quarta-feira, novembro 30, 2005

Cavaco e o Regime

Qual será a resposta de Cavaco, caso seja eleito Presidente, a um primeiro-ministro e a um Parlamento impermeáveis às suas indicações legislativas?

E, pior que isso, quais as consequências que essa recusa em obedecer ao PR tería?

E em quanto mais aumentaria a posição de certa "irrelevância" do PR, caso ele não utilizasse a opção "nuclear" em relação a um governo "rebelde"?

A não ser que se pretenda "subverter" o regime.

De Bag

Ler os outros:

"Ele não come!", por Joaquim Fidalgo (link disponível apenas para assinantes) com um retrato "fiel" de Cavaco e um bom bálsamo para um final de dia cansativo.


De Bag

"Querer o bolo e comê-lo"

Se é certo que a Manuel Alegre assiste toda a legitimidade e direito para se candidatar aos cargos que bem lhe aprouverem, também não é menos certo que, enquanto deputado (cargo a que ascende como militante de topo de um partido político), lhe estão inerentes uma série de deveres e obrigações que, por calculismo político, Alegre, agora pela segunda vez, não cumpre. O que equivale a um comportamento que o próprio condena em outros e que os populares designam sendo como "querer o bolo e comê-lo".

De Bag

terça-feira, novembro 29, 2005

Cruz? Credo!

Já sabemos que para alguns alunos e professores a escola é o calvário. Também ficamos a saber que qualquer debate sobre qualquer questão, mesmo sobre aquelas em que a Igreja nem tem muito a perder, se transformam sempre num calvário, como parece ser o caso da retirada de crucifixos de salas de aulas, onde abusivamente tinham sido colocados.

Nem a Igreja e os Católicos percebem que, à semelhança da celebração do Natal, o crucifixo na sala de aula não lhes traz nem mais fieis, nem maior respeito pela simbologia cristã. Mais ficam com a fama (e proveito diga-se de passagem) de grupo de interesse intransigente ao melhor estilo de "velhos do Restelo" a quem tudo assusta e para quem qualquer mudança significa o fim do mundo.

Nem alguns "anticlericais" nacionais, grandes defensores da "Razão" se apercebem de como a parecem perder pela forma como escolhem esgrimir os seus, normalmente muito razoáveis, argumentos.

De Bag

PS - este episódio constituiu, ainda, uma outra oportunidade perdida para que Cavaco dissesse realmente o que pensa em vez de, como se verificou, dizer aquilo que ele acha que os outros querem que diga. Algo especialmente verdadeiro quando consideramos aquela que foi, no passado, a sua visão sempre pragmática da Igreja.

Cavaco e os Sindicatos

O último grupo a apoiar Cavaco, o dos sindicatos, acometido de estranho ataque de amnésia em relação àquilo que na época diziam ser os tempos negros da concertação social do Cavaquismo, estará com certeza a lembrar-se dos tempos áureos que o sindicalismo gozou enquanto houve o saudoso liberal Fundo Social Europeu e dos favores que o "Educador" de Boliqueime lhes fez na altura. Recordemos que quanto os processos começaram a chover a propósito dos supostos abusos deste generoso Fundo Europeu (usado sem critérios de maior para formar jornalistas e milhares de informáticos em programas muito úteis como Dos) foi o grande e rigoroso Cavaco que ultimou o final feliz para a UGT & Cia.

De Bag

segunda-feira, novembro 28, 2005

Ainda da homofobia do Papa

Relativamente à orientação emitida pelo Papa quanto à inadmissibilidade de padres homossexuais já quase tudo foi dito: desde o total direito que assiste à igreja de assumir, enquanto organização privada, as posições que bem entender; Até à natural coerência desta posição com os dogmas desde sempre defendidos nesta matéria tudo foi dito.

A única coisa que acredito não foi suficientemente explorada é o facto de enorme importância do estatuto que a Igreja continua a reclamar, em muitos casos com sucesso, de instituição quase pública, com privilégios e apoios estatais que não têm comparação com qualquer outra entidade. Algo que se justifica com o passado e a tradição.

Numa época em que, cada vez mais, os direitos humanos são elevados a verdadeira religião e que organizações racistas, xenófobas ou com outros pecados igualmente sujos são relegadas para a periferia do pensamento e da respeitabilidade, não estará, pois, na hora da igreja, assumindo com toda a naturalidade e liberdade as suas posições, assumir também a decorrência lógica das mesmas e seguir o mesmo caminho?

De Bag

sexta-feira, novembro 25, 2005

Estará algo mesmo a mudar na Turquia?



Depois das notícias de uma grande exposição sobre Picasso, chegou-me esta (retirada do Economist de 29 de Outubro), talvez interessante para MST:

Caught between two worlds

A small victory for gay Turks

THERE was a sense of déjà vu last month when the Ankara governor's office told prosecutors to ban KAOS-GL, a gay-rights association, for promoting “immoral” activity. After the prosecution of Turkey's famous novelist, Orhan Pamuk, liberals saw the news as yet another sign of reactionaries at large. In fact, the anti-gay move probably began not with homophobic bureaucrats, but with ultra-nationalists sabotaging Turkey's ties with the European Union.

They failed. Talks with the EU began as planned on October 3rd. Ten days later, it was announced that no charges would be filed against the gay group. Citing the European Convention on Human Rights, a prosecutor, Kursat Kayral, said that being homosexual did not mean a person was immoral. “Those who study morality”, he added, “would all agree that the most precious right for human beings is the right to exercise their free will.” This was the first time officialdom had ruled in favour of gay rights: new ground not only for Turkey, but for the Muslim world. (...)

Vale a pena continuar a ler:

"we are delighted,” said Ali Erol, a founder of KAOS-GL. Set up in 1994 as a support group for gays and lesbians, it was only in July that KAOS-GL sought recognition as an association. Why so long? Mr Erol's reply sums up the problem faced by gays and other minorities in Turkey. “As long as we did not publicly assert our identity, or seek protection of rights, we were left alone. When we sought legitimacy, they tried shutting us down.”

Many gay Turks agree that despite the social pressures they face, their lot is not bad compared with that of gays in other Muslim countries where penalties range from jail to death. No Turkish law bans same-sex relations. This tolerance dates back to the Ottoman era when sultans would bring winsome boys on military campaigns. A gay culture, captured in miniatures and poetry, flourished in public baths and the harem.

In the 19th century, as Turkey began aping the West, attitudes hardened. After the founding of the modern republic, in 1923, the state insisted more strongly on conventional family life. When the army took over in 1980, it crushed “deviance”: transvestites were jailed, and a trans-sexual singer, Bulent Ersoy, tried to kill herself after failing to be recognised as a woman.


Today Ms Ersoy carries a pink identity card issued to women. Gay clubs have mushroomed in cities like Ankara, Izmir and Istanbul, where your correspondent spotted a transvestite wearing an Islamic headscarf. Cross-dressing show hosts are a staple of Turkish TV. Meanwhile, thanks to the internet, gays in the conservative east can make contacts in the liberal west.
But gay life is largely hidden, especially in the workplace, where homosexuals fear for their jobs. Groups want changes to the penal code, banning discrimination on the ground of sexual preference. They cite the army, where homosexuality is seen as a “psychological disease”—and officers found “guilty” are disgraced and court-martialled.


For the mild Islamists now in power, gay rights could be a sticking-point in relations with the EU. With Islam deeply opposed to homosexuality, can they risk alienating conservative voters and pass pro-gay legislation? “Absolutely not,” said a spokesman for the ruling Justice and Development Party. “We will never endorse an openly homosexual candidate.”

De Bag

PS - Se calhar agora "só" falta começar a tratar bem os Curdos e Arménios...

cliquem e divirtam-se

uma boa gargalhada - DE GUTENBERG A PIMPINHA

quinta-feira, novembro 24, 2005

Double Standards

O Público, especialmente pela mão do seu Editor, demonstra ser fiel ao patrão e às suas escolhas políticas. Veja-se a forma como foi conduzida a entrevista a Cavaco Silva, quase como se fosse já o Presidente em exercício, abordando só os chamados temas "sérios" e compare-se com a entrevista a Manuel Alegre, cujo fio condutor será, suspeito, o mesmo do das entrevistas que se seguem mais duro, mais polémico, com uma abordagem directa aos chamados temas fracturantes, quer os candidatos se sintam à vontade, ou não.

De notar, ainda, que só num ambiente claramente "amistoso" Cavaco se sentiu, finalmente, à vontade para falar, um bocadinho, sobre alguns dos temas que fazem a actualidade internacional.

De Bag

quarta-feira, novembro 23, 2005

Ler os Outros: A miséria do sindicalismo, n'Os Tempos Que Correm, com um recado aos professores

De Bag

terça-feira, novembro 22, 2005

Afinal em que é que ficamos? Presidente com, ou sem respeito pelos poderes previstos na Constituição?

Sabe, o Presidente da República também pode pedir a um Governo ou à Assembleia [da República] que legislem em determinadas matérias! Não existe essa tradição, mas pode fazê-lo.» (Cavaco Silva, em entrevista ao Público, 21.11.2005)


De Bag

Parabéns!

Não concordando com tudo, não discordo de tudo.

De Bag

Ora...

..aqui está um exemplo do que pode ser a nova europa (assim mesmo com letra pequenina). Com certeza que muitos, como Sousa Tavares, estarão radiantes.

De Bag

(des)Alegre

Perceberão os eleitores de esquerda, depois de hoje, que Alegre, para além de fazer mal a Mário Soares, está apostado em prejudicar o governo e Sócrates? E, com isso, o PS.

De Bag


Hoje vou Fabergé aqui

De Bag

PS - Acabei por não resistir nem à exposição sobre o Avant-Garde Russo, nem sobre a história dos primeiros Czares até à Catarina II.

domingo, novembro 20, 2005

Ler os outros: Francisco José Viegas ainda sobre os ósculos escolares

..a propósito do querido líder, o futuro Nobel português, Director do Expresso.

De Bag

sábado, novembro 19, 2005

Terá vindo esta última ideia de Manuel Alegre de atrasar, ainda mais, os debates, do mesmo sítio de onde lhe vem o dinheiro para a campanha?

De Bag

Ferroadas

Com mãos nuas, pego nos favos,
O Homem de branco sorri com mãos nuas,
Macias e bem ajustadas, as nossas luvas de gaze,
Os pulsos como gargantas, audazes lírios.
Ele e eu

Sylvia Plath (Ariel)

De Bag

a malta da aldeia


pois a malta da aldeia cantou e os milhares que encheram o Pavilhão Atlântico dançaram até às tantas!
YMCA....

Para Lá

sexta-feira, novembro 18, 2005

Ler os outros: CÉSAR DAS NEVES, CORAGEM, NÃO ESTÁS SOZINHO! no Renas e Veados

...sobre a crónica inenarrável de Miguel Sousa Tavares que de tanta independência e liberdade de espírito começou a imaginar coisas. Então não é que, segundo MST, os gays e lésbicas nacionais andam por aí entaramelados de tal maneira que nem se conseguem distinguir. As cidades portuguesas são aliás reconhecidas internacionalmente como locais em que os gays e as lésbicas podem passear à vontade de mãos dadas, ou, até com o ocasional beijo. Cenas que, de tão comuns, já passam despercebidas. Até bairros como a Chueca, em Madrid, ou o Soho, em Londres, ou o Marrais, em Paris, já mandaram especialistas para estudar o fenómeno para que eles tanto ambicionam evoluir.

Mais, como MST é profundamente homófobo, claro que a condenação que faz de uma furtiva carícia homossexual, com "castigo" de outing imediatamente administrado pelo muito eficaz Conselho Directivo, não encontra equivalente na "marmelada" in your face com que a maioria dos adolescentes 0inicia a sua vida amorosa. Esta última, claro está, é natural.

MST continua perorando, ainda, sobre aquilo que ele acha que deveria ser a relação de agravação de penas por delitos criminais e a nossa valoração social desses mesmos comportamentos (algo com que já nos brindou no passado). Sinto, aqui, que o autor se aproxima, cada vez mais, do momento em que também defenderá que quando for um "preto" a abusar de uma menina "branca" esse "preto" deverá ver a sua pena agravada, porque relações intertaciais em Portugal ainda não são bem encaradas. Se a menina for loira, o caso terá de ser muito pior.

PS - e eu que estava à espera de uma crónica sobre o Cavaco..porque me foi desiludir?

De Bag

Uma Ideia para a "Campanha" (se isso se puder chamar) de Cavaco:

Porque não, em vez dos debates e encontros com a população, um andor?

De Bag

Da Credibilidade

Estas análises jornalísticas de Pacheco Pereira sobre o tratamento dado às campanhas de Soares e Cavaco são tão bem feitas com certeza como as que fez, há uns anos, a propósito da intervenção Americana no Iraque, ou, ainda, às que fez sobre o Governo Barroso, ou sobre a sábia gestão de Ferreira Leite.

Continue assim…

De Bag

quinta-feira, novembro 17, 2005


Do mesmo autor de "Meia Noite no Jardim do Bem e do Mal", prejudicado na sua leitura em português por uma péssima tradução, este seu último livro traz o relato de uma sua estada em Veneza, que começa no dia em que o Fenice arde, mas que se prolonga numa série de contactos com algumas das personagens mais interessantes que povoam a cidade e que fornecem a "desculpa" ideal para o autor descrever Veneza, bem como alguns episódios interessantes e picarescos do seu passado não muito longínquo...

De Bag

quarta-feira, novembro 16, 2005

Serralves - pertubação


Uma exposição de Thomas Hirschhorn verdadeiramente perturbadora

Don't cry - work!!
Punk is not dead!!
No hierarchy!
One world!
Equality now!
Low! Low!
More! more!
No exclusion! No exclusion!

Para lá

Ler os outros: O original Almocreve das Petas sobre a prestação televisiva de Cavaco

Sabe-se que a direita, em Portugal, é tendencialmente ignorante. Que por razões de "fé" (e trabalho, muito trabalho) tem a imp(r)udência bondade de ceder a cadeira da coisa pública a uns seus subordinados. Por vezes, no apuro da escolha, erram grosseiramente. E poucas vezes se deram bem. A direita portuguesa sofre, há muito, de iletrismo político e cultural. E só atinge o púlpito da felicidade por via de outrem. Mas, mesmo assim, é perfeitamente espantoso como os devotos apoiantes do candidato Cavaco, benignamente, pactuam com tamanha mediocridade. A meia hora de frivolidade televisiva enunciada pelo putativo candidato, não é indiferente a quem a ouve. Não torna alguém mais esclarecido. Mais sensato. Mais empenhado no que pode "dar" à nação e ao país. Mais cidadão. E, por isso, não autoriza, em nenhum momento que seja, aceder à bondade expressa pelo candidato de querer "salvaguardar o futuro dos portugueses". Que é, afinal, a única coisa que, pela sua própria voz, lhe ouvimos pronunciar. Haja decoro.

De Bag

terça-feira, novembro 15, 2005


O Professor Cavaco, em versão Vincent Price, pronto a interiorizar a cassette e a intimidar jornalistas...

De Bag

A (Des)Entrevista

Cavaco ontem fingiu conceder uma entrevista à TVI. A indomitável Constança ontem foi-o menos. O candidato continua a dar a ideia que é um homem que, se pudesse, se candidatava a outro lugar. A conjunção destes factos resultou num programa com menos ruído de fundo, com a compensação de se ter ouvido, ainda melhor, o silêncio do candidato Cavaco, que agora que já é candidato e que já apresentou o seu manifesto continua, igual a si próprio, a não querer dizer rigorosamente nada, ou,à semelhança de outros políticos muito "verticais," a por a "Cassette".

Segundo o próprio dar opiniões sobre algumas das questões que marcaram e marcam a agenda nacional, ou é faltar ao respeito a quem esteve envolvido nelas, ou então é quebrar o dever de neutralidade. Estranho para quem achava, no início da entrevista, que era movido por imperativos de intervenção cívica.

Também de acordo com Cavaco não são as sondagens, nem puro calculismo, mas a mudança dos tempos que justificam que passe de um estilo de ataques políticos bipolarizadores, para um género "português suave", que aparentar fragilidades logo que depara com a mínima contrariedade, até porque se há algo que Cavaco não é é suave...

Mais, e sem querer ir aos "particulares" da desentrevista porque esses diminuem, quer o próprio, quer quem os comenta, para Cavaco o passado é, ao mesmo tempo, uma menina bonita que gosta de apresentar a todos e uma menina horrível que gostava de esconder de todos. O homem que muitos gostam de dizer é um bom executor e um ainda melhor gestor não consegue decidir. E é por isso que não pode reivindicar feitos do passado (alguns dos quais ainda por cima falsos) por um lado e, por outro, dizer que essas "coisas" já se passaram há vinte anos.

Por último, por momentos, quando Cavaco mencionou as palavras "corrupção" e "ética" na vida pública confesso que me empolguei (afinal não era difícil numa entrevista de resto morna), pensei que iria fazer um mea culpa relativamente aos tempos em que podia de facto ter feito algo em relação a esses fenómenos. Mas afinal não, "the professor is not for turning"...

De Bag

segunda-feira, novembro 14, 2005

Ensurdecedor silêncio

A propósito de silêncios, é estranho o silêncio de Pacheco Pereira & Cia quanto às notícias sobre a prática de tortura por parte de forças Americanas em prisões localizadas fora do território dos EUA, ou, ainda, em relação à utilização de armas químicas no Iraque, precisamente uma das razões por que Saddam está ser julgado, ou, por último quanto à recente actuação de Cheney e ao "a prazo" Rove...

De Bag

Um bom exemplo

Um bom exemplo do que a sociedade civil pode e deve fazer enquanto motor do desenvolvimento do país. Uma iniciativa pensada, substancial e credível, porque também é assim que se faz activismo.

Estará o Estado aqui à altura das suas responsabilidades? Ou, virá a sua resposta depois da de todos os outros com os quais partilhamos cultura e economia?

De Bag

O grau zero em política

"Ninguém pode ser eleito presidente pelo silêncio"

O autor da frase refere-se naturalmente à total falta de consideração que o silêncio de Cavaco simboliza por todos nós. É, ao contrário do que o próprio afirma, o grau zero em política e o grau cem em calculismo, de quem sabe que quanto mais falar e explicar mais descerá nas sondagens, porque se conhece bem e sabe quais são as suas fraquezas e que são as mesmas de todos os seus apoiantes que aceitam votar no escuro...

Assim, uma vez mais, tal como não resistiu ao antigo regime, ou tal como optou por fazer birra, criando um tabu, em vez de pôr na ordem alguns membros do seu governo que descobriu que o enojavam na altura em que, curiosamente, era primeiro ministro, líder partidário com maioria absoluta, também agora prefere o comportamento do silêncio, sob a capa de que qualquer encorajamento dos seus adversários à sua palavra é um insulto e que a campanha não é nada, o que importa é o dia 22 de Janeiro.

Pois, pois...

De Bag

sexta-feira, novembro 11, 2005


Um jogo, aparentemente, de grande sucesso (detectado no Jumento, link na coluna ao lado).

Peretz: o renascer da esperança para Israel?

O Administrativo

Que susto! Por momentos julgo estar de regresso a uma penosa aula de Direito Administrativo com o Professor Freitas do Amaral que, ano após ano, arrasta a sua monossilábica voz, linha a linha, pelos manuais de Direito Administrativo que escreveu, há muito tempo e que, sabendo de cor, segue como um sonâmbulo, sem emoção, nem rasgo, sendo que a nós, seus alunos bastava olhar para os manuais, todos os quatro volumes e nem sequer ouvir o Professor, cuja voz passava a segundo, ou terceiro plano, como se fosse música de fundo de elevador. Mas, não, afinal estava a ouvir o seu discurso lido no plenário da Assembleia da Républica.

De Bag

quinta-feira, novembro 10, 2005



Numa altura em que a cena política nacional se confronta com uma operação de branqueamento de certas figuras e da sua imposição, quer pela manipulação dos factos, quer por ataques torpes a quem quer que opte, em consciência, por não apoiar essa tal figura "providencial" e "consensual", este livro de Roth, prestes a ser publicado entre nós pela Dom Quixote, ganha uma actualidade arrepiante. A não perder.

De Bag

Ministério Impúdico

O Processo Casa Pia, o mesmo em que os acusados e arguidos têm em comum, ou a filiação partidária (no PS), ou o facto de serem figuras conhecidas (como se a pedofilia fosse algo a que só os privilegiados e socialistas tivessem acesso) conheceu ontem outro solavanco no seu sofrido percurso. O tribunal da relação ilibou de vez Paulo Pedroso, Herman José e Francisco Alves. Do longo texto exculpatório da Relação destaca-se o seguinte trecho sobre a actuação do Ministério Público e a constante "tentativa de manipulação grosseira de depoimentos".

E agora? Só neste país é que, nem o Governo teve ainda coragem para demitir a Dona Catalina e, já agora, instaurar o devido inquérito à sua actuação em frente a um dos Colégios da Casa Pia para se perceber como foi possível à Senhora nunca ter visto nada ao longo das décadas em que serviu aquela instituição; nem o Senhor Procurador tem qualquer pingo de vergonha na cara para assumir que, também ele, não tem perfil para aquele cargo, nem competência à frente da PGR.

A ver vamos...

De Bag

Uma boa pergunta

quarta-feira, novembro 09, 2005

Ler os outros: No Bloguítica "NÃO VALE TUDO"

Em que se pode constatar onde os spin doctors de Lopes e Barroso foram tirar o curso.

De Bag

Estado procura-se vivo ou morto

Em França procura-se o Estado. Para além disso, no limite, testa-se a aplicação do pincípio da Igualdade numa altura em que a Europa precisa, mais que nunca, acolher mais imigrantes que viabilizem a sua economia e sustentem a sua segurança social e pensões.

Entre, pois, a acção do Estado como garante da segurança e da ordem e as reclamações, porventura algumas até justas, dos jovens em ebulição estará a solução milagrosa de como, não só acolher as vagas de imigrantes, mas como fazer sentir em casa as segundas gerações, conseguindo a sua adesão à religião do Ocidente: o Respeito pelos Direitos Humanos (tal como o entendemos) e pelos valores gerais da democracia representativa. Algo que, por vezes, nós próprios europeus demonstramos ter dúvidas acerca de...

De Bag

PS - Afinal isto não acontece só nos EUA em aglomerados urbanos como Los Angeles...

O Arraial Pride da Igreja

Ainda não li quase nada sobre este pride católico de semana inteira, com muitos ateliers e jovens, só falsamente descontraidos, de de todo o mundo exibindo roupas, lenços e outras indumentárias mais, ou menos folclóricas. Nem sobre como alguns católicos insistiriam em transformar adjectivos em substantivos, nem sequer sobre o mau gosto da coisa.

Por outro lado, nem este tipo de evento parece conseguir fazer despertar a Igreja da letargia em que se encontra, nem sequer parece atenuar o divórcio entre a Igreja e a sociedade.

De Bag

sábado, novembro 05, 2005

uma proposta para a tarde de domingo


The constant gardener ou o fiel jardineiro

quinta-feira, novembro 03, 2005

Cavaco e a política

O Professor Cavaco continua a recusar-se a responder às críticas de Soares (feitas ontem numa entrevista à TVI), alegando que cabe aos portugueses "julgarem-no" em Janeiro próximo. Seguindo tal raciocínio para quê fazer debates? Ou até mesmo campanha?

Cavaco começa a fazer lembrar aqueles meninos que no recreio nunca jogavam à bola, nem brincavam com os colegas, com medo das caneladas, ou de encontrões. E ficavam a meia hora do recreio encostados e, de preferência, à sombra rezando para que não reparassem neles e para que aquela meia hora de suplício passasse depressa para regressarem à "segurança" da sala de aulas.

De Bag

Ler nos outros: Rui Ramos, no Diário Económico (visto no Portugal dos Pequeninos)

"...o prof. Cavaco (...) dá uma garantia: a de que, com ele, estará na presidência alguém suficientemente lúcido, independente e patriota para, pelo menos, não colaborar com qualquer governo que, por cobardia ou incompetência, tente salvar o ‘statu quo’ à custa do futuro. Que mais lhe poderei pedir? O verdadeiro papel do titular de um órgão de soberania não é mudar o país, mas obstar a que os interesses instalados usem o poder do Estado para impedir os portugueses de mudar, se os portugueses quiserem e puderem mudar. É esta a garantia que o prof. Cavaco me dá. É esta a única garantia de que preciso."

Gostava só de perguntar ao autor se este Cavaco a que se refere é o mesmo que, há dez anos, compactuou com o enriquecimento inexplicavel de tantos dos seus Ministros? Ou, se será o mesmo que preferiu o tabu ao eslcarecimento da situação a que a permanência de dez anos no poder do seu governo tinha conduzido o país e o PPD?

Uma última pergunta ao autor: quem foi, na altura, o homem capaz de chamar atenção para isto mesmo?

De Bag

Terei sido só eu a reparar....

... no facto de que Cavaco, apesar de já ter falado, ainda pouco disse?

De Bag


Ontem Otello foi mais sobre a Dimitra Theodossiou como Desdemona do que sobre o próprio Otello, não obstante a muito correcta interpretação de Mario Malagnini, assim como o inesquecível Carlo Guelfi no papel de Iago.

De Bag

quarta-feira, novembro 02, 2005

As Ambições do Professor (I)

Estive a ler o texto contendo as chamadas ambições de Cavaco para o país, caso venha a ser eleito Presidente. Enquanto algumas são mesmo só ambições, outras são projectos que não cabem ao PR. O texto, esse é pobre. Em primeiro lugar falta ambição às ambições de Cavaco. Depois também falta a visão que vá além do mundo das finanças e economia. Que outra razão há para que o Professor misture cultura e ordenamento do território (acabando por falar quase só deste)? Ou, então, que fale do objectivo da Igualdade, mas ignore todos os temas, polémicos, que fazem parte da discussão em torno desse objectivo, ou princípio?

Igualmente irónica é a preocupação manifestada por Cavaco com o aprofundamento da qualidade da democracia portuguesa. Ele que sempre que ocupou um lugar de responsabilidade enveredou por comportamentos contrários a essa meta, ou será que apelidar todos os mecanismos nacionais de “checks and balances” como “forças de bloqueio” contribui para essa revitalização da democracia? Ou, ainda, a não comparência sistemática no Parlamento, enquanto primeiro-ministro, também dignifica a democracia?

Também não se percebe como é que o responsável máximo do pacote pomposamente anunciado como a “reforma do ensino superior”, o mesmo que se traduziu tão só no aumento da “propina”, ou o encorajador do boom da formação profissional, à sombra do qual muitos enriqueceram, sem regras, sem determinação do interesse dos cursos, nem do rigor dos conteúdos, pode vir agora afirmar que, enquanto PR, vai apostar na valorização dos recursos humanos. Se a sua visão aqui continuar a mesma de há dez anos atrás teremos com certeza outra década perdida.

De Bag

terça-feira, novembro 01, 2005

Donald - o Pato?


ainda não existe mas já há quem esteja a ganhar com o assunto, ora vejam


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