segunda-feira, julho 31, 2006

José Manuel Fernandes, Helena Matos, João Carlos Espada, Vasco Graça Moura, Pacheco Pereira, Zita Seabra, etc, etc, etc...

As mesmas certezas de que um lado nunca erra, a mesma fé de que mesmo quando as coisas não corram bem, que as razões prévias e os objectivos ulteriores tudo justificam transportam-me para um passado não muito longínquo de iguais certezas (e ilusões).

Também, até finais dos anos 80 do século passado, havia uns para quem um país e uma esfera de interesses e alianças nunca erravam, mesmo face a grosseiras violações de direitos humanos, provocações primárias e ameaças de obliteração da humanidade.

Hoje, alguns dos que peroram por aí, advogando ad nauseam todas as estratégias (se assim as pudermos chamar) do Senhor Bush & Cia, da conduta de Israel, ou da forma como que só com mais este "bombardeamento" se vai conseguir por em prática a teoria do dominó no Médio Oriente, são os mesmos que no passado defendiam quer a "necessidade" dos Senhores Pinochet, quer, ainda mais curiosamente, as virtudes do Bloco Soviético.

Comuns nas suas retóricas passadas e presentes a mesma forma de colectivismo e a mesma forma forma de desprezo pelos valores que dizem defender e querer representar.

De Bag

domingo, julho 30, 2006

Estranhos Silêncios

Estranho silêncio que se verifica nos "activistas" glbts e não só em relação à conduta do Ministério Público quanto ao homícidio de Gisberta. Seríam as suas (destes activistas) actuações diferentes caso os menores envolvidos não pertecessem a uma minoria étnica?

De Bag

Um "velhinho" Isherwood, ainda nas férias


"Now along come the liberals - inluding everyone in this room - and they say 'Minorities are just people, like us'. (...) Sure they're like us, but not exactly like us; that's the all too familiar state of liberal hysteria in which you begin to kid yourself you honestly cannot see any difference between a Negro and a Swede...

Now suppose that this minority does get persecuted, never mind why (...). But the worst of it is, we now run into another liberal heresy. Because the persecuting majority is vile, says the liberal, therefore the persecuted minority must be stainlessly pure. (...) Did all the Christian victims in the arena have to be saints?

A minority has its own kind of aggression. It absolutely dares the majority to attack it. It hates the majority - not without a cause, I grant you. It even hates the other minorities, because all minorities are in competition: each one proclaims that its sufferings are the worst and its wrongs the blackest. (...) Do you think it makes people nasty to be loved? you know it doesn't! Then why should it make them nice to be loathed?"

De Bag Posted by Picasa

Uma das grandes (melhores) descobertas das férias:


"I have never loved before without knowing I could somehow manage without it. Nobody can really hurt me except you now...I feel a great enthusiasm about the future and no modesty about telling you so."

De Bag
 Posted by Picasa

pero que los ai, los ai

sexta-feira, julho 28, 2006

Piscina III ou o jogo do empurra...

Boa tarde,
Lamentamos, mas não temos neste momento informação adional disponível.
Se pretender contactar directamente o Departamento de Desporto poderá utilizar os seguintes meios de contacto:
Telefone: 213 221 500 Fax: 213 462 428
E-mail: dmased.dd@cm-lisboa.pt
Com os melhores cumprimentos,

Maria de Jesus Viegas Rodrigues
Técnica Superior de Relações Públicas e Publicidade
Divisão de Informação e Atendimento
CML - Câmara Municipal de Lisboa


Para lá

quarta-feira, julho 26, 2006

PIscina II

A resposta elucidativa das relações públicas da CML


Boa tarde,

Na sequência do seu e-mail, contactámos o Departamento de Desporto que me informou que ainda não há uma data prevista para a abertura da Piscina Correia Teles.

Maria de Jesus Viegas Rodrigues
Técnica Superior de Relações Públicas e Publicida de Divisão de Informação e Atendimento CML - Câmara Municipal de Lisboa

Resolvi mandar segundo email, informando a senhora que isso já eu sabia, pois tinah obtido essa informação na Junta de freguesia, e como tal gostava de ser mais bem esclarecida sobre a data prevista da abertura da dita piscina.

Para lá

segunda-feira, julho 24, 2006

Mais uma do Rui Rio

http://www.juntosnorivoli.com/

para evitar que o Rivoli deixe de ser um teatro municipal

sábado, julho 22, 2006

A Vista daqui







Até já.

PS - Para outras ocasiões alguns comentários sobre a "isenção" de José Manuel Fernandes em relação a Israel, ou a "cultura" de Portas sobre a região, ou os, creio que foram, 80% de chumbos em provas de acesso à Universidade, ou o fantasma da retoma, ou, ainda, sobre o dia em que o Presidente me pareceu que foi "tirar" o passe para ir ao Algarve. Por agora continuo mergulhado mais uns dias, ora com a cabeça bem enterrada nos livros ora bem levantada para apreciar a paisagem de uma das minhas cidades portuguesas preferidas: Angra do Heroísmo.

De Bag

sexta-feira, julho 21, 2006

este ano não tenho férias...


À porta da minha casa existe uma piscina municipal novinha em folha...fechada há meses.
Hoje, através da junta de freguesia, fui informada que não abrirá tão cedo, porque a Cãmara Municipal de Lisboa não tem verbas para pagar aos funcionários! Tudo leva a crer que não abrirá este ano. Eu não devo ser caso único nas redondesas e confesso que este ano sabia-me mesmo muito bem, dar lá um salto de vez em quando!
Enviei email à CML pedindo informações, aguardo a devida resposta.
Para lá

segunda-feira, julho 17, 2006

Pet plants


Para quem não pode viver sem elas, existem agora as plantinhas de estimação...

Para lá

sexta-feira, julho 14, 2006

Paulinho e Gisberta

O Paulinho foi meu colega de turma na década de 80, no ciclo e no liceu de Portalegre. Tinha uma particularidade: era bastante ostensivo na exibição da sua homossexualidade, com trejeitos efeminados e cadernos da escola com fotografias dos Wham e iloveyous dedicados a George Michael. Durante os quatro anos em que estudámos juntos, não deve ter havido dia em que não tenha visto o Paulinho - o diminutivo já o diminuía - ser insultado, gozado, pontapeado, esbofeteado. Nas aulas de ginástica, ele aparecia sempre vestido de fato de treino e no final abalava para casa a pingar, porque não se atrevia a tomar banho no balneário juntamente com os outros rapazes. Nessa selva de dúvidas e hormonas que é a entrada na adolescência, o Paulinho não era uma pessoa. Era um paneleiro, uma bicha que existia para ser espancada. Identidade não tinha - o mundo brutal que o cercava reduzia tudo o que ele era a uma opção sexual.Tenho-me lembrado muito dele durante o julgamento de Gisberta, que está a decorrer no Porto. A expressão que servia de grito de guerra dos miúdos que, num momento de tédio, a espancaram até à morte - "vamos dar lenha ao Gi" - remete para a mesma recusa de humanidade, para a mesma incapacidade de assimilar a diferença. Dizer, como foi dito por uma "fonte judicial", que "são miúdos" e que aquilo foi apenas "uma brincadeira que correu mal" é um insulto e uma dupla mentira: nem as crianças são um albergue de inocência e puras intenções, nem os adultos têm o direito de virar a cara a tamanha barbaridade. Tudo neste caso está a ser demasiado consensual: o Ministério Público, a defesa, as crianças, alegremente misturados numa comovente concordância. Já em 1978, na Ópera do Malandro, Chico Buarque contava a história de Geni, "rainha das loucas e dos lazarentos": "Joga pedra na Geni/ Joga pedra na Geni/ Ela é feita para apanhar/ Ela é boa de cuspir/ Ela dá para qualquer um/ Maldita Geni." Geni, Paulinho, Gisberta, o mesmo fio une-os numa rede de pre- conceitos. Velha como o mundo e que ninguém parece ter forças para romper.
João Miguel Tavares in DN de hoje

assim, vale a pena ler o jornal
Para lá

Até breve



A minha vista já amanhã e o meu "poiso" depois de domingo, durante uns dias.

De Bag

quarta-feira, julho 12, 2006

Da Gratuitidade

Por estes dias que correm o Papa esteve na vizinha Espanha. Acompanhou uma conferência sobre familia, disse umas preces em memórias das vitimas de um acidente no metro de Valência e, depois, uma missa mesmo como costuma fazer sempre que visita um estado, com milhares de pessoas e ao ar livre. Esta visita foi aproveitada, como de costume, quer pelo Vaticano, quer pelos seus indefectíveis, neste caso espanhóis, para lançar mais uns dardos contra o caminho das coisas em Espanha e no mundo ocidental. Entre outras coisas a Igreja (& acólitos) atirou-se ao governo das Espanhas por ter facilitado o divórcio, atribuído reconhecimento igual civil aos casamentos homossexuais e, por último, pelo facto do seu chefe de governo não ter respondido à intimação de presença para a missa, para nenhuma missa, nem sequer para as preces, presume-se mais curtas, que o Papa proferiu à entrada de umas escadas para o Metro.

Também hoje leio que nessa região conturbada que é o Médio Oriente, em Jerusalém, cidade dividida e nunca partilhada, os líderes das três principais religiões aí presentes se uniram para tentar travar a "Parada Gay", estarão porventura com azar, uma vez que o Estado Israelita até tratará melhor os seus gays Judeus do que os seus habitantes mulçumanos.

Nestes tempos de gratuitidades frequentes (sexo na Televisão, violência nos jogos de crianças, amores intensos mas inconsequentes) não há nada melhor do que ver a Igreja, augusta e milenar instituição, juntar-se finalmente aos tempos, banalizando o seu discurso, tornando-o inconsequente. É que, tudo indica, que esta história a Igreja não vai conseguir parar. Pode atrasá-la, mas não vai conseguir pará-la.

De Bag

segunda-feira, julho 10, 2006

1ª marcha lgbt no Porto


Aconteceu no dia 8 de Julho e foi fundamental a sua realização, sobretudo tendo em conta os acontecimentos relacionados com o assassinato de Gisberta.
Estava um dia muito quente e nem as provocações de meia dúzia de senhores nos incomodaram.
À noite afesta animou.
Para lá

Ler os Outros (neste caso ver): N'O Arrastão: Quotidiano na Palestina

Um filme que, para alguns, evocará algumas "cenas" de filmes da XX Guerra, em Varsóvia e outras cidades, na altura pouco encantadoras da Europa Central. É que os cerca de 20% que restam da Palestina "original" sob mandato Britânico e que Israel ainda não ocupou, foram sendo transformados ao longo da segunda metade do Século XX em guetos. Como é que até aqui a história se pode repetir assim: os oprimidos passarem, com esta facilidade, a opressores?

De Bag

domingo, julho 09, 2006

Algumas Leituras de Verão (gosto de me organizar, antes de partir), infelizmente nem todos os livros que planeio levar estão na web







sexta-feira, julho 07, 2006

Teoria das (des)equivalências


Porque é que, quando há um ataque palestiniano com vítimas civis, referimo-nos a ele como ataque terrorista, e não fazemos o seguinte quando, ao invés, o ataque, com vítimas civis, parte de um dos melhores equipados e mais modernos exércitos mundiais, como é o israelita?

De bag

E se o túmulo de Afonso Henriques não revelar uma imagem a que estamos habituados?


Terá sido esse o receio que levou a Ministra da Cultura a parar a exumação dos restos mortais do Rei Fundador? Não aguentaria o país um Rei baixinho, morto novo, enfermo e sem uma perna partida?

De Bag

quinta-feira, julho 06, 2006

À tangente

O regresso de Santana Lopes ao Parlamento foi mesmo a tempo da entrada em férias do hemiciclo.

De Bag

E agora para a questão mais importante do Mundial:


Onde páram os pelos de Figo?!?!?

De Bag

quarta-feira, julho 05, 2006

Não me interessa o futebol!

Não tenho qualquer interesse por este jogo. Prefiro mil vezes, 5 contra 5, uma bola e dois cestos.
Toda esta euforia me irrita e quer queira quer não, acabo sempre por ter de ouvir e ver as mil e uma reportagens, artigos e entrevistas que preenchem horas e horas, páginas e páginas da mais diversa comunicação social.
Mas hoje, pela primeira vez, sentei-me a ver e a ouvir o programa, Panorama BBC - Corrupção na FIFA, sobre as múltiplas manobras e sobornos dos dirigentes desta organização, que passou antes das 20h, na SIC notícias. Com a qualidade da BBC, é claro.

Para lá

Os Novos Deuses do Olimpo (onde será o Parthenon, para melhor assistir às suas "brincadeiras"?)

Da "Cidade e o Pilar" ao "Inventing a Nation," passando pelo "Sexually Speaking"

Aquilo que o João aqui se esquece de referir (tão entretido parece estar no seu habitual hobby de atirar-se a todas as manifestações "glbts" -Arraiais, Prides e Festivais) é que caso leia com atenção o Sexually Speaking de Vidal, chegará à conclusão que o velho leão americano era muito mais "moderno" na sua juventude, nos anos 60 e 70, pela forma como demolia as Marys Whitehouses americanas, ou publicava "A Cidade e o Pilar", do que na velhice, em que se limita, como a Susan Sontag, ou Michael Moore, a deitar abaixo, por vezes em exercícios masturbatórios e pretensiosos, pouco inovadores, uma América acossada.

De Bag

Ainda sobre o valor de uma vida para o MP do Porto:

Não perder hoje, no Público, um artigo de opinião de Ana Cristina Pereira "Um Valente Espanto", na página 30, infelizmente sem link para não assinantes.

Há cinco dias que o meu cérebro anda às voltas. Como pode o Ministério Público (MP) sustentar que os menores atiraram Gisberta para um poço de 15 metros de profundidade sem a matar? E como é que isto se conjuga com o crime de ocultação de cadáver?

As agressões ter-se-ão arrastado ao longo de dois dias - dois dias. Os menores tê-la-ão espancado, tê-la-ão sujeitado a sevícias sexuais, tê-la-ão queimado com pontas de cigarro. Tudo por "brincadeira", por "divertimento". Imagino o quanto Gisberta se terá divertido...Os rapazes terão ateado uma fogueira para se desenvencilharem do corpo e só terão recuado por temerem a denúncia feita pelo fumo e pelo cheiro. Não a mataram, não senhor. Ter-se-ão "limitado" a atirar a agonizante Gisberta ao poço, apesar da sua súplica.

É convicção do MP que quem matou Gisberta foi a água. Os rapazes "apenas" admitiram a hipótese de ela vir a morrer e se conformaram. Não compreendo, não consigo compreender. Se eu espetar uma faca no coração de um transeunte e ele morrer, não fui eu que o matei, foi a faca? E se lhe der um tiro na cabeça? Foi a pistola?Disparate meu que não sou jurista. A opção pelo homicídio tentado ao invés do consumado é elementar! Gisberta seria uma espécie de MacGyver (herói de televisão da década de 80 que resolvia o mais bicudo dos problemas com um simples fio de cabelo). Qual doença, quais ferimentos, qual quê? Gisberta tinha força e artimanha para sair do poço. Quem, no lugar dela, não teria? Não escalou mais de 15 metros e caminhou até uma cabina para chamar uma ambulância porque não quis...Quem me dera ser jurista, quem me dera. É que gostaria ainda de perceber outro aspecto que muito me tem intrigado. Como é que se pode, ao atirar uma pessoa viva para um poço, não querer provocar uma morte e ao mesmo tempo desejar ocultar um cadáver? Há cadáveres vivos?Não compreendo, não compreendo. Cristina, a primeira jovem a desaparecer em Santa Comba Dão, também morreu por afogamento depois de, alegadamente, o cabo reformado a ter tentado estrangular e a ter atirado à água. Porque terá, afinal, o antigo militar sido indiciado pelo crime de homicídio qualificado e não pelo de homicídio tentado, como os 13 rapazes? Será que Cristina era menos dotada do que Gisberta? Ou será que Gisberta - por ser imigrante, sem-abrigo, transexual, prostituta, seropositiva e tuberculosa - era menos pessoa do que Cristina?

Senhor procurador, se um dia (o diabo seja cego, surdo e mudo) um bando de rapazes me apanhar numa esquina, me levar para um prédio devoluto, me espancar, violar e atirar a um poço de mais de 15 metros de profundidade, não pense que sou o MacGyver. Eu nem sequer sei nadar...Peça medidas tutelares exemplares para os meus carrascos, senhor procurador! Uma morte é uma morte. E há menores em regime fechado por tráfico de droga. Traficar droga será mais grave do que espancar, violar e atirar a um poço alguém que pede auxílio?

De Bag


Antes de ontem foi noite de Nariz no São Carlos. Uma ópera que chega directa da velha URSS e nos fala das dificuldades, por lá então, de se ser diferente. Algo que nós, por cá e agora, continuamos a sentir.

De Bag

Males que poderão vir por bem

Da mesma forma que considerei "clarificadora" a eleição de Ratzinger, acredito que a condenação de três mulheres em Aveiro pelo "crime" de aborto pode ser a alavanca que faltava para que a lei seja fnalmente alterada. É que o argumento de que a lei existe, mas não é aplicada cai por terra. A lei existe, é aplicada, mas só as mulheres com maiores dificuldades económicas é que são condenadas.

de Bag

terça-feira, julho 04, 2006

Do Valor de uma Vida

Se em Portugal, segundo o Ministério Público, uma vida não parece valer mais do que 15 meses de internamento, outros locais há no mundo, alegadamente civilizado, em que o valor de uma vida parece variar enormemente em função do credo da mesma. Se for mulçumana, ou mesmo palestiniana, o valor de uma vida perdida para Israel não é suficiente, mesmo quando houve negligência grosseira por parte das suas "forças de segurança" para sequer haver um reconhecimento de culpa, se, por outro lado, a vitima professar a Fé Judaíca, o seu valor justifica que se mantenham reféns centenas de milhares de pessoas, que se lhes sejam cortados os fornecimentos de energia e água, que lhes seja vedado o acesso às familias, ou aos seus sustentos, que às grávidas não seja permitido o acesso a uma maternidade e que, de caminho, mais uns hectares de terras lhes sejam confiscados.

Até onde irá o nosso complexo de culpa face ao sofrimento milenar dos Judeus garantir a impunidade de Israel e cegar-nos face aos seus abusos?

De Bag




Ainda do Porto chegou-nos uma outra espantosa notícia, a de que a autarquia tripeira nun acesso resolveu cortar a colecta a quem a critique. Talvez com atenção a um dos "dizeres" do grande Alberto João que reza, mais ou menos, assim: Não mordas a mão que te dá de comer.

Será que, tal e qual a Madeira, o Porto não faz parte do território nacional? Será que, por lá, não se ouviu falar em Direitos Fundamentais? Já sabemos que, tais coisas para o seu Ministério Público são um pouco abstractas, agora ficamos a saber que o "governo local" também se marimba para tais criações espúrias...

De Bag

Valor de uma Vida em Portugal igual a 15 Meses

O Ministério Público que Portugal tem não é muito diferente do país onde nos encontramos. É uma instituição preconceituosa, até na forma como procede à aplicação da Lei, pouco eficaz (os prazos processuais parecem prescrever cada vez mais) e preguiçoso no apuramento dos factos (as informações têm de lhes aterrar na secretária).

Em Fevereiro, um bando de jovens marginais à guarda de uma instituição torturaram violentamente durante, pelo menos, dois dias uma pessoa sem abrigo no Porto. Essa pessoa que era uma Transsexual, seropositiva, que nunca deveria ter estado tanto tempo sem abrigo, o que é um glorioso testemunho da competência da segurança social do Porto e do país não teve nunca qualquer hipótese de defesa, nem perante os "meninos" que a mataram, nem, pelo que se vai constatar, perante o resto do país.

É que o nosso Ministério Público, considerando que não interessa "marcar" aqueles jovens para o resto da vida, entendeu que os factos ocorridos naqueles frios e húmidos dias de Fevereiro não consubstanciaram o crime de homícidio qualificado. Pelo contrário aquele bando terá provocado a morte de Gisberta, sim a vítima até tem nome, sem intenção de o fazer, apenas se conformando com esse resultado. Ou seja, segundo o nosso Ministério Público do Porto aqueles jovens ao baterem, violarem com objectos diversos, queimarem e atirarem uma pessoa para o fundo de um poço com dezenas de metros de profundidade, nunca terão tido a intenção de matar, apenas terão considerado a hipótese de isso poder, eventualmente, acontecer.

E, por tudo isso, o nosso Ministério Público pede um máximo de 15 meses de internamento numa instituição para alguns dos jovens, outros há outros para quem bastará garantirem que vão às aulas. Tudo isto num julgamento em que até dois dos juízes são designados como juízes sociais...

Recordo há uns anos atrás um caso em Inglaterra de dois jovens que assassinaram barbaramente uma criança. O "Crown Prossecutor", o Ministério Público deles, pediu e conseguiu o internamento desses dois jovens até atingirem a maioridade. Só saiu, o primeiro deles, o ano passado. É que, também, passa por aqui, a forma como o Estado protege os mais fracos, a aferição do grau civilizacional das sociedades.

De Bag

PS - Ninguém vai protestar contra este entendimento do MP? Onde estão as ILGAS, Panteras, Opuses, Clubes Safos, etc, etc, etc?


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