1989

“All the same, you know, parents – especially step parents – are sometimes a bit of a disappointment to their children. They don’t fulfil the promise of their early years.”
Anthony Powell (1905-2000), A Buyer’s Market

“My true friends have always given me that supreme proof of devotion, a spontaneous aversion for the man I loved.”
Colette (1873-1954) Break of Day

“It is in the thirties that we want friends. In the forties we know they won’t save us anymore than love did.”
F. Scott Fitzgerald (1896-1940) The Crack Up

“To my deafness I’m accustomed,
To my dentures, I’m resigned,
I can manage my bifocals,
But o, how I miss my mind”
Alec Douglas Home (1903-95)

“Growing old is like being increasingly penalised for a crime you haven’t committed”
Anthony Powell (1905-2000) Temporary Kings

“That was a good career move”
Gore Vidal (1925) sobre a morte de Truman Capote em 1984


De Bag


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